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Jean Pyerre leva futebol de rua ao Grêmio como herdeiro de Luan e Everton


Fonte: UOL

Jean Pyerre leva futebol de rua ao Grêmio como herdeiro de Luan e Everton
Foto: Fernando Alves
Jean Pyerre, meia-atacante do Grêmio, se tornou peça-chave no atual time de Renato Gaúcho e toda vez que entra em campo carrega junto com ele vários simbolismos. Da infância em uma das cidades mais violentas do Brasil a exemplo de formação de jovens no Tricolor. De promessa 'marrenta' a xodó de Tostão. O camisa 21 — veste a 10 no Brasileirão e na Copa do Brasil — é, também, herdeiro do status de Luan e Everton Cebolinha na era atual do Tricolor.

Confira algumas histórias que constroem mais que um jogador. Um personagem.

Alvorada, na região metropolitana de Porto Alegre, é a sexta cidade mais violenta do país. A situação é apontada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em agosto de 2019. Jean Pyerre não vive mais lá, mas aprendeu a jogar bola nas ruas da cidade colada à capital gaúcha. O 'futebol de rua', aquele que tem as jogadas interrompidas pela passagem de carros e motos, o mesmo que é cheio de dribles e improvisações, aparece até hoje.

"Ele é de uma cidade, de um lugar, onde tem muito isso. Não lembro de ouvir alguma influência do futsal no futebol dele, mas esse futebol de rua com aquela dose de irresponsabilidade por driblar onde não deve e provocar o adversário faz muito parte do Jean", conta Luiz Gabardo Jr., treinador do Operário-MT e que trabalhou seis anos com Jean Pyerre na base do Grêmio.

Em entrevista ao globoesporte.com em 2018, Jean Pyerre também revelou brincadeira incentivada pelo pai que incrementou a técnica: embaixadinha com limões. A ideia era ajudar na caipirinha do churrasco de domingo e melhorar o domínio.

"O Jean Pyerre sempre foi acima da média, desde que a gente viu ele pela primeira vez. E sempre foi do jeito que é hoje em dia", assegura Gabardo Jr.

E olha que o meia entrou no Grêmio ainda criança. Aos 9 anos, começou na Escola de Futebol e ao chegar nos times que integram as categorias de base passou a se dividir entre a função de meia-atacante e volante. A técnica encheu os olhos de todos.

Entre treinadores e outros integrantes de comissão técnica da base, o apelido de Jean Pyerre era claro e quase um resumo físico do então projeto de jogador. O "Magrelo", no entanto, sempre ouviu dos colegas outro tipo de alcunha: "Lacraia", pela suposta semelhança também física com o dançarino de funk que fez sucesso no início dos anos 2000.

Para a torcida, as iniciais bastam, e JP virou sinônimo de Jean Pyerre. Tanto que o próprio adotou as duas letras nas redes sociais.

O meme no Pacaembu

Se for preciso mostrar como Jean Pyerre é sem a bola nos pés, que se pegue o vídeo da entrevista pós-jogo com Palmeiras pelas quartas de final da Copa Libertadores de 2019. Ali, o meia-atacante mostrou toda a mistura de provocação, personalidade e atitude em duas frases. "Para aqueles que torceram a favor, muito obrigado. E para aqueles que torceram contra, uma boa noite", disparou no microfone do Fox Sports.


Incêndio e covid-19

Em outubro de 2017, boa parte da casa de Jean Pyerre pegou fogo, em Alvorada. Justamente no mesmo dia em que ele havia jogado pela primeira vez ao lado do elenco principal. Não houve feridos — o pai e o irmão o acompanharam no estádio, enquanto a mãe havia deixado a residência. A experiência fez o meia-atacante ganhar várias lições.

Uma nova dose de ensinamentos veio agora, na pandemia, quando o pai Eduardo testou positivo para covid-19 e chegou a ser internado em estado grave. O Grêmio liberou o jogador para acompanhar a família e se preocupou com o abalo psicológico diante das notícias que, à época, não eram boas.

A recuperação do patriarca foi seguida por nova lesão muscular em Jean Pyerre — bem diferente da diagnosticada em treino de outubro do ano passado e que tirou o meia-atacante de ação por seis meses. Depois do problema clínico, o próprio testou para covid-19 e foi isolado, atrasando mais um pouco a entrada no time.

Ato presidencial

O surgimento de Jean Pyerre entre os titulares, aliás, tem boa dose de ato presidencial. Romildo Bolzan Jr. recusou negociar o meia-atacante na mais recente janela de transferências e organizou conversa entre o jogador e Renato Gaúcho para melhor aproveitamento da promessa. Partiu do dirigente, também, a ideia de entregar a camisa 10 a JP.

À Europa

Na Arena do Grêmio, em Alvorada e todo canto que Jean Pyerre é assunto um tema cresce cada vez mais: a data de chegada à Europa. O Grêmio espera por ofertas em janeiro, mas planeja não liberar o camisa 10 agora. Entende que Pepê e Matheus Henrique são nomes à frente na lista de joias a serem negociadas.






Grêmio, Jean Pyerre, Futebol de Rua

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Comentários



Davi Oliveira     

Jean Pyerre é o futuro 10 da seleção Brasileira e infelizmente vai ser difícil segurar ele no ano de 2022 vai chover ofertas dos grandes clubes europeus na mesa do presidente.

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