Fernando Gomes / Agencia RBS
Além do Cruzeiro, o Grêmio terá a ansiedade e a euforia da torcida como obstáculos adicionais para confirmar a classificação à final da Copa do Brasil. Mesmo com a vantagem de dois gols construída no Mineirão, o técnico Renato Portaluppi trata de blindar seu grupo, tanto que antecipou o início da concentração para a noite de segunda-feira.
Ao salientar que os jogadores precisam "esquecer o regulamento" no jogo de quarta, Renato tenta evitar que o clima de oba-oba das arquibancadas não entre no vestiário. Para manter o foco do grupo, o técnico reforçou o alerta a seus atletas, citando situações em que equipes que abriram boa vantagem foram eliminadas no jogo de volta. Uma delas, o próprio Renato vivenciou em 1995:
— Eu jogava no Fluminense e vencemos o Santos por 4 a 1 no Maracanã, na semifinal do Brasileiro. Na volta, perdemos por 5 a 2 e caímos fora — lembra o técnico. — Não temos quatro gols de vantagem. Temos dois, é um resultado perigoso — alerta.
Ao antecipar o início da concentração para segunda-feira, Renato pretende evitar o contato de seus jogadores com pessoas externas ao clube. O objetivo é fazer com que sua equipe controle a ansiedade frente ao provável público de 50 mil pessoas na Arena.
— Seria uma decepção muito grande, depois do jogo que fizemos contra o Cruzeiro, não se classificar dentro de casa — salientou Renato.
Para reduzir a ansiedade, até a forma de comunicação do técnico é importante. Na opinião do psicólogo Benno Becker Jr., presidente da Sociedade Sul-Americana de Psicologia do Esporte, o fato de Renato incorporar uma "linguagem de boleiro" facilita o entendimento.
— Alguns rendem bem com nível de ansiedade alto, outros não. O ideal é fazer um trabalho psicológico com cada jogador para modular a ansiedade do grupo. O que pode ser feito com diferentes técnicas, como a respiração, colocando a ansiedade para fora com a expiração. É um movimento simbólico que o cérebro capta e dá mais tranquilidade para que o atleta faça o que sabe em campo — explica Becker.
Último técnico campeão pelo Grêmio ao conquistar o Gauchão 2010, Silas destaca a importância dos atletas mais cascudos do grupo na hora da decisão. E cita Marcelo Grohe, Edílson e Douglas, únicos remanescentes daquele título no atual plantel, como referências.
— Os três vivem um bom momento. O Grohe, convocado para a Seleção, o Edílson, um dos principais laterais do país desde os tempos do Corinthians, e o Douglas, que é tipo um Valderrama, que toma pancada jogando pelo meio, mas não sai dali, enquanto muitos vão para as beiradas. Ele nunca deixa de tentar as jogadas. Por isso que joga em alto nível num time grande como o Grêmio — observa Silas.
Para eliminar o Cruzeiro, o técnico, que hoje aguarda por novos convites após deixar o Avaí, recomenda:
— A ansiedade tem que estar lá embaixo e o trabalho lá em cima.
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— Eu jogava no Fluminense e vencemos o Santos por 4 a 1 no Maracanã, na semifinal do Brasileiro. Na volta, perdemos por 5 a 2 e caímos fora — lembra o técnico. — Não temos quatro gols de vantagem. Temos dois, é um resultado perigoso — alerta.
Ao antecipar o início da concentração para segunda-feira, Renato pretende evitar o contato de seus jogadores com pessoas externas ao clube. O objetivo é fazer com que sua equipe controle a ansiedade frente ao provável público de 50 mil pessoas na Arena.
— Seria uma decepção muito grande, depois do jogo que fizemos contra o Cruzeiro, não se classificar dentro de casa — salientou Renato.
Para reduzir a ansiedade, até a forma de comunicação do técnico é importante. Na opinião do psicólogo Benno Becker Jr., presidente da Sociedade Sul-Americana de Psicologia do Esporte, o fato de Renato incorporar uma "linguagem de boleiro" facilita o entendimento.
— Alguns rendem bem com nível de ansiedade alto, outros não. O ideal é fazer um trabalho psicológico com cada jogador para modular a ansiedade do grupo. O que pode ser feito com diferentes técnicas, como a respiração, colocando a ansiedade para fora com a expiração. É um movimento simbólico que o cérebro capta e dá mais tranquilidade para que o atleta faça o que sabe em campo — explica Becker.
Último técnico campeão pelo Grêmio ao conquistar o Gauchão 2010, Silas destaca a importância dos atletas mais cascudos do grupo na hora da decisão. E cita Marcelo Grohe, Edílson e Douglas, únicos remanescentes daquele título no atual plantel, como referências.
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