Em meio à interminável polêmica sobre o nível das arbitragens, a CBF cumpriu no dia 18 um ritual obrigatório: enviou à Fifa a lista dos 10 representantes do Brasil que farão parte no quadro de árbitros da entidade no próximo ano. Os nomes são guardados a sete chaves, mas o Estado apurou que dificilmente ocorrerão mudanças em relação à equipe atual. Alguns juízes estavam ameaçados. Mas vão se livrar do cartão vermelho por causa das Eliminatórias.
Com a disputa das vagas da América do Sul em andamento, a Conmebol pediu às confederações que valorizassem árbitros experientes. Isso apesar de nos últimos anos a Fifa como vir recomendando o investimento em juízes jovens. A velocidade do jogo requer gente mais bem preparada fisicamente. Mas o aspecto técnico, o controle emocional e a vivência não podem ser desprezados.
Isso dá sobrevida, por exemplo, a Heber Roberto Lopes, que aos 43 anos é o mais velho brasileiro do quadro da Fifa (mais informações ao lado). E contribui para a manutenção de árbitros como Leandro Vuaden e Péricles Bassols, ambos de 40 anos, que não andam em boa fase, mas são "rodados".
Neste ano houve grande renovação entre os representantes brasileiros, com a entrada de quatro novatos no grupo dos 10 – normalmente as confederações enviam os nomes no mês de outubro, a Fifa costuma aprovar com rapidez, mas o quadro só muda em janeiro do ano seguinte. Por isso, a orientação agora na CBF é manter os mais antigos e dar mais experiência aos que chegaram em 2015.
Sérgio Corrêa, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, não quis revelar os nomes constantes da relação enviada à Fifa. Alegou ser preciso, primeiro, a homologação da entidade, que raramente veta uma indicação. Mas confirmou a necessidade de preservar os árbitros experientes por causa das Eliminatórias.
"Se não tivessem as Eliminatórias, seria uma coisa diferente. As confederações poderiam fazer as alterações antes do limite de idade para dar oportunidade para os novos árbitros", admitiu ao Estado.
Corrêa, porém, diz que não se pode desprezar a experiência dos juízes, mesmo os de mais idade. E cita os casos de Heber e Vuaden: "Eles têm experiência internacional e serão muito utilizados nas Eliminatórias. Isso foi ponderado (na definição dos indicados pela CBF)".
Heber já trabalhou na segunda rodada, apitando Uruguai 3 x 0 Colômbia. O outro escalado foi Sandro Meira Ricci (40 anos) em Equador 2 x 0 Bolívia. Nas próximas duas rodadas, em novembro, mais brasileiros deverão ser escalados.
O presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista, Marcos Marinho, não vê contradição no fato de a Fifa defender a formação de árbitros cada vez mais jovens e a Conmebol preferir os mais velhos pela experiência que possuem. "O (critério) técnico não pode ser desprezado nem a experiência", alerta.
Ele diz que o processo de renovação tem de ser feito com calma e bastante cuidado, e vai dar resultados a médio prazo. Por isso, os mais velhos são importantes. "Competições sul-americanas como a Libertadores e as Eliminatórias são duras, difíceis, então tem aproveitar a experiência. Você sabe que o árbitro não vai chegar à Copa do Mundo (de 2018), mas não pode abrir mão dele."
Marinho também não acha que a Fifa se contradiz por ter aumentado em janeiro o limite de idade dos árbitros dos quadros internacionais de 45 para 50 anos. Isso porque, na prática, quer juízes cada vez mais jovens nas competições que organiza. Assim, os quase cinquentões são aproveitados disputas menos inflamadas e com mais disciplina, como as que ocorrem na Europa.
Assistentes
Além dos árbitros, a CBF teve de enviar a Fifa relação com 10 assistentes, que também não deverá ter alterações. E os antigos bandeirinhas serão cada vez mais novos em poucos anos. "Tem gente que está despontando bem, é o caso colocar na condição de aspirante (Fifa). Está numa idade boa, faixa de 30, 31 anos", explica. "Cara de 35 anos não adianta pegar. Pode ser bom (assistente), mas a idade já não ajuda."
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Isso dá sobrevida, por exemplo, a Heber Roberto Lopes, que aos 43 anos é o mais velho brasileiro do quadro da Fifa (mais informações ao lado). E contribui para a manutenção de árbitros como Leandro Vuaden e Péricles Bassols, ambos de 40 anos, que não andam em boa fase, mas são "rodados".
Neste ano houve grande renovação entre os representantes brasileiros, com a entrada de quatro novatos no grupo dos 10 – normalmente as confederações enviam os nomes no mês de outubro, a Fifa costuma aprovar com rapidez, mas o quadro só muda em janeiro do ano seguinte. Por isso, a orientação agora na CBF é manter os mais antigos e dar mais experiência aos que chegaram em 2015.
Sérgio Corrêa, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, não quis revelar os nomes constantes da relação enviada à Fifa. Alegou ser preciso, primeiro, a homologação da entidade, que raramente veta uma indicação. Mas confirmou a necessidade de preservar os árbitros experientes por causa das Eliminatórias.
"Se não tivessem as Eliminatórias, seria uma coisa diferente. As confederações poderiam fazer as alterações antes do limite de idade para dar oportunidade para os novos árbitros", admitiu ao Estado.
Corrêa, porém, diz que não se pode desprezar a experiência dos juízes, mesmo os de mais idade. E cita os casos de Heber e Vuaden: "Eles têm experiência internacional e serão muito utilizados nas Eliminatórias. Isso foi ponderado (na definição dos indicados pela CBF)".
Heber já trabalhou na segunda rodada, apitando Uruguai 3 x 0 Colômbia. O outro escalado foi Sandro Meira Ricci (40 anos) em Equador 2 x 0 Bolívia. Nas próximas duas rodadas, em novembro, mais brasileiros deverão ser escalados.
O presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista, Marcos Marinho, não vê contradição no fato de a Fifa defender a formação de árbitros cada vez mais jovens e a Conmebol preferir os mais velhos pela experiência que possuem. "O (critério) técnico não pode ser desprezado nem a experiência", alerta.
Ele diz que o processo de renovação tem de ser feito com calma e bastante cuidado, e vai dar resultados a médio prazo. Por isso, os mais velhos são importantes. "Competições sul-americanas como a Libertadores e as Eliminatórias são duras, difíceis, então tem aproveitar a experiência. Você sabe que o árbitro não vai chegar à Copa do Mundo (de 2018), mas não pode abrir mão dele."
Marinho também não acha que a Fifa se contradiz por ter aumentado em janeiro o limite de idade dos árbitros dos quadros internacionais de 45 para 50 anos. Isso porque, na prática, quer juízes cada vez mais jovens nas competições que organiza. Assim, os quase cinquentões são aproveitados disputas menos inflamadas e com mais disciplina, como as que ocorrem na Europa.
Assistentes
Além dos árbitros, a CBF teve de enviar a Fifa relação com 10 assistentes, que também não deverá ter alterações. E os antigos bandeirinhas serão cada vez mais novos em poucos anos. "Tem gente que está despontando bem, é o caso colocar na condição de aspirante (Fifa). Está numa idade boa, faixa de 30, 31 anos", explica. "Cara de 35 anos não adianta pegar. Pode ser bom (assistente), mas a idade já não ajuda."
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