Bandeira, com o diretor-executivo do Fla, Fred Luz, chega à
sede do Cruzeiro para reunião da Liga (Foto: Vicente Seda)
Os primeiros integrantes da Liga Sul-Minas-Rio começaram a chegar à sede administrativa do Cruzeiro por volta das 11h desta sexta-feira. O mais aguardado era o diretor-executivo Alexandre Kalil, que preferiu seguir direto para a sede social, onde acontecerá a reunião marcada para as 14h. Antes da discussão sobre a relação entre a Liga e a CBF, depois do racha ocorrido no início da semana, além de assuntos como calendário, tabela e a assembleia para votar a oficialização no próximo dia 27, os dirigentes farão um tour pela sede administrativa, seguido de um almoço com Gilvan Tavares, presidente do Cruzeiro e também da Liga.
– Vamos conversar com o Kalil, mas não tem nada de racha, de querer tirá-lo da Liga ou algo parecido – disse o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, rebatendo outro rumor envolvendo a iniciativa. – Não há nenhum fundo de verdade nessa história de a Liga ter a pretensão de se tornar nacional. Em nenhum momento isso foi sequer falado. Nosso objetivo é fazer uma competição regional. Somente isso.
Será a primeira vez que Kalil colocará os pés na casa do maior rival do clube que presidiu e pelo qual é apaixonado, o Atlético-MG. Antes mesmo do encontro, ele riu quando questionado se seria de fato a sua estreia na sede do Cruzeiro. E avisou que, nesse momento, o coração ficou de lado:
– É verdade. Estou recebendo pelo meu cérebro, não pelo meu coração – brincou.
A reunião dos integrantes da Liga Sul-Minas-Rio já estava marcada para esta sexta-feira há cerca de duas semanas, em um cenário completamente diferente do que se desenha agora. Seria um encontro apenas para ratificar questões que os clubes membros pensavam já estar definidas, ajustar alguns pontos no calendário e finalizar o acordo com a CBF, que já acenava com apoio e ajuda na organização. Na última segunda-feira, tudo mudou. Kalil deixou a sede da CBF enfurecido ao notar que a cúpula da entidade cedeu à pressão do presidente da Federação de Futebol do Rio (Ferj), Rubens Lopes, que faz tudo ao seu alcance para impedir a realização da competição em 2016. O motivo: o racha entre a Ferj e a dupla Flamengo e Fluminense.

Consultor jurídico da Liga, Eduardo Carlezzo (esq.), e o vice da CBF, Delfim Peixoto (dir.), em BH (Foto: Vicente Seda)
Na última sexta-feira, Lopes enviou um ofício diretamente à presidência da CBF. O documento de cinco páginas sustentava que a Liga é ilegal e só poderia ser oficializada com aprovação de uma assembleia com as federações. Na segunda-feira, Kalil foi à CBF esperando receber uma contraproposta de calendário, já que o primeiro apresentado precisava de ajustes – havia conflito de datas com Libertadores e possivelmente com uma data Fifa, reservada para jogos de seleções. Mas o que ouviu na reunião foi que a Liga teria de ser submetida de fato a uma assembleia. Não aceitou, sob a alegação de que a Copa Nordeste não passou por crivo de qualquer assembleia, e o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, rebateu avisando que isso ocorreu porque havia consenso.
De lá para cá, Kalil disparou contra o que chamou de "gravatinhas de rabo preso", e a CBF, querendo a Liga ou não, convocou uma assembleia para votar o pedido de filiação no próximo dia 27. A reunião desta sexta-feira passou a ter outra conotação. A prioridade agora é debater a relação com a CBF diante do novo quadro, rediscutir o calendário e alinhar um possível discurso de defesa da Liga na assembleia. Possível porque a ideia dos integrantes da Liga hoje, diante da mudança de postura da entidade, é de realizar a competição de forma independente. Kalil deixou claro: o resultado da assembleia não interessa. Ou seja, mesmo com a aprovação, há uma grande possibilidade de que a Liga não aceite novamente a interferência, ou ajuda, da CBF na organização.
A guerra nos bastidores se tornou intensa durante a semana. Farpas de lado a lado, rumores de racha nos bastidores sendo ventilados no anonimato e desmentidos nos gravadores. Nesta quinta-feira, Kalil esteve em Brasília com o ministro do Esporte, George Hilton, e conseguiu mais um elemento de pressão: ouviu do político que o Governo Federal é a favor da criação da Liga e a considera legal.

Presidente do Fluminense, desafeto da Ferj, Peter Siemsen chega à reunião da Liga Sul-Minas-Rio (Foto: Vicente Seda)
Enquanto isso, no Rio, Rubens Lopes, em arbitral com os clubes da Série A do Campeonato Carioca 2016, disparou novamente, afirmando que a Liga é "ficção" e "não existe". No arbitral, um novo golpe na dupla Flamengo e Fluminense, que já sinalizou a disputa do estadual com time alternativo. Os clubes votaram uma redução drástica na cota de TV para quem adotar tal postura. A nova medida faz com que os dois, se mantiverem a posição, deixem de receber a maior fatia da arrecadação passando a ficar com a menor cota entre os 16 que disputam a competição.
O efeito, contudo, é local. Pouco antes do arbitral, quatro dirigentes conversavam no saguão da Ferj, entre eles o ex-secretário-geral da CBF Marco Antônio Teixeira, tio do ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira e que hoje atua como diretor-executivo do América. Analisando o quadro geral, afirmou achar possível uma demonstração de isolamento de Lopes na questão com um placar de 26 a 1 na assembleia da CBF. Acabou repreendido pelo presidente do Vasco, Eurico Miranda, maior aliado de Lopes, quando subiu para a reunião. O prestígio nacional do presidente da Ferj será medido, de fato, na próxima terça-feira.
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sede do Cruzeiro para reunião da Liga (Foto: Vicente Seda)
Os primeiros integrantes da Liga Sul-Minas-Rio começaram a chegar à sede administrativa do Cruzeiro por volta das 11h desta sexta-feira. O mais aguardado era o diretor-executivo Alexandre Kalil, que preferiu seguir direto para a sede social, onde acontecerá a reunião marcada para as 14h. Antes da discussão sobre a relação entre a Liga e a CBF, depois do racha ocorrido no início da semana, além de assuntos como calendário, tabela e a assembleia para votar a oficialização no próximo dia 27, os dirigentes farão um tour pela sede administrativa, seguido de um almoço com Gilvan Tavares, presidente do Cruzeiro e também da Liga.
– Vamos conversar com o Kalil, mas não tem nada de racha, de querer tirá-lo da Liga ou algo parecido – disse o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, rebatendo outro rumor envolvendo a iniciativa. – Não há nenhum fundo de verdade nessa história de a Liga ter a pretensão de se tornar nacional. Em nenhum momento isso foi sequer falado. Nosso objetivo é fazer uma competição regional. Somente isso.
Será a primeira vez que Kalil colocará os pés na casa do maior rival do clube que presidiu e pelo qual é apaixonado, o Atlético-MG. Antes mesmo do encontro, ele riu quando questionado se seria de fato a sua estreia na sede do Cruzeiro. E avisou que, nesse momento, o coração ficou de lado:
– É verdade. Estou recebendo pelo meu cérebro, não pelo meu coração – brincou.
A reunião dos integrantes da Liga Sul-Minas-Rio já estava marcada para esta sexta-feira há cerca de duas semanas, em um cenário completamente diferente do que se desenha agora. Seria um encontro apenas para ratificar questões que os clubes membros pensavam já estar definidas, ajustar alguns pontos no calendário e finalizar o acordo com a CBF, que já acenava com apoio e ajuda na organização. Na última segunda-feira, tudo mudou. Kalil deixou a sede da CBF enfurecido ao notar que a cúpula da entidade cedeu à pressão do presidente da Federação de Futebol do Rio (Ferj), Rubens Lopes, que faz tudo ao seu alcance para impedir a realização da competição em 2016. O motivo: o racha entre a Ferj e a dupla Flamengo e Fluminense.

Consultor jurídico da Liga, Eduardo Carlezzo (esq.), e o vice da CBF, Delfim Peixoto (dir.), em BH (Foto: Vicente Seda)
Na última sexta-feira, Lopes enviou um ofício diretamente à presidência da CBF. O documento de cinco páginas sustentava que a Liga é ilegal e só poderia ser oficializada com aprovação de uma assembleia com as federações. Na segunda-feira, Kalil foi à CBF esperando receber uma contraproposta de calendário, já que o primeiro apresentado precisava de ajustes – havia conflito de datas com Libertadores e possivelmente com uma data Fifa, reservada para jogos de seleções. Mas o que ouviu na reunião foi que a Liga teria de ser submetida de fato a uma assembleia. Não aceitou, sob a alegação de que a Copa Nordeste não passou por crivo de qualquer assembleia, e o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, rebateu avisando que isso ocorreu porque havia consenso.
De lá para cá, Kalil disparou contra o que chamou de "gravatinhas de rabo preso", e a CBF, querendo a Liga ou não, convocou uma assembleia para votar o pedido de filiação no próximo dia 27. A reunião desta sexta-feira passou a ter outra conotação. A prioridade agora é debater a relação com a CBF diante do novo quadro, rediscutir o calendário e alinhar um possível discurso de defesa da Liga na assembleia. Possível porque a ideia dos integrantes da Liga hoje, diante da mudança de postura da entidade, é de realizar a competição de forma independente. Kalil deixou claro: o resultado da assembleia não interessa. Ou seja, mesmo com a aprovação, há uma grande possibilidade de que a Liga não aceite novamente a interferência, ou ajuda, da CBF na organização.
A guerra nos bastidores se tornou intensa durante a semana. Farpas de lado a lado, rumores de racha nos bastidores sendo ventilados no anonimato e desmentidos nos gravadores. Nesta quinta-feira, Kalil esteve em Brasília com o ministro do Esporte, George Hilton, e conseguiu mais um elemento de pressão: ouviu do político que o Governo Federal é a favor da criação da Liga e a considera legal.

Presidente do Fluminense, desafeto da Ferj, Peter Siemsen chega à reunião da Liga Sul-Minas-Rio (Foto: Vicente Seda)
Enquanto isso, no Rio, Rubens Lopes, em arbitral com os clubes da Série A do Campeonato Carioca 2016, disparou novamente, afirmando que a Liga é "ficção" e "não existe". No arbitral, um novo golpe na dupla Flamengo e Fluminense, que já sinalizou a disputa do estadual com time alternativo. Os clubes votaram uma redução drástica na cota de TV para quem adotar tal postura. A nova medida faz com que os dois, se mantiverem a posição, deixem de receber a maior fatia da arrecadação passando a ficar com a menor cota entre os 16 que disputam a competição.
O efeito, contudo, é local. Pouco antes do arbitral, quatro dirigentes conversavam no saguão da Ferj, entre eles o ex-secretário-geral da CBF Marco Antônio Teixeira, tio do ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira e que hoje atua como diretor-executivo do América. Analisando o quadro geral, afirmou achar possível uma demonstração de isolamento de Lopes na questão com um placar de 26 a 1 na assembleia da CBF. Acabou repreendido pelo presidente do Vasco, Eurico Miranda, maior aliado de Lopes, quando subiu para a reunião. O prestígio nacional do presidente da Ferj será medido, de fato, na próxima terça-feira.
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