Relíquias do Mundial: 40 anos depois, itens do título do Grêmio mantêm história viva em museus

Por afeto ou por negócio, peças da vitória gremista em Tóquio mantêm viva a história da maior conquista gremista


Fonte: ge

Relíquias do Mundial: 40 anos depois, itens do título do Grêmio mantêm história viva em museus

Lá se vão 40 anos. Há exatas quatro décadas, o Grêmio pintava o planeta de azul, preto e branco ao vencer o Hamburgo em Tóquio e conquistar o Mundial. O tempo passa, mas as lembranças permanecem através de itens valiosos daquele 11 de dezembro de 1983. Verdadeiras relíquias da maior conquista da história do clube gaúcho.

Vale lembrar que, em 2017, a Fifa reconheceu os títulos mundiais e incluiu em sua lista oficial os vencedores dos torneios disputados de 1960 a 2004, entre o campeão sul-americano e o europeu.

Relíquias do Mundial: veja itens do título do Grêmio em 1983

O ge encontrou dois exemplos, separados por um oceano, onde a memória do Mundial do Grêmio se mantém viva. Do lado afetivo ao business, a história é mostrada com relação direta a quem fez parte do que ocorreu há 40 anos no Japão.

Muitas peças daquele jogo são mantidas com os próprios atletas e suas famílias. Uma das camisas de Renato Portaluppi, autor dos dois gols do título, está em Bento Gonçalves, onde vive parte do núcleo familiar do maior ídolo gremista.

Alguns quilômetros acima da serra gaúcha, já em Santa Catarina, um fanático torcedor ostenta um verdadeiro museu do Grêmio, incluindo, claro, peças da conquista de 1983. Algumas autênticas, usadas por jogadores na partida no outro lado do planeta.

Carlos Cristiano Mendes de Magalhães, 43 anos, diz ter em torno de 10 mil itens relacionados ao Grêmio. O agricultor, natural de Palmeira das Missões, no Rio Grande do Sul, vive há seis anos em Balneário Camboriú, onde precisou alugar um apartamento só para alocar sua coleção. Muitas peças nem o próprio clube possui.

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Entre as milhares de relíquias que acumulou, um espaço é dedicado apenas ao Mundial de 40 anos atrás. Um manequim decorado na cabeça com o Mosqueteiro, mascote do Grêmio, é vestido com a camisa de Baidek, zagueiro campeão em 1983.

A camisa, porém, não foi utilizada contra o Hamburgo, mas durante aquela temporada. Diferente da camisa do time alemão, exposta ao lado. O uniforme de número 8 foi vestido por Jürgen Groh, volante do vencedor da Copa dos Campeões da Europa daquele ano.

Consta também uma faixa de campeão do mundo, além da medalha, dois itens autênticos do título gremista. Fotos do jogo e revistas e jornais da época decoram o local, assim como réplicas dos troféus e uma bola de modelo igual ao utilizado na histórica partida (veja imagens abaixo).

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

O torcedor começou a colecionar itens do Grêmio especialmente a partir de 2015, pouco depois da perda dos pais. A mãe de Carlos sempre foi uma referência para ele quando se trata do clube do coração.

Em anos de coleção, virou conhecido na internet e fez amizade com ex-jogadores - Mazzaropi, Dinho e Anderson Polga foram nomes citados. O "museu" já recebeu visitas em Balneário Camboriú, embora não seja um negócio propriamente dito.

- É uma satisfação. Lembro da minha mãe, mas o mais legal foi as parcerias, as pessoas que conheci. Poder chamar ex-jogadores, meus ídolos, de amigos, é o mais bacana. Ouvi do Museu (do Grêmio) a importância do trabalho que faço - exalta Magalhães.

Lendas na Espanha

Do outro lado do oceano, um museu - esse, sim, um negócio - também guarda um pedaço da história da conquista do Grêmio em 1983. O Legends, em Madri, é considerado um dos maiores museus de camisas de futebol do mundo. São mais de 500 peças que marcaram o esporte.

Uma das camisas usadas por Renato está exposta em Madrid — Foto: Masahide Tomikoshi/Arquivo Pessoal

Uma das camisas usadas por Renato está exposta em Madrid — Foto: Masahide Tomikoshi/Arquivo Pessoal

Duas delas remetem ao título gremista que completa quatro décadas. Renato Portaluppi utilizou duas camisas no duelo em Tóquio. Uma, já citada, permaneceu na família. A outra foi trocada com Michael Schröder, lateral-esquerdo do Hamburgo. Esse, por sua vez, doou ao Legends, conforme confirmou Marcelo Ordás em contato com o ge .

Além da lendária camisa 7 do herói do título, a de número 5 também tem espaço entre as relíquias do museu. O volante China doou pessoalmente a peça que usou na partida, também exposta para mais de 45 mil pessoas que Ordás estima receber anualmente no local.

Museu Legends, em Madrid — Foto: Divulgação/Legends

Museu Legends, em Madrid — Foto: Divulgação/Legends

Quarenta anos se passaram daquele início de tarde no Japão, ainda madrugada no Brasil. Uma vida inteira. O Grêmio ganhou vários outros títulos, voltou ao país oriental, trocou de casa em Porto Alegre e enfrentou o próprio Hamburgo outra vez na inauguração da nova morada.

Ainda assim, verdadeiras relíquias daquele 11 de dezembro se mantêm intactas e recontam de alguma forma um dos capítulos mais bonitos dos 120 anos do Grêmio. Seja no apartamento de um torcedor no Brasil ou na megaestrutura de um empresário na Espanha, a história se mantém viva 40 anos depois dos gols de Portaluppi.

Veja fotos:

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

Relíquias do Mundial Grêmio 1983 — Foto: Arquivo pessoal

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