Flamengo rejeita poder amplo de fundo árabe e renegocia acordo na Libra


Fonte: UOL

Flamengo rejeita poder amplo de fundo árabe e renegocia acordo na Libra
Os dirigentes flamenguistas Rodolfo Landim e Marcos Braz Imagem: Alexandre Vidal/Flamengo

A diretoria do Flamengo tem feito questionamentos fortes ao contrato da Libra feito pelo fundo Mubadalda para compra de parte de direitos do Brasileiro a partir de 2025. A visão é de que a empresa avança sobre ativos do clube e teria excesso de poder no negócio. A insatisfação rubro-negra já se estendeu para outros clubes da Libra, e é um dos motivos da saída do Botafogo.

No momento, há uma grande renegociação entre as partes para reduzir os poderes do Mudabala. Ainda há otimismo para o negócio sair, mas isso só acontecerá se houver mudanças grandes no contrato inicial.

A Libra é composta por 17 clubes, entre eles, Flamengo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Grêmio. O Mubadalda fez ofertas para a compra de um percentual de direitos (entre 12,5% e 20%) dos Brasileiro destes times. A proposta gira entre R$ 1,3 bilhão e R$ 4,750 bilhões a depender do percentual de direitos e número de clubes.

Houve uma assinatura de um pre-acordo (Memorando de Entendimento), mas a negociação de um contrato definitivo tem travado pelo modelo proposto pelo fundo.

Ao analisar com detalhes o contrato, o Flamengo constatou que o Mubadala avançava sobre ativos dos clubes, entre eles licenciamento de marcas, patrocínios e NFTs que nada tinham a ver com o Brasileiro. Também havia espaço na redação do acordo para interferência em outros campeonatos.

O documento foi visto pelos dirigentes rubro-negros como excessivamente vago para abrir brecha para que o Mubadala pudesse ir além de direitos de TV e comerciais do Brasileiro.

Outro ponto que os dirigentes do Flamengo não aceitam é o poder absoluto do Mubadalda de negociar os direitos de TV e comerciais do Brasileiro com a compra de uma fatia. Na visão do clube, a negociação só poderia ser feito com participação de uma governança dos clubes, atuando e dando aval aos movimentos de comercialização.

Houve seguidos pedidos de mudanças de contrato, mas o fundo insistia com o formato original. Esse foi um dos motivos que irritou John Textor, dono do Botafogo, que não via o que era combinado em reuniões no papel. Ele é próximo do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim.

Já o dirigente rubro-negro tem expressado reclamações com o fundo durante as reuniões pelas condições postas. Ele alertou outros clubes nos encontros sobre os problemas no contrato.

Depois disso, outras agremiações se engajaram também em questionamentos ao Mubalda no formato do contrato. Atualmente, há reuniões de entre 10 e 12 clubes da Libra com o fundo exigindo mudanças no acordo para haver a possiblidade de assina-lo. Nas últimas duas semanas, ocorreram sete reuniões. É quase unânime entre os clubes a rejeição ao contrato inicial.

Nas negociações, após a pressão, o Mubadalda passou a indicar concessões, mas os clubes querem ver isso no papel.

Ainda há um otimismo de uma assinatura do clubes de 15 clubes - Cruzeiro e Vasco por enquanto estão fora. Mas isso só vai ocorrer se o acordo for modificado na direção dos pedidos dos clubes, dando lhes mais poder e deixando claro os limites do fundo árabe sobre os direitos. Neste caso, poderia ser fechado um acordo de bloco de representação para os direitos dos clubes.



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