Título da Copa do Brasil pode mudar patamar de jogadores do Grêmio; veja
Além de encerrar jejum do clube gaúcho, taça tem motivação especial para atletas do elenco. GloboEsporte.com apresenta razões para elenco superar Atlético-MG na final
Renato pode aumentar ainda mais idolatria (Foto: EDITORIA DE ARTE)
A instituição e a torcida estão mobilizadas para acabar com o jejum de 15 anos sem uma conquista acima do âmbito estadual do Grêmio. Mas, pessoalmente, cada jogador também tem motivos para suar em campo e buscar a taça da Copa do Brasil na final contra o Atlético-MG, na noite de quarta-feira, na Arena. O GloboEsporte.com lista o que considera como motivações extras ao título para o elenco tricolor.
Une-se aos fatores pessoais mais uma questão coletiva: os jogadores citam a taça como uma maneira de homenagear os queridos amigos perdidos na tragédia da Chapecoense, na Colômbia, na última semana. A delegação estava recheada de representantes com história no Tricolor, como o comentarista da Fox Sports, Mário Sérgio, ex-companheiro de Renato no título mundial de 83, e Matheus Biteco, ex-jogador do atual comandante em sua última passagem.
Renato
Depois de dois anos fora do mercado, Renato voltou para o clube no qual parece ser moldado a ter sucesso. Maior ídolo gremista e com dois gols marcados na final do Mundial de 83, o atual treinador tem a possibilidade de ganhar a competição pela segunda vez. É com ele que o Grêmio tem a possibilidade de findar o jejum de 15 anos sem títulos a nível nacional, o que pode aumentar ainda mais sua idolatria.
Maicon
Capitão, recebeu críticas em determinado momento de 2016. Já ouviu de segmentos da torcida – algo que pode ser observado em redes sociais – que não tem o "estilo" de capitão do Grêmio e deveria entregar a faixa para outro. Neste fim de ano, porém, deu a volta por cima e pode ficar eternizado como o responsável por levantar a taça após 15 anos e se colocar em uma lista com Hugo De León, Dinho e Adílson Batista.
Marcelo Grohe
Jogador mais identificado com o clube, Grohe é também quem carrega a paixão de torcedor e está há mais tempo no Grêmio. Entrou nas categorias de base em 2000 e acompanhou de muito perto o período de 15 anos sem títulos além do. Depois de altos e baixos, pode ganhar o peso de uma conquista em seu processo de idolatria. Nas oitavas contra o Atlético-PR, falhou, foi o herói da classificação e saiu de campo chorando.
Geromel
Ídolo da torcida por sua qualidade e entrega, Pedro Geromel era um ilustre desconhecido no Brasil há dois anos. Seus cabelos esvoaçantes e seu riso nervoso, além do bote certeiro e a antecipação característica, ficaram conhecidos a partir de um retorno ao seu país para jogar no Grêmio. É a primeira final do zagueiro em solo brasileiro – seu objetivo sempre foi voltar ao futebol tupiniquim para conquistar títulos e ser valorizado. Tem a chance de marcar a carreira com a primeira conquista coletiva depois de premiações individuais, como a Bola de Prata em 2015.
Luan e Walace
No elenco profissional desde 2014, a dupla ganhou maior notoriedade a partir do ano passado. Walace recebeu mais liberdade, e Luan se firmou como falso nove com Roger. Podem encerrar 2016 com o primeiro ouro olímpico do Brasil e o título nacional para o Grêmio após 15 anos. Além disso, talvez seja o fim de um ciclo. Clubes europeus constantemente assediam os atletas – recentemente, olheiros estiveram na Arena para observá-los mais de perto. Dependendo das propostas, podem deixar o time ao final da temporada.
Douglas
O "velhinho" bom de bola parecia sem gás para jogar em alto rendimento após sua segunda passagem pelo Corinthians. Esteve na Série B com o Vasco e foi buscado pelo Grêmio, indicação direta de Luiz Felipe Scolari em 2014. Atualmente, é dos melhores jogadores do time e desfila qualidade em sua perna esquerda, além de esbanjar capacidade física aos 34 anos – é o mais experiente do elenco. Esbanjou categoria e irreverência durante o ano e é um dos personagens mais ricos da decisão.
Reserva de Grife
O principal representante desta turma é o equatoriano Miller Bolaños. Maior contratação da temporada, viveu ano irregular com a camisa do Grêmio. Recentemente, apresentou bom futebol na vitória do Equador sobre a Venezuela e marcou gols pelo Brasileirão contra América-MG e Santa Cruz – vive uma retomada e pode ser útil saindo do banco para a final.
Pedro Rocha, Everton e os "moleques"
O elenco do Grêmio talvez seja um dos que mais contam com jovens da base no Brasil. Alguns são titulares, como os já citados Luan e Walace, e o atacante Pedro Rocha, que representa todos os companheiros que vivem este ambiente de decisão pela primeira vez. A lista é longa: Rafael Thyere, Iago, Jailson, Kaio, Tilica, Ty, Lincoln, Everton, Batista, Leo... todos jovens com a chance de ter o primeiro título do currículo, mesmo com poucos minutos jogados. A aposta na base foi uma política da atual diretoria. Após os dois gols, a expulsão e o choro no Mineirão (veja acima), será desfalque e abre vaga para outra promessa: Everton, praticamente um 12º jogador.
Kannemann
Seu aguerrimento e maneira de encarar as partidas o colocaram em lua de mel com a torcida do Grêmio quase instantaneamente. Mas o argentino mesmo já disse que ainda falta algo para ser ídolo: conquistar uma taça. O estilo sério do gringo causou descontração até mesmo em um dos treinos para a decisão. Deu um carrinho involuntário no técnico Renato Gaúcho e arrancou risadas do grupo. Pendurado desde a semifinal da Copa do Brasil, conseguiu segurar os atacantes adversários sem ser advertido até a decisão.
Ramiro e Marcelo Oliveira
Contestados, ambos deram a volta por cima desde a chegada de Renato Portaluppi. Nos últimos suspiros de Roger no comando, o treinador mal podia fazer menção de escalar o volante que ouvia vaias ao jogador. Para o lateral, titular absoluto, pedidos constantes de substituição, mesmo que o reserva seja Iago, jovem sem experiência na Série A do Brasileirão. Ambos foram bancados pelo maior ídolo gremista e hoje são pilares do time de Renato. E podem coroar o bom momento com o título.
Edílson
Desde que chegou, abraçou o rótulo de representante da torcida dentro do elenco. Há outros jogadores que torcem pelo Grêmio, como Ramiro e Grohe. Mas Edílson, pelo seu círculo de amigos em Porto Alegre e sua personalidade, foi quem melhor absorveu esta responsabilidade. Após Gre-Nal vencido dentro do Beira-Rio, provocou o Inter ao pegar a bandeira de escanteio, a mesma que Eduardo Sasha dançara valsa em alusão aos 15 anos sem título na final do Gauchão. Porém, deixou uma má impressão no clássico seguinte, quando desferiu socos no volante Rodrigo Dourado.
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