Poderia ser enredo para sofrência sertaneja, mas é a relação entre um clube de futebol e seu ídolo. Sete meses após a separação, o Grêmio ainda tenta provar que consegue ser feliz sem Renato Portaluppi. A tentativa de substituí-lo até o momento não passou de flertes frustrados. Vez por outra, bate a saudade das histórias vividas em um passado cada vez mais distante. Pela primeira vez depois de mais um término, este em dezembro, ambos se reencontram neste sábado, às 21h, no Maracanã.
A primeira tentativa de superar Renato foi com um argentino. Gustavo Quinteros chegou galanteador. Campeão pelo Vélez Sarsfield no ano anterior, causou boa impressão com goleadas sobre times do interior gaúcho. Bastaram as primeiras dificuldades, e a desconfiança começou. Classificações nos pênaltis diante de São Raimundo e Athletic na Copa do Brasil minaram o relacionamento. A perda do título gaúcho para o maior rival causou a quebra de confiança — até então, eram sete anos de hegemonia. Até houve uma segunda chance, para que o pretendente reconstruísse os laços desfeitos. Definitivamente, não deu certo.
Com o trauma estrangeiro, veio a vontade de experimentar algo já conhecido, de voltar às raízes, apelar para a memória afetiva. Mano Menezes, um dos heróis do retorno à Série A em 2005, chegou para arrumar a casa. A torcida precisava de carinho, ter dentro do Grêmio alguém que gerasse identificação e entendesse a dor de ver em campo um time apático. Foi o que aconteceu, ao menos no discurso. Dentro das quatro linhas, a irregularidade permanece. O futebol apresentado está longe de dar a certeza de que o clube está no caminho certo. Até quando vence, a equipe não convence — aqui, lembra os maus momentos com Quinteros.
Sem Renato Portaluppi no banco de reservas, a torcida perdeu uma referência de "gremismo". Tanto que a direção buscou Luiz Felipe Scolari, outra lenda, para atuar nos bastidores. Campeão da Libertadores e do Mundo como jogador, Renato tem quatro passagens como técnico do Grêmio. São 547 jogos à frente do clube, com as conquistas da Copa do Brasil de 2016, da Libertadores de 2017, da Recopa Sul-Americana de 2018 e dos estaduais de 2018, 2019, 2020, 2023 e 2024.
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