Foto: Fernando Gomes / Agencia RBS
Uma reunião na manhã desta terça-feira define o futuro do departamento de futebol do Grêmio. Uma das possibilidades é a saída do técnico Felipão. Colunistas de Zero Hora respondem: o técnico deve deixar o comando do time gremista?
Diogo Olivier - NÃO
Se o problema é estrutural, e ele vem se agravando há décadas com a perda de capacidade financeira na medida das brigas políticas internas, não será trocando uma peça que tudo se resolverá. E nem é preciso ir muito a fundo nas causas para concluir que demitir Felipão de nada adiantará.
Neste período sem títulos, o Grêmio já teve treinador com todos os perfis possíveis. Muitos de grife, inclusive, como Paulo Autuori, Vanderlei Luxemburgo e Celso Roth. Um intelectual, um faz-tudo e um disciplinador, todos experientes e competentes. Isso sem falar em Renato, o ídolo. Teve também apostas, caso de Julinho Camargo. E de ênfase tática, com Enderson Moreira.
Há outros tantos, mas nenhum deles ganhou. Logo, o problema não está na figura do treinador. Nem na de Rui Costa. Se não há dinheiro para contratar, que culpa ele tem? O executivo trabalha com os parâmetros fixados pelo clube. Pode e deve desencavar pechinchas que lá na frente se valorizem e rendam dividendos de rendimento e caixa, mas milagre não há. Há anos o Grêmio vive esta rotina de mudar nomes, nomes e mais nomes na comissão técnica, sem resultado algum. Que tal, dessa vez, tentar algo revolucionário em sua rotina recente, mantendo a casamata, evitando começar tudo de novo no meio do caminho?
Repito o que escrevi quando da contratação de Felipão, em meio ao entusiasmo de que vinha uma revolução no horizonte: por melhor e mais trajetória que exiba, Luiz Felipe não é mágico.
Wianey Carlet - SIM
Luiz Felipe Scolari encaminhou o Palmeiras para a segunda divisão, afundou na Copa do Mundo fazendo o maior fiasco da história do futebol brasileiro e agora está naufragando com o Grêmio no Campeonato Brasileiro. A sequência de fracassos recomenda uma única saída: a do treinador. Em outros tempos, quando levou o Grêmio a grandes conquistas, Felipão deixou o clube alegando que já não conseguiria tirar mais do que estava tirando do time. Disse, pegou o boné e foi embora. Se na época o esvaziamento da força do treinador era uma possibilidade, hoje é uma certeza. Felipão não está conseguindo fazer o Grêmio decolar nem meio metro do chão. Nada que tenta dá certo. E o que se vê nos jogos é um treinador acabrunhado e um time deprimido, carregando bolas de boliche nas pernas. Felipão construiu uma biografia gloriosa. Além de ter sido campeão mundial com a Seleção Brasileira, tornou-se ídolo em Portugal conduzindo a seleção portuguesa. Mas o tempo passou e o treinador cansou. Sua imagem é a de um avozinho desanimado. A tendência é de piora. E o Grêmio não pode perder mais um único minuto sem tentar reverter o quadro, que é grave, mas pode se tornar terminal. Scolari não deve ser despedido como acontece com funcionários comuns. A iniciativa deve partir dele e o Grêmio deve aceitar seu pedido de desligamento com carinho e respeito. Porém, se Felipão teimar e quiser continuar, só restará ao presidente Bolzan uma decisão: agradecer pelos serviços prestados e mostrar a porta de saída.
David Coimbra - NÃO
Aquele antigo personagem do folclore brasileiro, Pedro Malasartes, uma vez enganou todo mundo anunciando que faria uma sopa de pedras deliciosa. Ingenuidade do povo. Ninguém consegue fazer uma sopa deliciosa com pedras, nem Gordon Ramsay, aquele famoso cozinheiro escocês que ganha um salário de 35 milhões de dólares.
Igual ingenuidade do presidente do Grêmio achar que, ao trocar o técnico e colocar um novo vice de futebol, fará o time jogar bem.
O time do Grêmio não vai jogar bem, se Luiz Felipe sair, nem se em seu lugar entrar uma junta formada por Guardiola, Mourinho e Simeone. Simplesmente porque o Grêmio não tem bons jogadores em quantidade suficiente. Tem alguns ótimos jovens, só. Não tem centroavante, não tem laterais, não tem jogadores experientes.
Antes do primeiro Gre-Nal do ano, um empate, escrevi que o Grêmio estava à beira do desastre, graças à péssima política do seu presidente. Continua à beira do desastre. E o presidente continua com sua péssima política.
Romildo Bolzan vai levar o Grêmio para a segunda divisão, isso é certo. A não ser que compreenda que é impossível fazer uma boa sopa com pedras e é impossível fazer um bom time sem bons jogadores.
Leonardo Oliveira - NÃO
Tenho dúvidas de que essas mudanças trarão efeito diante da situação delicada do time. A razão é simples: Felipão e Rui Costa não jogam. É verdade que o observado em campo por todos tem a mão deles. São eles que contratam. No caso de Felipão, auxilia na contratação e escala. Mas nenhum deles entra em campo.
Felipão está distante de ser o técnico de outros tempos. O Grêmio buscou o técnico de 1995 e recebeu um profissional desgastado, abatido por um dos maiores golpes sofridos pelo futebol brasileiro. Mas a figura dele é forte, do tamanho da Arena. Qual outro técnico no mercado abarcaria isso ao vestiário e ao clube?
O que falta no Grêmio é recurso técnico. A equipe é honesta. Só que o Brasileirão exige mais. E falta dinheiro para atender a essa exigência.
Troca de técnico ou de dirigente pode até surtir efeito imediato. Mas é efêmero. Os velhos problemas estarão à espreita na curva logo ali à frente.
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- Gremistas intensificam preparação com treino tático durante paralisação da Data Fifa
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Uma reunião na manhã desta terça-feira define o futuro do departamento de futebol do Grêmio. Uma das possibilidades é a saída do técnico Felipão. Colunistas de Zero Hora respondem: o técnico deve deixar o comando do time gremista?
Diogo Olivier - NÃO
Se o problema é estrutural, e ele vem se agravando há décadas com a perda de capacidade financeira na medida das brigas políticas internas, não será trocando uma peça que tudo se resolverá. E nem é preciso ir muito a fundo nas causas para concluir que demitir Felipão de nada adiantará.
Neste período sem títulos, o Grêmio já teve treinador com todos os perfis possíveis. Muitos de grife, inclusive, como Paulo Autuori, Vanderlei Luxemburgo e Celso Roth. Um intelectual, um faz-tudo e um disciplinador, todos experientes e competentes. Isso sem falar em Renato, o ídolo. Teve também apostas, caso de Julinho Camargo. E de ênfase tática, com Enderson Moreira.
Há outros tantos, mas nenhum deles ganhou. Logo, o problema não está na figura do treinador. Nem na de Rui Costa. Se não há dinheiro para contratar, que culpa ele tem? O executivo trabalha com os parâmetros fixados pelo clube. Pode e deve desencavar pechinchas que lá na frente se valorizem e rendam dividendos de rendimento e caixa, mas milagre não há. Há anos o Grêmio vive esta rotina de mudar nomes, nomes e mais nomes na comissão técnica, sem resultado algum. Que tal, dessa vez, tentar algo revolucionário em sua rotina recente, mantendo a casamata, evitando começar tudo de novo no meio do caminho?
Repito o que escrevi quando da contratação de Felipão, em meio ao entusiasmo de que vinha uma revolução no horizonte: por melhor e mais trajetória que exiba, Luiz Felipe não é mágico.
Wianey Carlet - SIM
Luiz Felipe Scolari encaminhou o Palmeiras para a segunda divisão, afundou na Copa do Mundo fazendo o maior fiasco da história do futebol brasileiro e agora está naufragando com o Grêmio no Campeonato Brasileiro. A sequência de fracassos recomenda uma única saída: a do treinador. Em outros tempos, quando levou o Grêmio a grandes conquistas, Felipão deixou o clube alegando que já não conseguiria tirar mais do que estava tirando do time. Disse, pegou o boné e foi embora. Se na época o esvaziamento da força do treinador era uma possibilidade, hoje é uma certeza. Felipão não está conseguindo fazer o Grêmio decolar nem meio metro do chão. Nada que tenta dá certo. E o que se vê nos jogos é um treinador acabrunhado e um time deprimido, carregando bolas de boliche nas pernas. Felipão construiu uma biografia gloriosa. Além de ter sido campeão mundial com a Seleção Brasileira, tornou-se ídolo em Portugal conduzindo a seleção portuguesa. Mas o tempo passou e o treinador cansou. Sua imagem é a de um avozinho desanimado. A tendência é de piora. E o Grêmio não pode perder mais um único minuto sem tentar reverter o quadro, que é grave, mas pode se tornar terminal. Scolari não deve ser despedido como acontece com funcionários comuns. A iniciativa deve partir dele e o Grêmio deve aceitar seu pedido de desligamento com carinho e respeito. Porém, se Felipão teimar e quiser continuar, só restará ao presidente Bolzan uma decisão: agradecer pelos serviços prestados e mostrar a porta de saída.
David Coimbra - NÃO
Aquele antigo personagem do folclore brasileiro, Pedro Malasartes, uma vez enganou todo mundo anunciando que faria uma sopa de pedras deliciosa. Ingenuidade do povo. Ninguém consegue fazer uma sopa deliciosa com pedras, nem Gordon Ramsay, aquele famoso cozinheiro escocês que ganha um salário de 35 milhões de dólares.
Igual ingenuidade do presidente do Grêmio achar que, ao trocar o técnico e colocar um novo vice de futebol, fará o time jogar bem.
O time do Grêmio não vai jogar bem, se Luiz Felipe sair, nem se em seu lugar entrar uma junta formada por Guardiola, Mourinho e Simeone. Simplesmente porque o Grêmio não tem bons jogadores em quantidade suficiente. Tem alguns ótimos jovens, só. Não tem centroavante, não tem laterais, não tem jogadores experientes.
Antes do primeiro Gre-Nal do ano, um empate, escrevi que o Grêmio estava à beira do desastre, graças à péssima política do seu presidente. Continua à beira do desastre. E o presidente continua com sua péssima política.
Romildo Bolzan vai levar o Grêmio para a segunda divisão, isso é certo. A não ser que compreenda que é impossível fazer uma boa sopa com pedras e é impossível fazer um bom time sem bons jogadores.
Leonardo Oliveira - NÃO
Tenho dúvidas de que essas mudanças trarão efeito diante da situação delicada do time. A razão é simples: Felipão e Rui Costa não jogam. É verdade que o observado em campo por todos tem a mão deles. São eles que contratam. No caso de Felipão, auxilia na contratação e escala. Mas nenhum deles entra em campo.
Felipão está distante de ser o técnico de outros tempos. O Grêmio buscou o técnico de 1995 e recebeu um profissional desgastado, abatido por um dos maiores golpes sofridos pelo futebol brasileiro. Mas a figura dele é forte, do tamanho da Arena. Qual outro técnico no mercado abarcaria isso ao vestiário e ao clube?
O que falta no Grêmio é recurso técnico. A equipe é honesta. Só que o Brasileirão exige mais. E falta dinheiro para atender a essa exigência.
Troca de técnico ou de dirigente pode até surtir efeito imediato. Mas é efêmero. Os velhos problemas estarão à espreita na curva logo ali à frente.
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