Campeões por Grêmio e Santos reencontram suas ex-equipes

A "lei do ex" se transformou de algo folclórico no futebol para um fato, especialmente no Brasil, onde a rotatividade de jogadores entre as equipes é muito grande. E nesta quarta-feira (9), no jogo entre Grêmio e Santos, ela poderá ser aplicada mais uma vez.



O confronto pelas quartas de final da Libertadores terá em campo ao menos quatro "ex" começando o jogo. No Grêmio, o goleiro Vanderlei e o lateral-direito Victor Ferraz, que trocaram a Vila Belmiro pela Arena no começo do ano, devem ser titulares. Na equipe paulista, o lateral-direito Pará e o atacante Marinho deverão ser escalados por Cuca.


No Grêmio, o técnico Renato Portaluppi ainda conta com mais três ex-santistas: o zagueiro David Braz, que seguirá no time caso Kannemann ainda não seja liberado pelo departamento médico, e os meio-campistas Thaciano e Robinho. No Peixe, o lateral-direito Madson e o técnico Cuca também vestiram a camisa gremista.


GZH detalha as passagens destes personagens em Porto Alegre e Santos e mostra o que eles fizeram nas equipes.


Grêmio

Vanderlei

O goleiro foi contratado pelo Santos, em janeiro de 2015, depois de se tornar destaque no Coritiba, clube que defendeu entre 2007-14. No time paulista fez 258 jogos e conquistou os estaduais de 2015-16 e ganhou o Prêmio Craque Brasileirão da CBF e a Bola de Prata como melhor goleiro do ano de 2017. Na Arena desde janeiro, tem 45 jogos e 33 gols sofridos e foi titular na campanha do título gaúcho deste ano.


Victor Ferraz

Outro jogador que teve passagem pelo Coritiba antes de defender o alvinegro paulista, o lateral atuou pelo Santos entre 2014-19 e ao lado de Vanderlei fez parte do time bicampeão paulista de 2015-16. Veio para o Grêmio em troca de Madson, depois de 265 jogos e 10 gols por seu ex-clube. Em Porto Alegre soma 27 paridas, um gol e foi campeão gaúcho de 2020.


David Braz

Experiente e líder, Braz foi capitão do Santos em diversas oportunidades. Revelado pelo Palmeiras e campeão brasileiro pelo Flamengo (2009), desembarcou na Vila Belmiro em 2012 e só não jogou pelo time paulista em 2013, quando foi emprestado ao Vitória, e entre agosto de 2018 e julho do ano, quando foi cedido para o Sivasspor-TUR.

Depois, foi envolvido na ida de Marinho para o Santos e está no Grêmio desde julho do ano passado. Na Arena, foram 58 atuações, seis gols marcados e o título do Gauchão de 2020. No Santos fez 221 jogos, marcou 17 gols, foi campeão da Recopa Sul-Americana de 2012 e, assim como Vanderlei e Victor Ferraz, ganhou o bicampeonato paulista (2015-16).


Thaciano

A passagem de Thaciano pelo Santos foi meteórica. Contratado para o time B, ele ficou entre maio de 2016 e julho de 2017, onde participou da Copa Paulista, equivalente a Taça Ibsen Pinheiro, e só foi utilizado em um amistoso no time principal, antes de retornar ao Boa-MG. Após se destacar no clube mineiro veio para o Grêmio no começo de 2018 e conquistou três títulos estaduais (2018-19-20) e uma Recopa Sul-Americana (2018). Tem 89 jogos e nove gols com a camisa tricolor.


Robinho

Em seus tempos de Vila Belmiro, nos anos de 2008-09 e no retorno em 2011, ele era mais conhecido por Robson, para não ser confundido com o homônimo que surgiu no clube em 2002 e retornou em outras oportunidades. Mesmo sem brilho, fez parte do elenco santista campeão paulista de 2011 (11 jogos) e foi inscrito na fase de grupos da Libertadores do mesmo ano, vencida pelo clube paulista. Em meio a campanha, sem ser utilizado por Muricy Ramalho, cedeu a camisa 23 para Felipe Anderson. Brilho no Palmeiras e no Cruzeiro, ganhando nessas equipes três Copas do Brasil. No Grêmio, desde agosto, fez a estreia na primeira final do Gauchão, contra o Caxias, e atuou até agora em 16 partidas, sem gols.


Santos

Pará

Revelado pelo Santo André, o lateral-direito chegou ao Grêmio em 2012, após conquistar a Libertadores de 2011, a Copa do Brasil de 2012 e o bicampeonato paulista (2010-11) pelo Santos. Mas apesar de toda entrega e dedicação nunca foi unanimidade entre os gremistas e deixou Porto Alegre no final de 2014, com 173 jogos e um gol marcado. Ficou no Flamengo de 2015 até agosto do ano passado, quando acertou seu retorno à Vila Belmiro.


Marinho

Contratado pelo Grêmio em junho de 2018 por 2,5 milhões de dólares (R$ 8 milhões, à época), Marinho não teve trajetória brilhante na Arena. Cercado de expectativa, o atacante fez apenas 29 jogos e marcou cinco gols, participando da campanha do título gaúcho 2019. Depois foi negociado com o Santos, onde tem sido o grande nome da equipe em 2020.


Madson

Jogador revelado pelo Bahia e com destaque no Vasco, Madson veio para o Grêmio em 2018. No time que tinha sido campeão da América no ano anterior tinha a missão de dividir as tarefas da lateral com o veterano Léo Moura. Porém, nunca se firmou e, apesar de fazer parte do grupo campeão da Recopa Sul-Americana e do Gauchão daquele ano, fez apenas 23 jogos e marcou um gol, até ser emprestado ao Athletico-PR e, posteriormente, negociado com o Santos em troca de Victor Ferraz.



Cuca

O treinador da equipe paulista brilhou na década de 1980 com a camisa 8 do Grêmio e foi o autor do gol do título da primeira edição da Copa do Brasil, em 1989, contra o Sport. Foi negociado com o Valladolid, da Espanha, em 1990, depois de participar ainda da conquista do tricampeonato gaúcho (1988-90). Chegou a retornar ao Tricolor em 1992 e participou da campanha do acesso à primeira divisão do futebol brasileiro. No total fez 181 jogos e 66 gols pelo Grêmio. Ainda voltaria em 2004, como treinador, mas ficou pouco mais de 40 dias e em 11 jogos conquistou apenas três vitórias. Contratado pelo Santos, em agosto deste ano, está em sua terceira passagem pela Vila Belmiro.

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