Presidente do Grêmio diz que não existe substituto para Suárez: "Talvez Haaland, Lewandowski ou Messi"

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Em entrevista exclusiva à ESPN , nesta quinta-feira (21), Alberto Guerra , presidente do Grêmio , foi categórico ao afirmar que não há um substituto para Luis Suárez .

O astro uruguaio deixou o clube gaúcho recentemente e vai defender o Inter Miami , do companheiro de longa data Lionel Messi , a partir de 2024. O Imortal, por sua vez, buscará um novo camisa 9, mas sabe dificilmente do mesmo patamar de Luisito.

"Substituto para o Suárez eu acho que não existe, talvez o Haaland, Lewandowski, Messi, mas a gente busca um 9 que nos entregue um nível alto de gols, de performance, que a torcida fique satisfeita. Eu digo a figura do grande craque internacional, ele não precisa ser necessariamente o 9. Pode ser o 10, o atacante de beirada, talvez até o goleiro", começou por dizer.

"O efeito Suárez, no nosso primeiro ano de gestão, a mensagem que a gente passa para o nosso torcedor, é que a gente pensa grande, mas não necessariamente essa estrela, esse grande jogador, chega para ser o número 9. Pode ser de qualquer outra posição. O que a gente acredita é poder trazer jogadores desse nível que entreguem não só desportivamente, como também fora de campo, e a gente vê um aprendizado muito grande aqui para nós. Para se ter uma ideia, o Grêmio saltou de 61 mil sócios, para 119 mil. Muito por causa do efeito Suárez. As lojas do Grêmio triplicaram as vendas. Os números das transmissões dos jogos, os horários mais nobres, acabaram atraindo muita atenção, inclusive dos jornalistas do Brasil inteiro", prosseguiu.

"Se o Grêmio tivesse na Libertadores com o Suárez, provavelmente teria cobertura em todas as viagens. Essa atratividade que esses grandes jogadores trazem para o clube, não só dentro do campo, como fora, a gente busca, mas não é todo dia que a gente vai encontrar um jogador desse nível que queira vir para cá e caiba no nosso bolso. Estamos atentos ao mercado, a gente busca ser agressivo no mercado, mas não para dar resposta, a gente tem que ter certeza que esse jogador vai preencher esses requisitos, de desempenho esportivo e alguma entrega acima do normal fora do campo. Isso nos ajuda muito, a força do nosso torcedor, nós aqui no sul, embora o gigantismo do Grêmio, a gente não arrecada como clubes do centro do país. E a gente tem a nossa força no quadro social, uma característica daqui, que a gente precisa do nosso associado. E nada melhor do que ter esses ídolos e grandes jogadores para que se mantenham sócios", complementou.

Por último, o mandatário do Grêmio também comentou sobre a saída do uruguaio e revelou alguns dos bastidores que culminaram na decisão de Suárez deixar o clube antes mesmo de cumprir o seu contrato, que a princípio seria de duas temporadas.

"No que se refere a Suárez, tudo que foi dito, foi o que aconteceu. Quando fomos atrás dele, queríamos vínculo de um ano, mas por uma exigência dele, queria jogar uma Libertadores pelo Grêmio, pediu dois anos, com metas, bonificações para ele já pensando na Libertadores. Ao chegar aqui, ele sai de um Campeonato Espanhol. Do tamanho do Rio Grande do Sul a Espanha, um pouquinho maior, e do Uruguai, bem menor, e vem para um país continental, onde a quantidade de jogos, a logística, um campeonato muito duro, muito físico, ele vê que ele não iria conseguir cumprir esses dois anos. E começa a negociação no meio do ano. A sequência de jogos vai machucando ele, que toma uma série de medicamentos para ficar em campo por causa do joelho. Quando a gente reconhece isso nele, a gente entende que um atleta do nível dele, o Grêmio não pagou transferência dele, que chegou com a idade dele, ele tem que desfrutar, que é como ele usava muito. Ninguém pode forçar alguém a ficar em algum lugar simplesmente pelo contrato. Ele não seria feliz e não jogaria o segundo ano tendo que se expor tanto quanto ele se expôs nesse ano. Quando a gente acertou a permanência dele até o final do ano, acho que foi o momento mais feliz dele aqui. Segundo semestre ele arrebentou, deu tudo, acho que foi uma forma até de gratidão dele pelo reconhecimento do clube. Não é à toa que ele foi reconhecido como melhor jogador do campeonato, um dos goleadores, muitas assistências, temporada que mais jogou na carreira, e sai com a porta da frente escancarada, não só aqui no Grêmio, como do Brasil inteiro."