A arma era um apito

Confesso, sinceramente, que nas competições de futebol acontecem muitos erros de arbitragem. Quando elas prejudicam o time do meu coração, faço reclamações e queixas pontuais, porque não acredito na desonestidade das pessoas. Mesmo quando tais erros são grosseiros, como já vimos muitas vezes aqui no Rio Grande do Sul. Aqui, árbitro sonegou tempo, somando intervalo de uma prorrogação, não marcou falta quando um zagueiro atrasou a bola para o goleiro, anulou gol legal, pretextando impedimento, enfim, uma serie de equívocos – e fico nesse adjetivo.

No entanto, o que aconteceu no jogo do Grêmio, sábado, em Volta Redonda, fazia muito tempo que não tinha o privilegio de assistir – e foi ao vivo, já que estive no Estádio Raulino de Oliveira. Chegou a ser cômico, para não dizer trágico, o que assistimos em Volta Redonda. Não houve erros, daqueles tipo duvidosos, que cabia mais de um tipo de interpretação ou que o árbitro pudesse dizer que não tinha visto. Foram erros escancarados, vergonhosos, lamentáveis, que ainda ocorrem no futebol brasileiro.

O pênalti favorável ao Grêmio ainda na primeira etapa foi um dos lances mais bizarros a que assisti em futebol, porque, no mesmo lance, houve dois toques de mão na bola. O árbitro poderia ter dito que não viu um deles, admito, mas dois, no mesmo lance? A expulsão de Ramiro, de costas para a arbitragem, pois teria proferido palavras de reclamação, foi de um exagero e de uma incompetência incomuns.



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