A noite de quarta-feira, dia 30 de agosto de 1995, não foi uma noite normal para o torcedor gremista. Apesar da distância, todas as atenções estavam voltadas para a cidade de Medellín, na Colômbia. Com o coração apertado, acompanharam o Tricolor entrar em campo no Estádio Atanasio Girardot, com 60 mil fanáticos torcedores, cada um empunhando uma bandeira verde e branca, apoiando o tradicional Atlético Nacional que, assim como o Grêmio, buscava o bicampeonato da Copa Libertadores, vencida pela primeira em 1989. Nas arquibancadas, um grupo de aproximadamente 500 gremistas, que haviam viajado no mesmo dia do jogo, representava os milhares espalhados pelo planeta e que, naquele momento, estavam atentos na frente da TV ou com o ouvido no radinho. Em Porto Alegre, a Churrascaria Mosqueteiro, no Estádio Olímpico, recebia outras centenas de pessoas. O local já era um conhecido ponto de encontro para acompanhar o Tricolor nas grandes decisões. Assim havia ocorrido em 1983, na final do Mundial, e na Copa do Brasil de 1993.
Nem mesmo a vantagem de 3 a 1 obtida no jogo de ida, no Olímpico, era suficiente para amenizar o sofrimento. E tomou ares de dramaticidade quando Aristizábal abriu o marcador para os donos da casa logo aos 12 minutos de jogo. Era exatamente o que o torcedor temia. Para ele, era obrigação segurar a pressão do adversário por mais tempo. Agora, mais um gol dos colombianos levaria a decisão para as penalidades máximas. Porém, aos poucos, o Grêmio passou a fazer prevalecer sua força defensiva, segurando o ímpeto do Nacional, que se atirava com tudo para o ataque. Ainda assim, as duas equipes se igualaram em oportunidades de gol: Jardel e Paulo Nunes chegaram perto de marcar. A equipe de Medellín jogava contra o relógio. Para o Tricolor, o tempo parecia não passar. Para piorar a situação, aos 46 minutos do primeiro tempo, Paulo Nunes recebeu livre, em velocidade, ganhou da marcação para invadir a área. Quando ficaria cara a cara com o goleiro Higuita, o árbitro resolveu apitar o final do primeiro tempo.
Após o intervalo e a conversa com Luiz Felipe no vestiário, o Grêmio voltou para campo disposto a segurar a vantagem. O pedido do treinador era valorizar a posse de bola e sair no contra-ataque. O ferrolho montado surtiu efeito. Mesmo empurrado pela torcida que gritava “Verde, Verde, Verde”, o Nacional não conseguia superar a barreira brasileira. O Grêmio não teve a posse de bola, é verdade, mas compensou com garra e dedicação para afastar o perigo de perto de sua grande área do jeito que dava. Sentindo que os colombianos haviam deixado de lado os cuidados defensivos, Felipão colocou os descansados Alexandre e Nildo, nos lugares de Paulo Nunes e Jardel, esgotados. Quando o relógio marcava 39 minutos, ambos tiveram participação fundamental no lance que deu origem ao gol de empate: Nildo, que recém havia ingressado em campo, recuperou a bola no ataque, deu pra Goiano que deixou Alexandre na boa. Ele invadiu a área e foi derrubado. Penalidade máxima marcada pelo árbitro Salvador Imperatore. Dinho pegou a bola, colocou na marca, fechou os olhos e soltou a bomba, no meio do gol, sem chances para o lendário Higuita. Quando a bola explodiu na rede, a Nação Gremista já sabia que o bicampeonato da América não escaparia. Nem mesmo a expulsão de Goiano nos minutos finais estragou a festa. No apito do árbitro, a torcida pôde soltar o grito preso na garganta.
O Grêmio era campeão continental mais uma vez e voltaria a Tóquio no final do ano. Naquele momento, em qualquer lugar do mundo onde houvesse um gremista, o orgulho de vestir essa camisa estaria estampado no sorriso e nas lágrimas de um povo guerreiro, que ama seu clube acima de tudo.
Este dia jamais acabou.
Desde lá, são anos de lutas, de momentos marcantes.
Vitórias e derrotas.
Vinte anos se passaram, mas Medellín jamais saiu da memória.
Hoje é o dia de deixar este orgulho transparecer.
Aonde quer que você esteja, vista o nosso manto e deixe o sorriso e as lágrimas tomarem conta, porque ser gremista é viver a emoção da sua história à flor da pele.
Relembre abaixo a grande final da Libertadores de 1995
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Após o intervalo e a conversa com Luiz Felipe no vestiário, o Grêmio voltou para campo disposto a segurar a vantagem. O pedido do treinador era valorizar a posse de bola e sair no contra-ataque. O ferrolho montado surtiu efeito. Mesmo empurrado pela torcida que gritava “Verde, Verde, Verde”, o Nacional não conseguia superar a barreira brasileira. O Grêmio não teve a posse de bola, é verdade, mas compensou com garra e dedicação para afastar o perigo de perto de sua grande área do jeito que dava. Sentindo que os colombianos haviam deixado de lado os cuidados defensivos, Felipão colocou os descansados Alexandre e Nildo, nos lugares de Paulo Nunes e Jardel, esgotados. Quando o relógio marcava 39 minutos, ambos tiveram participação fundamental no lance que deu origem ao gol de empate: Nildo, que recém havia ingressado em campo, recuperou a bola no ataque, deu pra Goiano que deixou Alexandre na boa. Ele invadiu a área e foi derrubado. Penalidade máxima marcada pelo árbitro Salvador Imperatore. Dinho pegou a bola, colocou na marca, fechou os olhos e soltou a bomba, no meio do gol, sem chances para o lendário Higuita. Quando a bola explodiu na rede, a Nação Gremista já sabia que o bicampeonato da América não escaparia. Nem mesmo a expulsão de Goiano nos minutos finais estragou a festa. No apito do árbitro, a torcida pôde soltar o grito preso na garganta.
O Grêmio era campeão continental mais uma vez e voltaria a Tóquio no final do ano. Naquele momento, em qualquer lugar do mundo onde houvesse um gremista, o orgulho de vestir essa camisa estaria estampado no sorriso e nas lágrimas de um povo guerreiro, que ama seu clube acima de tudo.
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