Foto: Diego Vara / Agencia RBS
Quando a editora Débora Pradella convidou a mim e aos outros dois dos "Três Mosqueteiros" de ZH a escrever sobre o aniversário do Tricolor, peguei o telefone e liguei para o Ivan Pinheiro Machado, da L&PM.
— Ivan, posso tornar pública a existência do livro?
— Vai fundo, Léo.
E eu conto então, pra vocês, com profunda emoção: estou para lançar, pela L&PM, com generoso prefácio do gremistão Marcos Rolim e orelha escrita pelo amigo David Coimbra, o livro "Somos azuis, pretos e brancos".
É meu segundo livro. O primeiro foi "Coligay — Tricolor e de todas as cores" (Libretos). E os dois tratam de diversidade, um valor pelo qual sinto especialíssimo apreço, de origem familiar e também ideológica, pode-se dizer.
E, pasmem, o Grêmio é um clube tão diversificado, tão plural e tão democrático, ao contrário do rótulo que se criou, que sua abertura às diferenças já rende o segundo livro. Como escreveu o Rolim, estou "desmontando um mito".
Pois bem. Dito isso, emociono-me ao acrescentar que estou na iminência de realizar um sonho de infância. O lançamento do livro ocorrerá entre o fim de setembro e o início de outubro, ainda no período de aniversário do clube. Na Feira do Livro, a sessão de autógrafos rolará em 7 de novembro — essa data está definida. Mas por que "sonho de infância"?
Porque estou muito perto de fazer um gol pelo Grêmio.
Sim, um gol. E um gol de placa em jogo decisivo!
O segundo gol, na verdade.
Por mais que você torça o nariz, nessa cultura homofóbica impregnada na nossa sociedade, o "Coligay — Tricolor e de todas as cores" já dava esse tom de diversidade e era um golaço. Agora, o novo livro entra fundo na questão racial, tema já abordado no trabalho anterior (o livro da Coligay é, acima de tudo, sobre diversidade no sentido mais amplo que essa palavra pode ter).
Enfim, com farta documentação e fotos impressionantes, faço esse gol e me emociono profundamente a vibrar com ele. Tudo o que eu queria, na infância e na adolescência, era ser jogador do Grêmio, atuando até de graça pelo meu lindo clube.
Porque é disto que se trata: um lindo clube.
Sou gremista porque meu pai era gremista fanático e conselheiro do clube. Mas não só. Também sou gremista porque vivi esse clube desde a infância dentro do Estádio Olímpico, e meus filhos vivem desde já o cotidiano da nossa espetacular Arena.
Sou gremista porque, apesar da etiqueta abjeta que criou a dicotomia indevida do "clube do povo x clube de elite" (leiam meus livros e vocês entenderão por que digo isso), vi a humildade, a perseverança e a generosidade desse clube.
Sou gremista porque meu pai me apresentou esse estado de espírito, e eu entendi desde sempre. E, pasmem, sou gremista até a medula, mas não sou o clássico tocador de flauta e secador. Até por apreciar a diversidade, respeito nosso principal adversário, que nasceu para nos enfrentar e, com isso, provocou o despertar de um clube vencedor, que aprendeu a superar percalços.
Sou gremista porque conheço as histórias afros de Adão Lima (primeiro negro a jogar nos grandes clubes gaúchos — e foi no Grêmio, entre 1925 e 1935 —), Lupicínio Rodrigues, Paulo Lumumba, Everaldo, Bombardão (nosso torcedor símbolo nos anos 1930), Roger Machado (o técnico com nosso DNA), Tesourinha (que provocou um lance de marketing para afirmar de vez a negritude já existente), Volmar Santos (o líder da gloriosa Coligay), o nordestino José Gerbase (que aportou por aqui e foi acolhido no Fortim da Baixada, tornando-se presidente do clube — muito obrigado, Carlos Gerbase, pelo lindo depoimento que me deste —) e tantos outros. Também os judeus como meu pai, homenageado, quando nos deixou, em comovente minuto de silêncio num Estádio Olímpico lotado.
Sou gremista porque me orgulho pela superação na épica e inigualável Batalha dos Aflitos, nos diversos títulos regionais, nacionais, internacionais e, muito especialmente, pela façanha de termos desbravado o planeta e posto Porto Alegre no mapa mundi, em 1983.
Sou gremista cheio de orgulho, porque Deus não me deu a habilidade de jogar bem futebol mas me deu o dom da escrita. E é pela escrita que consigo realizar o meu maior sonho: fazer um golaço pelo Grêmio. Mesmo que por linhas tortas.
Como disse Roger no jantar de aniversário do clube, dias atrás, parabéns "meu Grêmio querido".
Sigamos o hino do Lupi, toda uma filosofia de vida: sejamos sempre imortais, nem que tenhamos de seguir a pé.
Este aniversário é muito especial!
Apelando para um raciocínio cabalístico, penso nos números.
Veja bem: 112... "1" de primeiro e "12" de torcida, o 12º jogador.
Sou eu e todos nós.
Meu amor por ti é eterno, Tricolor da minha vida!
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Quando a editora Débora Pradella convidou a mim e aos outros dois dos "Três Mosqueteiros" de ZH a escrever sobre o aniversário do Tricolor, peguei o telefone e liguei para o Ivan Pinheiro Machado, da L&PM.
— Ivan, posso tornar pública a existência do livro?
— Vai fundo, Léo.
E eu conto então, pra vocês, com profunda emoção: estou para lançar, pela L&PM, com generoso prefácio do gremistão Marcos Rolim e orelha escrita pelo amigo David Coimbra, o livro "Somos azuis, pretos e brancos".
É meu segundo livro. O primeiro foi "Coligay — Tricolor e de todas as cores" (Libretos). E os dois tratam de diversidade, um valor pelo qual sinto especialíssimo apreço, de origem familiar e também ideológica, pode-se dizer.
E, pasmem, o Grêmio é um clube tão diversificado, tão plural e tão democrático, ao contrário do rótulo que se criou, que sua abertura às diferenças já rende o segundo livro. Como escreveu o Rolim, estou "desmontando um mito".
Pois bem. Dito isso, emociono-me ao acrescentar que estou na iminência de realizar um sonho de infância. O lançamento do livro ocorrerá entre o fim de setembro e o início de outubro, ainda no período de aniversário do clube. Na Feira do Livro, a sessão de autógrafos rolará em 7 de novembro — essa data está definida. Mas por que "sonho de infância"?
Porque estou muito perto de fazer um gol pelo Grêmio.
Sim, um gol. E um gol de placa em jogo decisivo!
O segundo gol, na verdade.
Por mais que você torça o nariz, nessa cultura homofóbica impregnada na nossa sociedade, o "Coligay — Tricolor e de todas as cores" já dava esse tom de diversidade e era um golaço. Agora, o novo livro entra fundo na questão racial, tema já abordado no trabalho anterior (o livro da Coligay é, acima de tudo, sobre diversidade no sentido mais amplo que essa palavra pode ter).
Enfim, com farta documentação e fotos impressionantes, faço esse gol e me emociono profundamente a vibrar com ele. Tudo o que eu queria, na infância e na adolescência, era ser jogador do Grêmio, atuando até de graça pelo meu lindo clube.
Porque é disto que se trata: um lindo clube.
Sou gremista porque meu pai era gremista fanático e conselheiro do clube. Mas não só. Também sou gremista porque vivi esse clube desde a infância dentro do Estádio Olímpico, e meus filhos vivem desde já o cotidiano da nossa espetacular Arena.
Sou gremista porque, apesar da etiqueta abjeta que criou a dicotomia indevida do "clube do povo x clube de elite" (leiam meus livros e vocês entenderão por que digo isso), vi a humildade, a perseverança e a generosidade desse clube.
Sou gremista porque meu pai me apresentou esse estado de espírito, e eu entendi desde sempre. E, pasmem, sou gremista até a medula, mas não sou o clássico tocador de flauta e secador. Até por apreciar a diversidade, respeito nosso principal adversário, que nasceu para nos enfrentar e, com isso, provocou o despertar de um clube vencedor, que aprendeu a superar percalços.
Sou gremista porque conheço as histórias afros de Adão Lima (primeiro negro a jogar nos grandes clubes gaúchos — e foi no Grêmio, entre 1925 e 1935 —), Lupicínio Rodrigues, Paulo Lumumba, Everaldo, Bombardão (nosso torcedor símbolo nos anos 1930), Roger Machado (o técnico com nosso DNA), Tesourinha (que provocou um lance de marketing para afirmar de vez a negritude já existente), Volmar Santos (o líder da gloriosa Coligay), o nordestino José Gerbase (que aportou por aqui e foi acolhido no Fortim da Baixada, tornando-se presidente do clube — muito obrigado, Carlos Gerbase, pelo lindo depoimento que me deste —) e tantos outros. Também os judeus como meu pai, homenageado, quando nos deixou, em comovente minuto de silêncio num Estádio Olímpico lotado.
Sou gremista porque me orgulho pela superação na épica e inigualável Batalha dos Aflitos, nos diversos títulos regionais, nacionais, internacionais e, muito especialmente, pela façanha de termos desbravado o planeta e posto Porto Alegre no mapa mundi, em 1983.
Sou gremista cheio de orgulho, porque Deus não me deu a habilidade de jogar bem futebol mas me deu o dom da escrita. E é pela escrita que consigo realizar o meu maior sonho: fazer um golaço pelo Grêmio. Mesmo que por linhas tortas.
Como disse Roger no jantar de aniversário do clube, dias atrás, parabéns "meu Grêmio querido".
Sigamos o hino do Lupi, toda uma filosofia de vida: sejamos sempre imortais, nem que tenhamos de seguir a pé.
Este aniversário é muito especial!
Apelando para um raciocínio cabalístico, penso nos números.
Veja bem: 112... "1" de primeiro e "12" de torcida, o 12º jogador.
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