Não vai ser tão fácil, mas nunca foi fácil para o Grêmio

O sorteio dos grupos da Copa Libertadores 2024, ocorrido nesta terça-feira, 18 de março, colocou o Grêmio como cabeça-de-chave em um grupo não tão fácil. O pior talvez seja enfrentar a altitude de La Paz, quase 4.000 metros acima do mar, na estreia contra o The Strongest. Vai ser necessário “suar sangue” e treinar muito a parte física. É possível que o Grêmio solicite mudança nas datas das finais do Gauchão, caso chegue lá, devido à viagem longa e ao jogo desgastante, entre as decisões do campeonato regional - e a FGF deve acatar, não seria justo ignorar.


Os outros clubes do grupo do Grêmio são o tradicional Estudiantes, da Argentina, em terceiro lugar no grupo B do campeonato argentino - mas os gringos sempre “jogam a vida” e não têm medo de decisões. E tem o Huachipato, do Chile, que parece o time menos, digamos, perigoso do grupo.


Mas na Libertadores da América nada é fácil. E para o Grêmio, nunca foi. A favor do Imortal, o fato de ser temido por outros clubes da América do Sul e de ser copeiro, gerido pelo experiente técnico Renato Portaluppi, treinador vivo com mais vitórias na História da Libertadores, 49.


Enfim, os gremistas estão animados, esperançosos e, ao mesmo tempo, receosos. O time precisa de reforços, no mínimo um zagueiro titular, 1o volante, lateral-esquerdo e camisa 9.


No entanto, antes da Libertadores o foco é no jogo de volta contra o Caxias, na Arena do Grêmio, sem Villasanti, o melhor marcador do Grêmio, convocado à Seleção do Paraguai - Franco Cristaldo está em processo de naturalização para jogar pelo Paraguai, ainda bem que ficou aqui. Sobre o jogo, na ida houve mais uma “chuva” de erros de arbitragem contra o Imortal: vários amarelos desnecessários ao clube de Porto Alegre, um gol irregular do Caxias - o VAR chamou o árbitro para anulá-lo, quando o jogador caxiense pula junto com o zagueiro gremista e interfere na jogada na pequena área, confundindo o goleiro Caíque e Du Queiroz, embora tenham, ambos, falhado no lance.


Já os “erros” de arbitragem seguem a favor do Inter, como contra o Juventude, que “amassou” os colorados. Houve pênalti de Anthoni, goleiro do Inter, como já houvera contra o São Luiz, não marcados. Mas aqui estamos falando de Grêmio, e essa informação é só para reiterar que a direção do Grêmio irá até a FGF nesta terça, 19, conversar com a FGF e Luciano Hocsman, o presidente, sobre os repetidos erros contra o Maior do Sul e a favor do rival colorado. Por ter chegado a esse ponto, coloco o campeonato sob suspeita, tamanhos quantidade e absurdos do apito e do VAR, sempre a favor de um lado e contra outro. Não seria má ideia investigar Hocsman, FGF, Novelletto que é conselheiro do Inter e um dos vices da CBF - os colorados foram favorecidos na estreia da Copa do Brasil, vexatoriamente - e os árbitros envolvidos nos “escândalos”.


Mas ainda sobre a Libertadores, a Grande Dama com a qual o Grêmio sonha: nos tiraram na “mão grande” - literalmente - em 2018. No ano de 2024, quem sabe, como disse o ex-jogador do Tricolor Baltazar uma vez, “Deus não tenha coisas maiores para o Grêmio”? O Tetra da Libertadores será muito bem-vindo - mas é necessário qualificar o time e aprimorar o preparo físico. As boas notícias: Soteldo está voltando de lesão e é uma das maiores esperanças dos gremistas, com o garoto de ouro Gustavo Nunes, Pavón, Franco Cristaldo, Villasanti e o goleador Diego Costa, 3 gols em 3 jogos, estão jogando o fino da bola. Além do bom lateral-direito João Pedro e do goleiro Caíque, que vem surpreendendo a todos nós.





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