Arrancadas e título respaldam reajuste em renovação de Renato com Grêmio
Histórico de vice-campeonato brasileiro e vagas na Libertadores somadas ao Penta da Copa do Brasil justificam valorização salarial em negociação com desfecho positivo
Renato celebra título da Copa do Brasil com o Grêmio
De forma amistosa, Grêmio e o empresário de Renato Gaúcho conversaram por quatro dias consecutivos para tentar encontrar a melhor forma de dar sequência ao trabalho que findou com os 15 anos de jejum de títulos do Tricolor a nível nacional. Na tarde de sábado, saiu o desfecho positivo, e o treinador segue na equipe por mais um ano. O principal entrave para o acerto era o reajuste salarial pedido pelo "resultado final" dos serviços prestados pelo ídolo ao clube nas três passagens sob o comando da equipe.
Além da parte final de 2016, que culminou no Penta da Copa do Brasil, Renato assumiu o vestiário tricolor entre 2010 e 2011 e no segundo semestre de 2013. Em ambos os períodos, ele reergueu o time no Brasileirão e levou-o a arrancadas até a parte de cima da tabela, com direito a vice-campeonato e vaga garantida na Libertadores do ano seguinte.
Em 2010, assumiu no lugar de Silas em agosto e catapultou o Tricolor ao quarto lugar final no Campeonato Brasileiro. Renato costuma dizer que, "se houvessem mais três ou quatro rodadas", traria o título nacional a Porto Alegre. Ainda beneficiou-se da derrota do Goiás para o Independiente na final da Sul-Americana, que abriu as portas para a Libertadores de 2011.
Na temporada seguinte, porém, perdeu o Gauchão para o Inter em pleno Olímpico e caiu nas oitavas de final da competição continental para o Universidad Católica, do Chile. Em um total de 65 jogos, construiu aproveitamento de 59%.
Portaluppi voltou ao Grêmio em junho de 2013 após Vanderlei Luxemburgo vacilar no Gauchão e na Libertadores. Em nova arrancada na tabela, entregou o cargo no fim do ano com o Tricolor vice-campeão brasileiro, semifinalista da Copa do Brasil e novamente com vaga na Libertadores. Os números apontam 54% de aproveitamento em 39 partidas.
Os gaúchos voltaram a recorrer a Renato neste ano após a saída de Roger Machado, em setembro. Sem chances de título no Brasileirão, ele devolveu a confiança ao grupo e apostou todas as fichas na Copa do Brasil. Deu certo. No dia 7 de dezembro, cumpriu a missão de recolocar o Grêmio no caminho das glórias com o pentacampeonato da competição, o que ampliou ainda mais sua idolatria diante do torcedor.
O histórico das três passagens à frente do Grêmio respalda a valorização salarial aceita pela cúpula neste fim de ano. Segundo o empresário Gerson Oldenburg e direção, a negociação amistosa levou em conta o reajuste devido ao treinador – não revelado – e a situação financeira do clube, que continua com a política de contenção de gastos.
– Nada mais do que normal quando termina uma temporada com título o treinador ter uma valorização. Tratamos do assunto de forma muito sadia e respeitosa, levando em conta também a realidade financeira do Grêmio. Querendo ou não, ele (Renato) tem o melhor resultado final, mas não era o melhor remunerado dos últimos anos – explica Oldenburg, o Gauchinho.
Renato fecha 2016 com 49% de aproveitamento em 19 partidas. Treinadores que estiveram em Porto Alegre no período entre as passagens do ídolo tricolor acumularam resultados "de campo" superiores a ele, como Vanderlei Luxemburgo e Felipão (veja na tabela abaixo). Estes, porém, receberam valores ainda maiores mensalmente e deixaram os títulos pelo caminho. No Brasileirão, nenhum igualou o vice-campeonato de 2013. Quem mais se aproximou foram Roger Machado, em 2015, e Luxemburgo, em 2012, com o terceiro lugar.
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