Nas metas ocupadas no Beira-Rio, na tarde de domingo, estarão dois goleiros que vestiram a camisa da Seleção em 2015. Em lados opostos, Marcelo Grohe, 28 anos, e Alisson, 23, estarão separados por pouco mais de 100m. A proximidade, entretanto, não é novidade para a dupla, que cresceu separada por 2km na região metropolitana de Porto Alegre e cultivou relação de amizade ao longo da adolescência. Agora, defendem balizas rivais e disputam a titularidade com a "amarelinha".
Marcelo Grohe cresceu em Campo Bom, mais precisamente na Avenida Brasil, pouco mais de 2km distante da Rua Vitor Hugo Kunz, em Novo Hamburgo, para onde o goleiro Alisson se mudou durante a juventude. Pela proximidade, acabaram dividindo a carona para Porto Alegre em um serviço de vans. Grohe é da mesma faixa etária que o irmão de Alisson, Muriel, hoje reserva no Inter. Ambos passaram a nutrir amizade, junto com o grupo que ia para Porto Alegre treinar nos clubes.
Foi da relação entre Muriel e Grohe, convocados juntos algumas vezes para a seleção brasileira de base, que Alisson passou a ficar mais próximo do goleiro gremista. Hoje, ambos são rivais no Gre-Nal de domingo e na Seleção – Alisson é o titular, enquanto Grohe ficou fora da última convocação por estar se recuperando de lesão no ombro, sofrida justamente em um treino com a equipe de Dunga.
– É muito legal poder reencontrá-lo (Alisson), vou dar um grande abraço. Tenho admiração e respeito muito grande. Um grande goleiro, pude acompanhar mais de perto na Seleção, vi suas qualidades. Tenho certeza que vai ser muito legal enfrentá-lo, é muito bom jogar Gre-Nal sempre. Tem toda a situação também com o Muriel, de três garotos que vieram lá do Vale dos Sinos buscando seu espaço, conseguiram chegar e representar hoje dois grandes clubes do RS e dos maiores do Brasil e do mundo. É uma honra, para mim e para ele, poder jogar mais um Gre-Nal – destacou Marcelo Grohe ao GloboEsporte.com após a vitória sobre o Fluminense.

Aos 28 anos, Marcelo Grohe tem experiência a seu favor (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
A dupla começou ainda na infância em Grêmio e Inter. Alisson na carona do irmão Muriel, cinco anos mais velho. Juntos, os três saíam do Vale dos Sinos para tentar a sorte nos clubes do coração sob a batuta de Valdenor Neitzke. Ele conduzia uma van e um colega levava o outro veículo – no total, eram cerca de 40 aspirantes a atletas. Deixava Ivoti por volta do meio-dia para percorrer os 55km que separam a cidade de Porto Alegre, pegava os garotos às margens da BR-116 e ficava como responsável até entregá-los em casa, por volta das 22h.
A viagem de cerca de 40 minutos reuniu Alisson e Grohe por cerca de um ano – embora a convivência seja mais antiga, já que o atual titular da Seleção frequentava o ambiente por conta do seu irmão. O grupo de jovens estava sempre de bom humor. Havia imitação de jornalistas gaúchos no veículo, com Grohe entrevistando todos os demais presentes, o clássico pagode boleiro e outras brincadeiras.
Um dos filhos de Valdenor, Giovani, atualmente goleiro do Lajeadense, era outra presença constante nas viagens. O arqueiro da equipe de Lajeado mantém mais contato com Muriel, via WhatsApp. Relata um Marcelo extremamente centrado ainda quando era um adolescente buscando ser jogador de futebol, enquanto via Alisson de atitude mais arrojada.
– Alcançaram voos muito bacanas. Na Seleção, primeiro o Marcelo, depois o Alisson se consolidando. É o goleiro para a década na Seleção, que vai se firmar, tem tudo para ter uma carreira igual ou melhor que o Taffarel. Ele tem potencial e postura de goleiro europeu. O Marcelo não fica atrás, pensando como goleiro, é muito técnico, faz todos os movimentos e gestos técnicos com leveza e suavidade. É um cara que tem tudo para fazer história na posição no Grêmio – comentou Giovani ao GloboEsporte.com.
Quis o destino que a van desse pé quente. Muriel virou o reserva de Alisson, enquanto o caçula e Marcelo são expoentes nos clubes do coração. Ambos conseguiram alcançar o objetivo. E, mesmo que lutem por cores opostas, mantêm a admiração criada ainda quando tentavam galgar os degraus nas categorias de base.
– O Marcelo é um espelho. É uma grande pessoa, um grande goleiro, tanto que foi coroado com a convocação para a Seleção. É um exemplo para todo o jovem que vem da base, que almeja algo maior, que é jogar por um grande clube – relatou Alisson ainda no ano passado.

Com 23 anos, Alisson deve herdar titularidade da Seleção, que já foi de Taffarel (Foto: Heuler Andrey / Agência Estado)
A dupla estará novamente próxima neste domingo. A amizade ficará de lado quando a bola rolar no Beira-Rio para mais um clássico – ambos já estiveram frente a frente na final do Gauchão deste ano, com título colorado. Ano passado, os dois também atuaram no 4 a 1 aplicado pelo Grêmio no rival no Brasileirão. Agora, fazem do Gre-Nal um paralelo para a briga por vaga na Seleção.
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Marcelo Grohe cresceu em Campo Bom, mais precisamente na Avenida Brasil, pouco mais de 2km distante da Rua Vitor Hugo Kunz, em Novo Hamburgo, para onde o goleiro Alisson se mudou durante a juventude. Pela proximidade, acabaram dividindo a carona para Porto Alegre em um serviço de vans. Grohe é da mesma faixa etária que o irmão de Alisson, Muriel, hoje reserva no Inter. Ambos passaram a nutrir amizade, junto com o grupo que ia para Porto Alegre treinar nos clubes.
Foi da relação entre Muriel e Grohe, convocados juntos algumas vezes para a seleção brasileira de base, que Alisson passou a ficar mais próximo do goleiro gremista. Hoje, ambos são rivais no Gre-Nal de domingo e na Seleção – Alisson é o titular, enquanto Grohe ficou fora da última convocação por estar se recuperando de lesão no ombro, sofrida justamente em um treino com a equipe de Dunga.
– É muito legal poder reencontrá-lo (Alisson), vou dar um grande abraço. Tenho admiração e respeito muito grande. Um grande goleiro, pude acompanhar mais de perto na Seleção, vi suas qualidades. Tenho certeza que vai ser muito legal enfrentá-lo, é muito bom jogar Gre-Nal sempre. Tem toda a situação também com o Muriel, de três garotos que vieram lá do Vale dos Sinos buscando seu espaço, conseguiram chegar e representar hoje dois grandes clubes do RS e dos maiores do Brasil e do mundo. É uma honra, para mim e para ele, poder jogar mais um Gre-Nal – destacou Marcelo Grohe ao GloboEsporte.com após a vitória sobre o Fluminense.

Aos 28 anos, Marcelo Grohe tem experiência a seu favor (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
A dupla começou ainda na infância em Grêmio e Inter. Alisson na carona do irmão Muriel, cinco anos mais velho. Juntos, os três saíam do Vale dos Sinos para tentar a sorte nos clubes do coração sob a batuta de Valdenor Neitzke. Ele conduzia uma van e um colega levava o outro veículo – no total, eram cerca de 40 aspirantes a atletas. Deixava Ivoti por volta do meio-dia para percorrer os 55km que separam a cidade de Porto Alegre, pegava os garotos às margens da BR-116 e ficava como responsável até entregá-los em casa, por volta das 22h.
A viagem de cerca de 40 minutos reuniu Alisson e Grohe por cerca de um ano – embora a convivência seja mais antiga, já que o atual titular da Seleção frequentava o ambiente por conta do seu irmão. O grupo de jovens estava sempre de bom humor. Havia imitação de jornalistas gaúchos no veículo, com Grohe entrevistando todos os demais presentes, o clássico pagode boleiro e outras brincadeiras.
Um dos filhos de Valdenor, Giovani, atualmente goleiro do Lajeadense, era outra presença constante nas viagens. O arqueiro da equipe de Lajeado mantém mais contato com Muriel, via WhatsApp. Relata um Marcelo extremamente centrado ainda quando era um adolescente buscando ser jogador de futebol, enquanto via Alisson de atitude mais arrojada.
– Alcançaram voos muito bacanas. Na Seleção, primeiro o Marcelo, depois o Alisson se consolidando. É o goleiro para a década na Seleção, que vai se firmar, tem tudo para ter uma carreira igual ou melhor que o Taffarel. Ele tem potencial e postura de goleiro europeu. O Marcelo não fica atrás, pensando como goleiro, é muito técnico, faz todos os movimentos e gestos técnicos com leveza e suavidade. É um cara que tem tudo para fazer história na posição no Grêmio – comentou Giovani ao GloboEsporte.com.
Quis o destino que a van desse pé quente. Muriel virou o reserva de Alisson, enquanto o caçula e Marcelo são expoentes nos clubes do coração. Ambos conseguiram alcançar o objetivo. E, mesmo que lutem por cores opostas, mantêm a admiração criada ainda quando tentavam galgar os degraus nas categorias de base.
– O Marcelo é um espelho. É uma grande pessoa, um grande goleiro, tanto que foi coroado com a convocação para a Seleção. É um exemplo para todo o jovem que vem da base, que almeja algo maior, que é jogar por um grande clube – relatou Alisson ainda no ano passado.

Com 23 anos, Alisson deve herdar titularidade da Seleção, que já foi de Taffarel (Foto: Heuler Andrey / Agência Estado)
A dupla estará novamente próxima neste domingo. A amizade ficará de lado quando a bola rolar no Beira-Rio para mais um clássico – ambos já estiveram frente a frente na final do Gauchão deste ano, com título colorado. Ano passado, os dois também atuaram no 4 a 1 aplicado pelo Grêmio no rival no Brasileirão. Agora, fazem do Gre-Nal um paralelo para a briga por vaga na Seleção.
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