Artigo em extinção no futebol brasileiro, “o camisa 10 clássico” na vizinha Argentina ainda é uma espécie cultuada. Da seleção tricampeã do mundo no Catar às equipes menores, o meio de campo geralmente tem alguém que faz o jogo passar por ele. O Grêmio foi buscar no Huracán esse jogador. Cristaldo veste a 19, mas se comporta como se outro número estivesse às costas.
Nesta quarta-feira, após o treino no CT Luiz Carvalho, ele conversou com exclusividade com o Correio do Povo. Casado com Giuliana e pai de Carmela, cinco anos e Roma, um ano, com a família toda argentina sente-se em casa em Porto Alegre. Não só feliz, mas principalmente tranquilo. Da mesma maneira que se comporta com a bola, com a palavra ou em meio à comemoração do título gaúcho quando advertiu ser hora de ter "los pies en la tierra".
A sua formação foi na base do Boca Juniors. O que se aprende lá que não se esquece mais?
Se aprende muito. Cheguei no Boca com oito anos, era muito pequeno. Ali tem muita pressão para jogar, é um clube muito grande. Se não está preparado, vai embora. Ano a ano tem que se preparar física e mentalmente. Taticamente se aprende jogando também, mas tem que estar preparado para pressão. Debutei com 17 anos e era um sonho depois de todo o esforço que fiz durante anos. Desfrutei muito, mas sabia que era muito difícil ficar porque são muitos jogadores de nome. Teria que crescer para trilhar o meu caminho. Sou muito agradecido ao Boca e ao Huracán que me reabriu as portas depois também.
Tiveste passagem na Espanha no Elche e no Rayo Vallecano. O que achas que na europa não deu certo nessas passagens?
Eu fui para fora muito pequeno, com 18 anos. Era novo e foi uma experiência muito boa para mim. Fui sozinho e aprendi a me virar. Para crescer não só como jogador, mas como pessoa. Aprendi a fazer coisas que não fazia em casa, como por exemplo, cozinhar. Foi muito bom para mim como futebolista, mas melhor como pessoa.
Foi justamente no Huracán que voltaste a chamar atenção depois de voltar e rodar por outros clubes na Argentina. Como foi o primeiro contato com o Grêmio?
Estava em Jurerê de férias e o Grêmio falou com meu empresário quando iniciaram as negociações. Quando voltei a treinar lá, estava quase tudo fechado e eu treinei em separado até fechar o negócio. Estou muito feliz no Grêmio, um clube grande. Tudo o que precisa, tem alguém para te ajudar.
Em meio à festa do Gauchão, deste uma declaração falando em "ter os pés no chão". Por que isso naquele momento de celebração?
Era um momento de felicidade pelo primeiro título aqui, o estadual foi difícil, jogamos em campos ruins que não estava acostumado. Era um começo muito bom, mas também tem muito pela frente. Tem que estar tranquilo. É muito longo o ano, com Copa do Brasil e Brasileirão. São jogos muito fortes. E tem que estar tranquilo no dia a dia para fazer bem as coisas.
No Brasil há a discussão sobre a extinção do camisa 10 enquanto no teu país ainda se cultua esse perfil. Porque tu achas que isso ocorre?
Acho que o futebol mudou muito. Antes se jogava com muitos camisas 10. Agora não tem muitos desses jogadores, ou se tem, eles ficam mais atrás. Eu jogo mais para frente, com os parceiros ao meu redor.
Acreditas que as virtudes do camisa 10 têm de estar mais na cabeça ou nos pés?
Precisa ter duas coisas para jogar ali. Tem que pensar sob pressão, com muitos jogadores marcando de perto. Às vezes é muito difícil jogar no meio. Por isso, com outros jogadores ao redor, as coisas ficam mais fáceis.
Tens teus camisas 10 de referência?
De referência não tenho, mas um cara assim é o Kevin De Bruyne no Manchester City que tem muita cabeça, chega à frente e faz muitos gols. Outro é o David Silva, também do City. Outro que eu gostava muito de ver jogar era o Iniesta no Barcelona, que jogava mais atrás.
Pô, nenhum argentino?
Argentinos tem muitos. Inclusive o Messi, o melhor de todos (risos).
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Nesta quarta-feira, após o treino no CT Luiz Carvalho, ele conversou com exclusividade com o Correio do Povo. Casado com Giuliana e pai de Carmela, cinco anos e Roma, um ano, com a família toda argentina sente-se em casa em Porto Alegre. Não só feliz, mas principalmente tranquilo. Da mesma maneira que se comporta com a bola, com a palavra ou em meio à comemoração do título gaúcho quando advertiu ser hora de ter "los pies en la tierra".
A sua formação foi na base do Boca Juniors. O que se aprende lá que não se esquece mais?
Se aprende muito. Cheguei no Boca com oito anos, era muito pequeno. Ali tem muita pressão para jogar, é um clube muito grande. Se não está preparado, vai embora. Ano a ano tem que se preparar física e mentalmente. Taticamente se aprende jogando também, mas tem que estar preparado para pressão. Debutei com 17 anos e era um sonho depois de todo o esforço que fiz durante anos. Desfrutei muito, mas sabia que era muito difícil ficar porque são muitos jogadores de nome. Teria que crescer para trilhar o meu caminho. Sou muito agradecido ao Boca e ao Huracán que me reabriu as portas depois também.
Tiveste passagem na Espanha no Elche e no Rayo Vallecano. O que achas que na europa não deu certo nessas passagens?
Eu fui para fora muito pequeno, com 18 anos. Era novo e foi uma experiência muito boa para mim. Fui sozinho e aprendi a me virar. Para crescer não só como jogador, mas como pessoa. Aprendi a fazer coisas que não fazia em casa, como por exemplo, cozinhar. Foi muito bom para mim como futebolista, mas melhor como pessoa.
Foi justamente no Huracán que voltaste a chamar atenção depois de voltar e rodar por outros clubes na Argentina. Como foi o primeiro contato com o Grêmio?
Estava em Jurerê de férias e o Grêmio falou com meu empresário quando iniciaram as negociações. Quando voltei a treinar lá, estava quase tudo fechado e eu treinei em separado até fechar o negócio. Estou muito feliz no Grêmio, um clube grande. Tudo o que precisa, tem alguém para te ajudar.
Em meio à festa do Gauchão, deste uma declaração falando em "ter os pés no chão". Por que isso naquele momento de celebração?
Era um momento de felicidade pelo primeiro título aqui, o estadual foi difícil, jogamos em campos ruins que não estava acostumado. Era um começo muito bom, mas também tem muito pela frente. Tem que estar tranquilo. É muito longo o ano, com Copa do Brasil e Brasileirão. São jogos muito fortes. E tem que estar tranquilo no dia a dia para fazer bem as coisas.
No Brasil há a discussão sobre a extinção do camisa 10 enquanto no teu país ainda se cultua esse perfil. Porque tu achas que isso ocorre?
Acho que o futebol mudou muito. Antes se jogava com muitos camisas 10. Agora não tem muitos desses jogadores, ou se tem, eles ficam mais atrás. Eu jogo mais para frente, com os parceiros ao meu redor.
Acreditas que as virtudes do camisa 10 têm de estar mais na cabeça ou nos pés?
Precisa ter duas coisas para jogar ali. Tem que pensar sob pressão, com muitos jogadores marcando de perto. Às vezes é muito difícil jogar no meio. Por isso, com outros jogadores ao redor, as coisas ficam mais fáceis.
Tens teus camisas 10 de referência?
De referência não tenho, mas um cara assim é o Kevin De Bruyne no Manchester City que tem muita cabeça, chega à frente e faz muitos gols. Outro é o David Silva, também do City. Outro que eu gostava muito de ver jogar era o Iniesta no Barcelona, que jogava mais atrás.
Pô, nenhum argentino?
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