O QUE ESPERAR DO GRÊMIO EM 2024?


Fonte: *Leila Krüger, escrito

O QUE ESPERAR DO GRÊMIO EM 2024?
Se para os gremistas 2023 terminou com a euforia do vice no Brasileirão e a vaga direta para a Libertadores, vindos da série B (o título escapou, talvez, por um erro de arbitragem em pênalti não marcado para o Grêmio com o braço de Yuri Alberto na bola), 2024 começa com forte reação de desgosto para a maioria da torcida tricolor. É o que se vê de forma explícita nas redes sociais: descontentamento, apreensão, ansiedade, decepção.


O presidente Alberto Guerra e os dirigentes Antônio Brum e Luis Vagner Vivian têm sido alvos de duras críticas e até piadas, principalmente pela lentidão ou suposta incapacidade de realizar contratações. E o Grêmio realmente precisa de contratações: o sonhado 9, não à altura da lenda Luis Suárez, um dos maiores da história do futebol, mas o mais próximo disso, não veio. Quase todos os nomes especulados são rapidamente descartados, ou as negociações se tornam difíceis - ao menos conforme muitos jornalistas têm divulgado.


Funes Mori quase veio, de última hora ficou no México. Gremistas se sentiram envergonhados, estava tudo certo. Vincent Aboubakar, da Seleção de Camarões, tem proposta da direção, mas não quer jogar no Brasil (ou no Grêmio?). Campaz, que evoluiu muito na Argentina e foi comprado pelo Rosário Central, havia decidido voltar ao Grêmio após falta de acerto - acabou voltando ao clube argentino, e os gremistas “pagaram mico” outra vez. A cada dia, novos - e velhos - nomes são especulados, como uma metralhadora descontrolada - “vai que cola”. As informações são desencontradas e até opostas entre os jornalistas. No lado do rival Inter, tudo em paz, apesar da "seca" de títulos.


A torcida gremista está cansada. Vê o maior rival ter contratado Borré, que marcou um gol de mão que tirou o provável título da Libertadores do Grêmio em 2018. Embora deva vir somente na metade do ano, o que é motivo de indignação dos colorados em relação à negociação com o Werder Bremen. Alario, da Seleção da Argentina, apesar dos problemas físicos - operou os ligamentos dos dois joelhos em 2023, também veio. E o plantel parece qualificado. A torcida adora o técnico Coudet, apesar de o “Chacho” não ter nenhum título pelo Colorado. Já treinou o Inter antes, ganhou o GreNal mais recente, e em 2024 o clube da Padre Cacique aposta que vai sair da seca total de títulos de 7 anos - nem Gauchão. “Estou iludido”, chegou a declarar Coudet sobre seu time.


Enquanto isso, crises e crises no Tricolor Gaúcho.



Brum foi ao Rio para quê? Renato prometeu reforços na semana passada, não vieram. Alguém está fazendo alguma coisa? E as lesões, que continuam? Cuiabano e Jhonata Robert se lesionaram novamente - voltando de lesões graves. O presidente Guerra até trocou todo o Departamento Médico e está buscando aparelhos e profissionais para qualificar a tão criticada preparação física, e evitar as constantes lesões. Mas não basta. No Gauchão, o Grêmio pegou times fortes até aqui, mas conseguiu, com esforço, exceto na goleada de 4 a 1 sobre o São José, o Zequinha - uma boa pontuação. No entanto, o Inter está à frente na tabela e na moral, e quer o título que não ergue há muito. Já recuperado da traumática desclassificação da Libertadores para o campeão Fluminense, em um Beira-Rio lotado.


Mas o Grêmio (parece inevitável falar em Inter quando se fala de Grêmio, e vice-versa). Enfim, o que esperar em 2024? Ainda estão lamentando a saída de Luis Suárez para o Inter Miami, ao lado de Messi. A torcida têm se manifestado com frases como “a meta são os 45 pontos” (para não cair para a B), “Grêmio vai fazer só figuração na Libertadores”, “o time é muito ruim”, “as (poucas) contratações foram péssimas" (exceto Soteldo, que vem surpreendendo). A direção declara que não há dinheiro, apesar das premiações do Brasileirão e da Copa do Brasil, recorde de sócios e vendas de camisas com Suárez e das negociações de jogadores por valores razoáveis, como Bitello, Campaz e Ferreira. Onde está o dinheiro? Palavras como “sondar”, “monitorar”, “avaliar”, têm se tornado “malditas” na torcida tricolor - muito usadas por jornalistas e pela direção quando falam em reforços.


É verdade que o Grêmio começa 2024 com mal-estar. A seu favor, em se tratando de Grêmio, sabemos que tudo pode acontecer, seja pelo lado bom ou ruim. Quem imaginaria o vice, quase o tri do Brasileirão em 2023? Mas, ao mesmo tempo: quem vai ser o 9 prometido? Quando vem o lateral-esquerdo? Por que Brum não pede demissão, como Vivian? E o que resta ao torcedor gremista? Uma sutil esperança de que as coisas melhorem, “o jogo vire”. Sobra pessimismo, bem justificado. O Clube de Todos está fazendo seu torcedor sofrer, talvez quase tanto quanto em 2022, na série B. E a série B já é um fantasma para muitos torcedores. A palavra-chave, acredito, é: ação. Atitudes mais ousadas da direção poderiam mudar os rumos do clube em 2024, fazer o torcedor sonhar alto, cantar alto e até perdoar o sofrimento que lhe foi imputado.






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