Achar equilíbrio entre defesa e ataque foi a chave para o Grêmio vencer

Participação do estreante JP Galvão sem a bola ajudou o Imortal a mudar a história do jogo.


Fonte: ge

Achar equilíbrio entre defesa e ataque foi a chave para o Grêmio vencer

Marcar. Uma das maiores dificuldades que os treinadores enfrentam no futebol é tirar mais entrega e capacidade defensiva de atletas talentosos. A chave para a vitória do Grêmio sobre o Fluminense na tarde deste domingo, em Porto Alegre, passa por isso. A partir do momento em que o Imortal entendeu que precisava de mais contribuição sem a bola de determinadas peças, fez um jogo competitivo e aproveitou as oportunidades.

O Fluminense poderia ter empatado ou até vencido. Assim como o Grêmio teve um gol anulado por centímetros, conseguiu mais volume ofensivo e finalizações ao longo da partida, mas não teve capacidade para sanar os problemas defensivos que já se apresentavam no 1º tempo. Viu o rival ser mais eficiente.

Escalações

Renato Portaluppi fez mexidas em relação ao time que vinha atuando recentemente. Fábio assumiu a vaga de João Pedro na lateral-direita. Rodrigo Ely estreou na zaga, no lugar do desfalque Bruno Uvini. E o atacante JP Galvão foi mais um a debutar com a camisa tricolor. Fez companhia a Suárez na frente. Ferreira e Bitello partiram dos lados do campo. Carballo deu lugar a Ronald.

Luis Suárez

João Pedro Galvão

Fábio

Bruno Alves

Reinaldo

Rodrigo Ely

Villasanti

Ferreira

Bitello

Gabriel Grando

Ronald

Já Fernando Diniz não teve Felipe Melo. Marlon compôs a zaga com Nino. Daniel recebeu nova chance como ''segundo homem'' de meio-campo. Martinelli foi para o banco. André foi um retorno celebrado.

Fábio

Marcelo

Ganso

Samuel Xavier

Cano

Marlon

Keno

Nino

Daniel

Arias

André

O jogo

Os primeiros instantes da partida já deram a tônica do que seria o duelo. Nada menos que sete finalizações em 15 minutos. Um retrato da vocação ofensiva das duas equipes, mas também dos muitos espaços que deixavam quando o adversário recuperava a posse de bola. O Fluminense aproveitou mais o cenário inicial.

O Grêmio não conseguia exercer uma boa pressão na saída de bola, surgiam espaços nas costas da ''primeira pressão'', e aí os visitantes agrupavam os jogadores pelo lado esquerdo do ataque, também sem uma oposição eficaz dos donos da casa. O gol saiu exatamente neste setor. Cano empurrou para a rede uma jogada muito bem construída por Daniel e Keno.

O Fluminense também não erã competitivo sem a bola. Demorava a diminuir os espaços de quem tinha a posse, contava com coberturas tardias, certa letargia da equipe. Bitello, Suárez e Ferreira se entendiam bem ao se aproximarem pelo meio. Villasanti oferecia suprote. Mas o foco para terminar as jogadas era o lado esquerdo da defesa carioca. Marcelo e Marlon mostraram-se descoordenados. Daniel não fazia uma boa pressão por dentro. Keno também não foi efetivo ao recuar.

Por este lado os gremistas viraram o jogo em lances muito bem trabalhados e que terminaram em finalizações de Bitello e Ferreira. Os anfitriões tiveram uma melhora defensiva a partir da metade da 1ª etapa. JP Galvão passou a recuar mais e auxiliar os meio-campistas e defensores para igualar a quantidade numérica de jogadores do Fluminense no setor da bola.

Ferreira e Bitello, os autores dos gols gremistas na 1ª etapa — Foto: Maxi Franzoi/AGIF

Ferreira e Bitello, os autores dos gols gremistas na 1ª etapa — Foto: Maxi Franzoi/AGIF

Mesmo assim o Fluminense incomodou depois de levar a virada. Poderia ter atacado a área com mais gente. Pelo volume ofensivo que teve, as chances reais estiveram abaixo do esperado. Com a vantagem no placar, os gremistas assumiram de vez uma postura reativa no 2º tempo. Recuaram o bloco de marcação e exploraram os espaços que surgiram ao retomar a posse.

Pepê entrou antes dos 15 minutos e aumentou ainda mais o preenchimento do meio-campo, algo que JP Galvão fazia até aquele momento. Diniz fez sua mexida tradicional. Sacou o zagueiro Marlon e botou mais um meio-campista, recuou André para a zaga.

Léo Fernandez também foi a campo e aumentou o potencial criativo do time. Ganso fez um jogo abaixo do que pode.Arias e Keno mantiveram a intensidade apresentada com a bola antes do intervalo. Foram importantes na pressão que o Fluminense fez até os acréscimos.

Keno, Fábio, Grêmio x Fluminense — Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

Keno, Fábio, Grêmio x Fluminense — Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

Com a área defensiva mais preenchida após a entrada de Gustavo Martins, o Imortal foi competente ao cortar cruzamentos, bloquear finalizações e inibir o que poderia se transformar em um empate carioca.O time visitante ainda teve um pênalti claro de Rodrigo Ely em Nino nos últimos instantes, mas o árbitro do jogo sequer foi chamado ao VAR para conferir.

O melhor e o pior em campo

Bitello foi o melhor em campo! Nos momentos de maior pressão e imposição do Fluminense, conseguiu levar perigo em rápidas transições ou em ataques de trocas de passes mais extensas. Auxiliou sem a bola e foi decisivo marcando um gol.

Já Marlon ficou devendo bastante pelo time carioca. É verdade que jogou exposto com os erros de posicionamento e a recomposição lenta de Marcelo, mas não apresentou capacidade de ser mais assertivo nas coberturas ou duelos com os atacantes gremistas.



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