Manoel Flores, diretor de competições da CBF: "A ideia é colocar o projeto na rua o quanto antes" (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
Será preciso mais do que conseguir a vaga em campo para poder jogar o Campeonato Brasileiro. A CBF está colocando de pé o seu sistema de Licenciamento de Clubes – na prática um regulamento que vai obrigar os clubes a cumprirem uma série de requisitos para poderem se inscrever em seus campeonatos. O modelo a ser seguido é o da Uefa, que exige dos clubes o cumprimento de critérios – estruturais, financeiros, jurídicos, de pessoal, além de esportivos, claro – para permitir que eles disputem seus torneios.
Em linhas muito amplas, na Europa os clubes precisam demonstrar que têm estádio e centro de treinamento adequados; que investem em categorias de base, que seus atletas têm supervisão médica; que seus profissionais (da comissão técnica a cartolas) sejam especializados em suas áreas; que as finanças (salários, impostos) estejam em dia. As punições vão de multa a exclusão de campeonatos. O regulamento tem 94 páginas e está no site da Uefa, em inglês.
O plano da CBF é exigir tudo isso dos clubes a partir de 2017 ou 2018. Com a sanção do Programa de Modernização do Futebol Brasileiro (Profut), a entidade deve prever obrigações financeiras às equipes já em 2016. O italiano Andrea Traverso, Diretor de Licenciamento e Fair Play Financeiro da Uefa, esteve nesta semana na sede da CBF, no Rio, para falar sobre como o programa funciona na Europa, onde é praticado há 15 anos.
– Não há razões para isso não ser implantado no Brasil. Essa plataforma é um bom jeito de mudar para melhor a governança dos clubes. Na Europa nós encontramos alguma resistência, algum ceticismo, mas nós conseguimos convencer as federações nacionais e os clubes de que isso era algo bom – declarou Traverso ao GloboEsporte.com em entrevista por telefone.
O cartola europeu cita uma longa lista de clubes punidos e impedidos de participar de competições por não terem cumprido as regras de licenciamento.
– Mallorca e Málaga na Espanha, Parma e Genoa na Itália, Glasgow Rangers na Escócia, Southampton na Inglaterra, CSKA Sofia na Bulgária... Quase sempre por problemas financeiros, por não estar em dia com impostos ou salários. Em quase todas as federações nacionais tivemos pelo menos um caso. Mas isso é parte do jogo, prefiro medir o sucesso do programa não pelas punições aplicadas, mas pelo outro lado da moeda. Os clubes melhoraram.
O diretor de competições da CBF, Manoel Flores, afirmou que o "primeiro esboço" do projeto está pronto, e que haverá algumas discussões ainda antes de ser de fato implementado. Num primeiro momento, as regras valeriam para todas as Séries do Campeonato Brasileiro, mas não para a Copa do Brasil. O ano que vem (2016) deve ser dado como prazo para que os clubes se adaptem.
– Será um ano de diagnóstico, de ajustes no projeto, no regulamento. A CBF vai ter uma estrutura responsável por isso, por avaliar cada setor. Haverá duas instâncias, dois órgãos, um para avaliar se concede ou não a licença e o outro de recurso, uma segunda instância, para o caso de licenças não concedidas.
Manoel Flores diz que a implantação das regras de licenciamento são "uma demanda do mercado" e que a a CBF "não quer fazer nada de forma atropelada".
– A ideia é colocar o projeto na rua o quanto antes, mas sem causar distorções. Não queremos punir os clubes, mas elevar o patamar do futebol brasileiro como um todo. Queremos aumentar o nível de exigência para que possam ficar financeiramente mais saudáveis e com estruturas administrativas mais modernas.
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Em linhas muito amplas, na Europa os clubes precisam demonstrar que têm estádio e centro de treinamento adequados; que investem em categorias de base, que seus atletas têm supervisão médica; que seus profissionais (da comissão técnica a cartolas) sejam especializados em suas áreas; que as finanças (salários, impostos) estejam em dia. As punições vão de multa a exclusão de campeonatos. O regulamento tem 94 páginas e está no site da Uefa, em inglês.
O plano da CBF é exigir tudo isso dos clubes a partir de 2017 ou 2018. Com a sanção do Programa de Modernização do Futebol Brasileiro (Profut), a entidade deve prever obrigações financeiras às equipes já em 2016. O italiano Andrea Traverso, Diretor de Licenciamento e Fair Play Financeiro da Uefa, esteve nesta semana na sede da CBF, no Rio, para falar sobre como o programa funciona na Europa, onde é praticado há 15 anos.
– Não há razões para isso não ser implantado no Brasil. Essa plataforma é um bom jeito de mudar para melhor a governança dos clubes. Na Europa nós encontramos alguma resistência, algum ceticismo, mas nós conseguimos convencer as federações nacionais e os clubes de que isso era algo bom – declarou Traverso ao GloboEsporte.com em entrevista por telefone.
O cartola europeu cita uma longa lista de clubes punidos e impedidos de participar de competições por não terem cumprido as regras de licenciamento.
– Mallorca e Málaga na Espanha, Parma e Genoa na Itália, Glasgow Rangers na Escócia, Southampton na Inglaterra, CSKA Sofia na Bulgária... Quase sempre por problemas financeiros, por não estar em dia com impostos ou salários. Em quase todas as federações nacionais tivemos pelo menos um caso. Mas isso é parte do jogo, prefiro medir o sucesso do programa não pelas punições aplicadas, mas pelo outro lado da moeda. Os clubes melhoraram.
O diretor de competições da CBF, Manoel Flores, afirmou que o "primeiro esboço" do projeto está pronto, e que haverá algumas discussões ainda antes de ser de fato implementado. Num primeiro momento, as regras valeriam para todas as Séries do Campeonato Brasileiro, mas não para a Copa do Brasil. O ano que vem (2016) deve ser dado como prazo para que os clubes se adaptem.
– Será um ano de diagnóstico, de ajustes no projeto, no regulamento. A CBF vai ter uma estrutura responsável por isso, por avaliar cada setor. Haverá duas instâncias, dois órgãos, um para avaliar se concede ou não a licença e o outro de recurso, uma segunda instância, para o caso de licenças não concedidas.
Manoel Flores diz que a implantação das regras de licenciamento são "uma demanda do mercado" e que a a CBF "não quer fazer nada de forma atropelada".
– A ideia é colocar o projeto na rua o quanto antes, mas sem causar distorções. Não queremos punir os clubes, mas elevar o patamar do futebol brasileiro como um todo. Queremos aumentar o nível de exigência para que possam ficar financeiramente mais saudáveis e com estruturas administrativas mais modernas.
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