Gre-Nal 410 foi disputado no Beira-Rio (Foto: Diego Guichard)
Se em 28 de junho de 1987, o primeiro Gre-Nal matutino pecou pela falta de emoção e sonolência no empate sem gols, o clássico deste domingo se apresentou bem diferente. Com um Beira-Rio atolado de torcedores, a partida iniciou com belo efeito visual, proporcionado por um mosaico com o símbolo do Inter, somado com as bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Sul. Neste momento, os atletas estavam perfilados para o Hino Nacional. Paulão, por exemplo, estava com a filha recém-nascida Pietra.
O duelo começou nervoso, cheio de lances ríspidos e reclamações. Típico de Gre-Nal. Pelo Grêmio, era Everton quem era o “motorzinho” da equipe na base da individualidade. Normalmente, era vigiado de perto por mais do que um marcador colorado.
Foi justamente Everton quem abriu caminho para a a vitória por 1 a 0. Em um chute cruzado, Muriel não conseguiu segurar firme e cedeu rebote. Mas Douglas estava posicionado na grande área como um centroavante e conseguiu desviar para as redes, pouco antes de tropeçar em Ernando, que tentava a marcação. Faceiro da vida, o camisa 10 correu em direção da torcida gremista com os braços abertos para comemorar o gol que seria decisivo.
Não é segredo para ninguém: o calcanhar de Aquiles do Grêmio é a bola aérea. E isso gera irritação e tensão entre os próprios defensores. Aos 37 do primeiro tempo, após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Sasha, que errou o voleio e perdeu grande chance. Edilson e Fred discutiram bastante no lance e tiveram os ânimos arrefecidos pelo árbitro Dewson Freitas.
O clima esquentaria mais ainda ao final da primeira etapa. Luan tentou escapar pela direita e foi parado com falta dura por Artur. Se levantou, foi tirar satisfação com o lateral colorado e recebeu um encontrão. Paulão se meteu e ficou nariz a nariz com o atacante gremista, enquanto Douglas conversava com o lateral colorado, mas em tom bem mais ameno.
O calor do meio-dia era intenso, mesmo em pleno inverno gaúcho – a temperatura ficou acima dos 25ºC durante o jogo. Cada parada, água para se hidratar. Assim, os dois times aguentariam as duas etapas sem necessidade de paradas técnicas.
A tensão também era grande nas áreas técnicas. De um lado, Argel gesticulava, tentava corrigir a equipe, enquanto Roger era enérgico e berrava o tempo todo com seus comandados.
No segundo tempo, o Inter cresceu de vez diante de um adversário retrancado e que saía nos contra-ataques. Só que a desvantagem no placar deixava o time nervoso. A equipe abusava de cruzamentos, fazia pingar a bola na área tricolor, mas a bola não tinha o endereço certo.
A falta do gol de empate virou desespero. Paulão, por exemplo, ao perder uma chance, caiu no gramado e soqueou por três vezes o campo, tamanha a irritação. O zagueiro contrastava com o urro de Marcelo Grohe com o fim do perigo no lance. Já Anderson colocava as mãos sobre a cabeça, assim como outros colorados.
Em um lançamento para o ataque colorado, Anderson não freou a tempo e atropelou Marcelo Grohe, que ficou um tempo estirado no gramado. O meia se preocupou com o goleiro gremista, enquanto era vigiado por Fred.
Assim que o juiz deu o apito final, os gremistas comemoraram. E como vibraram. Marcelo Grohe puxou a fila, com um berro alto, pouco antes de se ajoelhar na goleira com os braços para cima em oração.
Mas foi Edilson quem roubou a cena. O lateral correu em velocidade, como se estivesse apoiando um ataque, e “roubou” a bandeirinha de escanteio. Provocou colorados, tal como Eduardo Sasha fez na decisão do Gauchão, na frente da arquibancada que era dividida entre torcedores vermelhos e azuis – os gremistas no anel superior. Por conta da atitude, o lateral ainda recebeu um cartão amarelo, mesmo com o duelo já encerrado.
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O duelo começou nervoso, cheio de lances ríspidos e reclamações. Típico de Gre-Nal. Pelo Grêmio, era Everton quem era o “motorzinho” da equipe na base da individualidade. Normalmente, era vigiado de perto por mais do que um marcador colorado.
Foi justamente Everton quem abriu caminho para a a vitória por 1 a 0. Em um chute cruzado, Muriel não conseguiu segurar firme e cedeu rebote. Mas Douglas estava posicionado na grande área como um centroavante e conseguiu desviar para as redes, pouco antes de tropeçar em Ernando, que tentava a marcação. Faceiro da vida, o camisa 10 correu em direção da torcida gremista com os braços abertos para comemorar o gol que seria decisivo.
Não é segredo para ninguém: o calcanhar de Aquiles do Grêmio é a bola aérea. E isso gera irritação e tensão entre os próprios defensores. Aos 37 do primeiro tempo, após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Sasha, que errou o voleio e perdeu grande chance. Edilson e Fred discutiram bastante no lance e tiveram os ânimos arrefecidos pelo árbitro Dewson Freitas.
O clima esquentaria mais ainda ao final da primeira etapa. Luan tentou escapar pela direita e foi parado com falta dura por Artur. Se levantou, foi tirar satisfação com o lateral colorado e recebeu um encontrão. Paulão se meteu e ficou nariz a nariz com o atacante gremista, enquanto Douglas conversava com o lateral colorado, mas em tom bem mais ameno.
O calor do meio-dia era intenso, mesmo em pleno inverno gaúcho – a temperatura ficou acima dos 25ºC durante o jogo. Cada parada, água para se hidratar. Assim, os dois times aguentariam as duas etapas sem necessidade de paradas técnicas.
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A falta do gol de empate virou desespero. Paulão, por exemplo, ao perder uma chance, caiu no gramado e soqueou por três vezes o campo, tamanha a irritação. O zagueiro contrastava com o urro de Marcelo Grohe com o fim do perigo no lance. Já Anderson colocava as mãos sobre a cabeça, assim como outros colorados.
Em um lançamento para o ataque colorado, Anderson não freou a tempo e atropelou Marcelo Grohe, que ficou um tempo estirado no gramado. O meia se preocupou com o goleiro gremista, enquanto era vigiado por Fred.
Assim que o juiz deu o apito final, os gremistas comemoraram. E como vibraram. Marcelo Grohe puxou a fila, com um berro alto, pouco antes de se ajoelhar na goleira com os braços para cima em oração.
Mas foi Edilson quem roubou a cena. O lateral correu em velocidade, como se estivesse apoiando um ataque, e “roubou” a bandeirinha de escanteio. Provocou colorados, tal como Eduardo Sasha fez na decisão do Gauchão, na frente da arquibancada que era dividida entre torcedores vermelhos e azuis – os gremistas no anel superior. Por conta da atitude, o lateral ainda recebeu um cartão amarelo, mesmo com o duelo já encerrado.
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