Aranha em caso de injúria racial (Foto: Roberto Vinicius/ELEVEN/Agência Estado)
Dois anos depois, o caso Aranha ainda causa constrangimento entre os gremistas. A injúria racial cometida por torcedores na Arena contra o então goleiro do Santos na Copa do Brasil de 2014 voltou à tona. O motivo? A multa imposta ao Atlético-PR por caso semelhante.
- Essa decisão prova que a decisão anterior foi injusta. Se poderia ter uma multa aplicada, poderia ocorreu naquela oportunidade. O Grêmio não aceita aquela decisão, fica mais revoltado ainda. O tribunal tratou o assunto com duas medidas diferentes. Esse fato não pode passar desapercebido. Magoou o Grêmio, criou uma mácula na história do clube - afirmou o presidente Romildo Bolzan, antes do jogo contra o Botafogo.
O Furacão foi considerado culpado e punido em R$ 10 mil pelo caso de injúria racial contra o jogador Tchê Tchê, do Palmeiras, antes do jogo entre os clubes, na Arena da Baixada, dia 14 de agosto, pela 20ª rodada do Brasileirão. O julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ocorreu na última quarta-feira e, além da multa, foi determinado que o clube tome medidas para impedir que o responsável não vá aos jogos em que o Atlético-PR é mandante pelo prazo de 720 dias.
O xingamento foi registrado em um vídeo da TV Palmeiras, que mostrava um torcedor no setor Brasílio Itiberê inferior chamando Tchê Tchê de "macaco" na entrada dos times em campo. O árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima (RS) não chegou a relatar na súmula.
O Atlético-PR foi enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência" e corria risco de receber multa de até R$ 100 mil.
O caso Aranha
Ocorre que, no dia 24 de agosto de 2014, a torcedora Patrícia Moreira foi flagrada cantando "macaco", na partida vencida pelo Santos diante do Grêmio por 2 a 0, em 28 de agosto de 2014, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, na Arena. Na ocasião, Aranha reclamou com o árbitro Wilton Pereira Sampaio, alegando ter sido vítima de xingamentos por parte da torcida.
Além de Patrícia, outros três torcedores foram acusados pelo caso na Arena. No total, sete pessoas foram identificadas cometendo supostas injúrias contra o goleiro do Santos. Os quatro aceitaram em novembro de 2014 a proposta de suspensão condicional do processo.
Na esfera esportiva, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) eliminou o clube da competição por conta do ato de torcedores. Os auditores votaram contra a exclusão e decidiram punir os gaúchos com a perda de pontos, o que acarretou na eliminação da equipe, já que esta havia perdido a partida de ida para o Santos por 2 a 0, pelas oitavas.
- Essa situação nos causa estranheza. O Grêmio foi o único clube banido de uma competição nacional. Foi uma espécie de afronta a história, nenhum clube teve uma punição tão rigorosa
Nada contra o Atlético-PR, mas principalmente com os critérios utilizados pelo STJD. Acho isso um despropósito. Fico muito decepcionado em uma decisão de fatos idênticos - completou Bolzan.
Explicação do STJD
Para Ronaldo Piacenti, o vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), instância responsável pelo julgamento do caso, a punição ao Grêmio serviu de exemplo para as torcidas brasileiras. O auditor e corregedor do STJD estava presente na sessão que julgou o clube gaúcho e votou pela exclusão gremista.
O texto prevê pena para "ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante (...) praticado simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de pratica desportiva".
Enquanto convive com o fantasma do caso Aranha, o Grêmio enfrenta o Botafogo neste domingo. A partida será disputada às 16h no Estádio Luso-Brasileiro, no Rio de Janeiro.
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O Furacão foi considerado culpado e punido em R$ 10 mil pelo caso de injúria racial contra o jogador Tchê Tchê, do Palmeiras, antes do jogo entre os clubes, na Arena da Baixada, dia 14 de agosto, pela 20ª rodada do Brasileirão. O julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ocorreu na última quarta-feira e, além da multa, foi determinado que o clube tome medidas para impedir que o responsável não vá aos jogos em que o Atlético-PR é mandante pelo prazo de 720 dias.
O xingamento foi registrado em um vídeo da TV Palmeiras, que mostrava um torcedor no setor Brasílio Itiberê inferior chamando Tchê Tchê de "macaco" na entrada dos times em campo. O árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima (RS) não chegou a relatar na súmula.
O Atlético-PR foi enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência" e corria risco de receber multa de até R$ 100 mil.
O caso Aranha
Ocorre que, no dia 24 de agosto de 2014, a torcedora Patrícia Moreira foi flagrada cantando "macaco", na partida vencida pelo Santos diante do Grêmio por 2 a 0, em 28 de agosto de 2014, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, na Arena. Na ocasião, Aranha reclamou com o árbitro Wilton Pereira Sampaio, alegando ter sido vítima de xingamentos por parte da torcida.
Além de Patrícia, outros três torcedores foram acusados pelo caso na Arena. No total, sete pessoas foram identificadas cometendo supostas injúrias contra o goleiro do Santos. Os quatro aceitaram em novembro de 2014 a proposta de suspensão condicional do processo.
Na esfera esportiva, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) eliminou o clube da competição por conta do ato de torcedores. Os auditores votaram contra a exclusão e decidiram punir os gaúchos com a perda de pontos, o que acarretou na eliminação da equipe, já que esta havia perdido a partida de ida para o Santos por 2 a 0, pelas oitavas.
- Essa situação nos causa estranheza. O Grêmio foi o único clube banido de uma competição nacional. Foi uma espécie de afronta a história, nenhum clube teve uma punição tão rigorosa
Nada contra o Atlético-PR, mas principalmente com os critérios utilizados pelo STJD. Acho isso um despropósito. Fico muito decepcionado em uma decisão de fatos idênticos - completou Bolzan.
Explicação do STJD
Para Ronaldo Piacenti, o vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), instância responsável pelo julgamento do caso, a punição ao Grêmio serviu de exemplo para as torcidas brasileiras. O auditor e corregedor do STJD estava presente na sessão que julgou o clube gaúcho e votou pela exclusão gremista.
O texto prevê pena para "ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante (...) praticado simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de pratica desportiva".
Enquanto convive com o fantasma do caso Aranha, o Grêmio enfrenta o Botafogo neste domingo. A partida será disputada às 16h no Estádio Luso-Brasileiro, no Rio de Janeiro.
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Comentários
Comentários (1)
Tem q joga muito mais q tá jogando. esse lateral esquerdo e Maico no meu time não jogam. perde pro botafogo, ba, nao da. Nosso time não tem atacacante.
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