Rebaixamento bagunça finanças do Grêmio e eleva dívida em R 108 milhões


Fonte: UOL/Rodrigo Mattos

Rebaixamento bagunça finanças do Grêmio e eleva dívida em R 108 milhões
O Grêmio era até 2021 um dos poucos clubes brasileiros com gestão que mantinha contas no azul e um nível de endividamento baixo.

O rebaixamento à Série B, no entanto, bagunçou as finanças gremistas a ponto de elevar a dívida em R$ 108 milhões no ano passado. Agora, a situação financeira é bem mais apertada. Não há mágica: a queda para a Segundona teve impacto nas receitas do clube. No caso gremista, a receita caiu de R$ 467,2 milhões para R$ 288 milhões. Até porque o clube passa a ter só acesso às receitas de pay-per-view, sem receber outra cota de TV da Série A.

A questão para cada clube é como se adaptar a essa queda. No caso gremista, o clube não conseguiu reduzir de forma significativa suas despesas com o time de futebol. Em 2021, seu custo total com atividades esportivas era de R$ 366,4 milhões e passou para R$ 339,9 milhões. Resultado: um déficit de R$ 96 milhões. Para cobrir o buraco, foi necessário recorrer à receita clássica de clubes que gastam mais do que arrecadam.

1. fez empréstimos em bancos
2. antecipou receitas de televisão
3. postergou pagamentos referentes a transações de jogadores.

O valor da dívida por empréstimos de curto prazo saltou de R$ 14,2 milhões para R$ 66,6 milhões. O Tricolor Gaúcho antecipou R$ 55 milhões de seus contratos de TV, seja diretamente ou por meio de operações bancárias. Para completar, aumentou em quase R$ 60 milhões a dívida com "outras obrigações". Entre os itens na rubrica, participação sobre negociação de jogadores, intermediação na compras e vendas, e mútuos.

Com isso, a dívida líquida do Grêmio atingiu R$ 488,6 milhões com um aumento na casa de 30%. O débito líquido é passivo total menos ativo circulante e recebíveis a longo prazo. Com a Série B, a proporção do endividamento ficou acima de 1 para 1. Agora, para recuperar suas finanças, o Grêmio precisa retomar o nível de suas receitas para a casa de R$ 500 milhões. Assim, poderá descontar tanto as antecipações quanto pagar empréstimos para voltar à trajetória de redução do endividamento.

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