
Felipão já viveu outros apuros no Mineirão antes do 7 a 1, como em 1996, com a camisa do Grêmio (Foto: Agência RBS)
A combinação entre Mineirão e Felipão foi desastrosa na última vez em que estádio e treinador se encontraram. Será impossível esquecer o 7 a 1 para a Alemanha quando Scolari se sentar novamente no mesmo banco de reservas em que assistiu, impotente, a maior tragédia da história da seleção brasileira. Mas, além do inesquecível 8 de julho, o cenário ainda pode ficar mais alarmante. Na quinta-feira, volta a Belo Horizonte com as cores do Grêmio, clube com o qual também não conseguiu vencer atuando no seu "palco maldito".
A estatística aponta duas partidas de Felipão no Mineirão, em sua segunda e exitosa passagem pelo Tricolor, entre 1993 e 1996, tempos em que era chamado tão somente de Luiz Felipe e os cabelos eram menos ralos e grisalhos. O saldo é de uma derrota e um empate sem gols. O revés foi justamente contra o adversário da vez, o líder Cruzeiro - houve outra queda por 2 a 1, em 1995 diante do Atlético-MG, mas, devido aos preparativos para o Mundial Interclubes com o Ajax, Scolari enviou os reservas e um auxiliar como treinador.
De qualquer forma, a mística negativa passa longe dos pensamentos de Felipão. Repercutiu nacionalmente a sua declaração após a vitória sobre o Criciúma, no domingo, após ser questionado sobre o retorno ao estádio. Para ele, tudo é passado.
- Sobre voltar ao Mineirão? Assim como vou voltar para Livramento, para Bagé, no Gauchão. É a mesma coisa... A minha vida continua. Alguns gostariam de ter me enterrado. Mas eu não morri ainda - disparou.
Se Felipão prefere não recordar, o GloboEsporte.com detalha os jogos do Grêmio sob seu comando no Mineirão. Há derrota para o líder e empate com gosto amargo.
SEM GOLS E COM BRONCA DE FELIPÃO
O primeiro encontro de Felipão com o Mineirão foi num domingo, 3 de outubro de 1993, quando o estádio ainda conservava a velha e histórica arquitetura que seria modificada na última Copa. Ao contrário do que se projeta para esta quinta, o empate em 0 a 0 com o Atlético-MG foi bastante lamentado num crítico vestiário tricolor.
Bem ao estilo Felipão, o time foi exemplar na marcação, mas faltou contundência ofensiva, no ataque comandado por Gilson Cabeção, depois substituído por Charles, que perdeu boa oportunidade ao finalizar fraco, já no fim. Antes, havia surgido ao menos outras três chances claras de gol, como em cabeceio de Caio, quase na risca da pequena área, que foi para fora. Imperícia que deixou o Grêmio em quinto no Grupo B do Brasileiro. E Felipão na bronca.
- Faltou aquela qualidade no momento de fazer o gol - lamentou.

DERROTA E... CRUZEIRO VIRA LÍDER
A segunda e última vez de Felipão fardado de tricolor no Mineirão diante do Cruzeiro se deu há 18 anos atrás, num domingo de sol em Belo Horizonte. E até parece um esboço de cenários que podem vir a ocorrer nesta quinta-feira. Assim como está previsto para o jogo atual, o Mineirão recebeu bom público, mais de 21 mil pessoas. Outra tendência: Felipão ousou. Usou três zagueiros e um meia na ala, no caso, Emerson, que depois faria sucesso na Europa e na Seleção. Curiosamente, na partida do último domingo, no 2 a 0 sobre o Criciúma, experimentou Zé Roberto como lateral-esquerdo, em improvisação semelhante.
Mas a tentativa não dera muito certo em 1996. Levou dois gols em três minutos, de Palhinha e Paulinho (aos 34 e 37 do primeiro tempo). Menos mal que conseguiu evitar uma goleada que estava sendo desenhada pelos analistas na época. Ou seja, nada de 7 a 1 ou coisa parecida. Arrumou a marcação com João Antônio e deu mais vida ao meio-campo com a promessa Rogério. Emerson, agora na sua função como meia, conseguiu descontar.
- Quando repetir o time em duas partidas seguidas, conseguirei brigar em igualdade com os adversários - observou Felipão, em referência aos sucessivos desfalques.
O time caía para décimo lugar e saía da zona de classificação. O Cruzeiro... virava líder. Alguma semelhança com a realidade atual de ambas as equipes? Há, todavia, um alento aos tricolores: o Brasileiro de 1996 terminaria com o taça descansando no Olímpico.

HISTÓRICO GERAL TAMBÉM É RUIM
Não é só Felipão que passa apuros com o Grêmio no Mineirão. O drama é muito mais antigo. O Tricolor só conseguiu duas vitórias em jogos oficiais em toda a história. A primeira delas se deu em 1997, pela fase de grupos da Libertadores, um 2 a 1, sob comando de Evaristo de Macedo. Depois, em 1998, um 2 a 0 que até hoje não foi repetido pelo Brasileiro. Na ocasião, Celso Roth encarregou-se de calar o estádio.
Em 2012, com Vanderlei Luxemburgo, o Grêmio até superou a Raposa, mas o 3 a 1 se deu em Sete Lagoas. No ano passado, o esquema defensivo de Renato Gaúcho ruiu, e os mineiros venceram por 3 a 0, encaminhando o merecido título brasileiro. Claro, no Mineirão. Reformado, sim, mas com o velho efeito danoso às aspirações gremistas.

Dida, então no Grêmio, lamenta um dos gols do Cruzeiro no confronto do ano passado (Foto: Marcos Ribolli)
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A combinação entre Mineirão e Felipão foi desastrosa na última vez em que estádio e treinador se encontraram. Será impossível esquecer o 7 a 1 para a Alemanha quando Scolari se sentar novamente no mesmo banco de reservas em que assistiu, impotente, a maior tragédia da história da seleção brasileira. Mas, além do inesquecível 8 de julho, o cenário ainda pode ficar mais alarmante. Na quinta-feira, volta a Belo Horizonte com as cores do Grêmio, clube com o qual também não conseguiu vencer atuando no seu "palco maldito".
A estatística aponta duas partidas de Felipão no Mineirão, em sua segunda e exitosa passagem pelo Tricolor, entre 1993 e 1996, tempos em que era chamado tão somente de Luiz Felipe e os cabelos eram menos ralos e grisalhos. O saldo é de uma derrota e um empate sem gols. O revés foi justamente contra o adversário da vez, o líder Cruzeiro - houve outra queda por 2 a 1, em 1995 diante do Atlético-MG, mas, devido aos preparativos para o Mundial Interclubes com o Ajax, Scolari enviou os reservas e um auxiliar como treinador.
De qualquer forma, a mística negativa passa longe dos pensamentos de Felipão. Repercutiu nacionalmente a sua declaração após a vitória sobre o Criciúma, no domingo, após ser questionado sobre o retorno ao estádio. Para ele, tudo é passado.
- Sobre voltar ao Mineirão? Assim como vou voltar para Livramento, para Bagé, no Gauchão. É a mesma coisa... A minha vida continua. Alguns gostariam de ter me enterrado. Mas eu não morri ainda - disparou.
Se Felipão prefere não recordar, o GloboEsporte.com detalha os jogos do Grêmio sob seu comando no Mineirão. Há derrota para o líder e empate com gosto amargo.
SEM GOLS E COM BRONCA DE FELIPÃO
O primeiro encontro de Felipão com o Mineirão foi num domingo, 3 de outubro de 1993, quando o estádio ainda conservava a velha e histórica arquitetura que seria modificada na última Copa. Ao contrário do que se projeta para esta quinta, o empate em 0 a 0 com o Atlético-MG foi bastante lamentado num crítico vestiário tricolor.
Bem ao estilo Felipão, o time foi exemplar na marcação, mas faltou contundência ofensiva, no ataque comandado por Gilson Cabeção, depois substituído por Charles, que perdeu boa oportunidade ao finalizar fraco, já no fim. Antes, havia surgido ao menos outras três chances claras de gol, como em cabeceio de Caio, quase na risca da pequena área, que foi para fora. Imperícia que deixou o Grêmio em quinto no Grupo B do Brasileiro. E Felipão na bronca.
- Faltou aquela qualidade no momento de fazer o gol - lamentou.

DERROTA E... CRUZEIRO VIRA LÍDER
A segunda e última vez de Felipão fardado de tricolor no Mineirão diante do Cruzeiro se deu há 18 anos atrás, num domingo de sol em Belo Horizonte. E até parece um esboço de cenários que podem vir a ocorrer nesta quinta-feira. Assim como está previsto para o jogo atual, o Mineirão recebeu bom público, mais de 21 mil pessoas. Outra tendência: Felipão ousou. Usou três zagueiros e um meia na ala, no caso, Emerson, que depois faria sucesso na Europa e na Seleção. Curiosamente, na partida do último domingo, no 2 a 0 sobre o Criciúma, experimentou Zé Roberto como lateral-esquerdo, em improvisação semelhante.
Mas a tentativa não dera muito certo em 1996. Levou dois gols em três minutos, de Palhinha e Paulinho (aos 34 e 37 do primeiro tempo). Menos mal que conseguiu evitar uma goleada que estava sendo desenhada pelos analistas na época. Ou seja, nada de 7 a 1 ou coisa parecida. Arrumou a marcação com João Antônio e deu mais vida ao meio-campo com a promessa Rogério. Emerson, agora na sua função como meia, conseguiu descontar.
- Quando repetir o time em duas partidas seguidas, conseguirei brigar em igualdade com os adversários - observou Felipão, em referência aos sucessivos desfalques.
O time caía para décimo lugar e saía da zona de classificação. O Cruzeiro... virava líder. Alguma semelhança com a realidade atual de ambas as equipes? Há, todavia, um alento aos tricolores: o Brasileiro de 1996 terminaria com o taça descansando no Olímpico.

HISTÓRICO GERAL TAMBÉM É RUIM
Não é só Felipão que passa apuros com o Grêmio no Mineirão. O drama é muito mais antigo. O Tricolor só conseguiu duas vitórias em jogos oficiais em toda a história. A primeira delas se deu em 1997, pela fase de grupos da Libertadores, um 2 a 1, sob comando de Evaristo de Macedo. Depois, em 1998, um 2 a 0 que até hoje não foi repetido pelo Brasileiro. Na ocasião, Celso Roth encarregou-se de calar o estádio.
Em 2012, com Vanderlei Luxemburgo, o Grêmio até superou a Raposa, mas o 3 a 1 se deu em Sete Lagoas. No ano passado, o esquema defensivo de Renato Gaúcho ruiu, e os mineiros venceram por 3 a 0, encaminhando o merecido título brasileiro. Claro, no Mineirão. Reformado, sim, mas com o velho efeito danoso às aspirações gremistas.


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