Lauro Alves e Fernando Gomes / Agência RBS / Agência RBS
São apenas cinco jogos, mas já se mostram as diferenças do trabalho de Renato Portaluppi para seu antecessor. O futebol de passes curtos e aproximação de Roger Machado não foi abandonado por completo, mas há uma mudança evidente na forma de o Grêmio jogar já na arrancada do novo comandante.
Uma equipe que espera para marcar atrás e raramente ataca a saída de bola do adversário. Que busca o contra-ataque em velocidade. Que não se incomoda em recuar suas linhas e, eventualmente, deixar o rival rondar a área em busca de uma chance. Que não se inquieta em ter menos posse de bola.
Tudo isso já se traduz em pequenas evidências estatísticas. Os números, como os mostrados ao lado, já mostram as sutis diferenças entre o Grêmio de Renato e o de Roger, considerando os jogos em que o time foi treinado por ambos, neste ano, no Brasileirão e na Copa do Brasil.
POSICIONAMENTO
Renato manteve o 4-2-3-1 firmado por Roger, mas mexeu em algumas peças e também na movimentação do meio-campo. Ramiro passou a ocupar o lado direito e costuma recuar para se juntar aos volantes e ajudar na saída de bola. Douglas, que circulava sempre próximo da área, passou a participar mais do jogo ao dar opção de passe para Jailson e Walace. Busca a bola atrás e tenta lançamentos longos que acionem os homens de frente.
Após a vitória em Salvador, Renato destacou que pode escalar Everton na frente, passando Luan mais para trás. Pode ser uma medida para turbinar os contra-ataques com um condutor de bola rápido atuando mais avançado, algo que combina com a nova postura que dá o primeiro combate mais atrás e aposta na velocidade para surpreender.
PASSES — média por jogo
390,3 (com Roger)
362,6 (com Renato)
A tendência é de que essa diferença aumente ainda mais. Os números de Renato ainda estão inchados pelos 577 passes que o time trocou contra o Atlético-PR na Arena. Nos outros jogos, a estatística ficou mais próxima dos 200 a 300 passes. Com o Grêmio sem tanta posse de bola, é natural que o time não tenha a mesma circulação da bola em ritmo cadenciado que caracterizou a era Roger.
FINALIZAÇÕES — média por jogo
13,6 (com Roger)
12,6 (com Renato)
A estatística pró-Roger neste quesito também é considerada natural. Com mais volume de jogo, a equipe costumava cercar a área do adversário e trabalhar com paciência até encontrar espaços. Criar chances era prioridade, e a marcação, sempre adiantada, servia para este fim. Com Renato, a segurança defensiva tem mais peso, especialmente fora de casa, o que afasta o Grêmio do gol rival e diminui o número de finalizações.
PASSES PARA FINALIZAÇÃO — média por jogo
10,61 (com Roger)
11,6 (com Renato)
Aqui uma surpreendente vantagem pró-Renato. Esta estatística é um bom indício de como a equipe ataca — se trabalha coletivamente ou depende de jogadas individuais ou cruzamentos. Quanto mais finalizações surgem a partir de passes, mais coletivo é o trabalho ofensivo. O bom número do time sob o comando de Renato indica que os contra-ataques têm saído organizados e lúcidos, com aproximação e tabelas dignas dos melhores dias do Grêmio de Roger.
CRUZAMENTOS — média por jogo
15,3 (com Roger)
14,4 (com Renato)
Sem um centroavante clássico, é natural que a equipe levante pouco a bola na área. Ainda assim, a tendência é de que o número cresça à medida que o trabalho de Renato se consolida. Em 2013, as tabelas pelos lados do campo eram um dos pontos fortes da equipe. Diante do Vitória, já se viu uma dinâmica interessante pela direita com Edílson e Ramiro.
DESARMES — média por jogo
16,8 (com Roger)
14,2 (com Renato)
Costuma surpreender quando uma equipe ofensiva tem alto número de desarmes, mas a marcação adiantada, agressiva como deve ser, "incha" esta estatística. O time que recua pode até desarmar bastante, mas também consegue ser consistente fechando espaços e interceptando passes para retomar a bola e dar início ao contra-ataque.
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Uma equipe que espera para marcar atrás e raramente ataca a saída de bola do adversário. Que busca o contra-ataque em velocidade. Que não se incomoda em recuar suas linhas e, eventualmente, deixar o rival rondar a área em busca de uma chance. Que não se inquieta em ter menos posse de bola.
Tudo isso já se traduz em pequenas evidências estatísticas. Os números, como os mostrados ao lado, já mostram as sutis diferenças entre o Grêmio de Renato e o de Roger, considerando os jogos em que o time foi treinado por ambos, neste ano, no Brasileirão e na Copa do Brasil.
POSICIONAMENTO
Renato manteve o 4-2-3-1 firmado por Roger, mas mexeu em algumas peças e também na movimentação do meio-campo. Ramiro passou a ocupar o lado direito e costuma recuar para se juntar aos volantes e ajudar na saída de bola. Douglas, que circulava sempre próximo da área, passou a participar mais do jogo ao dar opção de passe para Jailson e Walace. Busca a bola atrás e tenta lançamentos longos que acionem os homens de frente.
Após a vitória em Salvador, Renato destacou que pode escalar Everton na frente, passando Luan mais para trás. Pode ser uma medida para turbinar os contra-ataques com um condutor de bola rápido atuando mais avançado, algo que combina com a nova postura que dá o primeiro combate mais atrás e aposta na velocidade para surpreender.
PASSES — média por jogo
390,3 (com Roger)
362,6 (com Renato)
A tendência é de que essa diferença aumente ainda mais. Os números de Renato ainda estão inchados pelos 577 passes que o time trocou contra o Atlético-PR na Arena. Nos outros jogos, a estatística ficou mais próxima dos 200 a 300 passes. Com o Grêmio sem tanta posse de bola, é natural que o time não tenha a mesma circulação da bola em ritmo cadenciado que caracterizou a era Roger.
FINALIZAÇÕES — média por jogo
13,6 (com Roger)
12,6 (com Renato)
A estatística pró-Roger neste quesito também é considerada natural. Com mais volume de jogo, a equipe costumava cercar a área do adversário e trabalhar com paciência até encontrar espaços. Criar chances era prioridade, e a marcação, sempre adiantada, servia para este fim. Com Renato, a segurança defensiva tem mais peso, especialmente fora de casa, o que afasta o Grêmio do gol rival e diminui o número de finalizações.
PASSES PARA FINALIZAÇÃO — média por jogo
10,61 (com Roger)
11,6 (com Renato)
Aqui uma surpreendente vantagem pró-Renato. Esta estatística é um bom indício de como a equipe ataca — se trabalha coletivamente ou depende de jogadas individuais ou cruzamentos. Quanto mais finalizações surgem a partir de passes, mais coletivo é o trabalho ofensivo. O bom número do time sob o comando de Renato indica que os contra-ataques têm saído organizados e lúcidos, com aproximação e tabelas dignas dos melhores dias do Grêmio de Roger.
CRUZAMENTOS — média por jogo
15,3 (com Roger)
14,4 (com Renato)
Sem um centroavante clássico, é natural que a equipe levante pouco a bola na área. Ainda assim, a tendência é de que o número cresça à medida que o trabalho de Renato se consolida. Em 2013, as tabelas pelos lados do campo eram um dos pontos fortes da equipe. Diante do Vitória, já se viu uma dinâmica interessante pela direita com Edílson e Ramiro.
DESARMES — média por jogo
16,8 (com Roger)
14,2 (com Renato)
Costuma surpreender quando uma equipe ofensiva tem alto número de desarmes, mas a marcação adiantada, agressiva como deve ser, "incha" esta estatística. O time que recua pode até desarmar bastante, mas também consegue ser consistente fechando espaços e interceptando passes para retomar a bola e dar início ao contra-ataque.
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Comentários
Comentários (2)
cadê o Bolanhos???
faltou o aproveitamento
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Aplicativo Gremio Avalanche
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