Foto: Paulo Franken / Agencia RBS
É triste para um gremista ver a derrocada de Jardel. Dói ver um ídolo se esvaindo, afinal, em algum momento do passado ele teve status de super-herói para o torcedor. Pelos gols que marcou, o eterno camisa 16 pôs seu nome na história tricolor. Pelas graves suspeitas de corrupção, o deputado estadual Mario Jardel (PSD) foi afastado do mandato.
É preciso separar o Jardel centroavante e campeão da América do Jardel político e enrolado com a Justiça. Há 21 anos, seu time era o nosso Grêmio. Hoje, ele joga no PSD, mais um partido político do Brasil. A relação afetiva com a torcida foi decisiva para eleger o ex-jogador, que recebeu 41 mil votos, porém sua atual conduta não tabela com o clube.
As suspeitas contra Jardel são graves. O Ministério Público encontrou indícios de que o deputado simulava despesas para embolsar diárias, exigia parte dos salários dos comissionados do gabinete e mantinha funcionários fantasmas. Os recursos ajudariam a custear despesas pessoais, drogas, um apartamento para mãe e irmão.
Nenhum gremista tem dúvida de que o parlamentar deve responder à Justiça. Só confesso que é doloroso ver um ídolo em sua ascensão e queda. Os ídolos nos inspiram, pois materializam feitos que parecem impossíveis – como era conquistar aquela Libertadores de 1995 com um time sem estrelas. Nutrimos carinho por nossos heróis, sentimento potencializado no futebol. Ver um herói cair relembra o quanto o ser humano pode ser falho.
Desacreditado e com intimidade limitada com a bola, Jardel chegou ao Grêmio por desejo de Felipão, que o colocou no time. Foi campeão e artilheiro da Libertadores, transformou a camisa 16, dada aos reservas, em manto sagrado. Seguiu a empilhar gols em Portugal e na Turquia. E afundou com a âncora das drogas.
Conduzido para política por Danrlei, que se elegeu deputado federal, Jardel conseguiu o mandato para ter uma “nova chance”, como se a Assembleia fosse clínica de reabilitação. Mas foi o desejo das urnas. Agora o ídolo caminha para perder o mandato e o respeito de milhões de gaúchos.
Há 21 anos, Jardel era meu herói. Eu tentava domar a bola nos campinhos de São Gabriel tendo o centroavante como espelho. Jardel mostrava que os gols não eram restritos aos mais habilidosos. Gordito e desajeitado, eu queria ser como o camisa 16, o melhor cabeceador do Brasil.
Jardel sobe na área de pescoço firme, leva a cabeça para trás e desfere um potente testaço. Eis a imagem que simboliza um Grêmio vencedor. Ao jogador Jardel sou eternamente grato. Preservo na memória as cenas dele beijando entusiasmado o nosso amado escudo tricolor.
Tenho gratidão ao centroavante, o que não me impede de esperar que a Justiça cumpra seu papel. Talvez o episódio ajude o eleitor a refletir: é preciso desvincular o voto da gratidão clubística.
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Nenhum gremista tem dúvida de que o parlamentar deve responder à Justiça. Só confesso que é doloroso ver um ídolo em sua ascensão e queda. Os ídolos nos inspiram, pois materializam feitos que parecem impossíveis – como era conquistar aquela Libertadores de 1995 com um time sem estrelas. Nutrimos carinho por nossos heróis, sentimento potencializado no futebol. Ver um herói cair relembra o quanto o ser humano pode ser falho.
Desacreditado e com intimidade limitada com a bola, Jardel chegou ao Grêmio por desejo de Felipão, que o colocou no time. Foi campeão e artilheiro da Libertadores, transformou a camisa 16, dada aos reservas, em manto sagrado. Seguiu a empilhar gols em Portugal e na Turquia. E afundou com a âncora das drogas.
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