Alvo de críticas, Bressan cita amigo Follmann e promete volta por cima

Uma das novidades do Grêmio em 2017 é velho conhecido do clube e da torcida. Mas as recordações de Bressan, que retornou ao clube gaúcho após seis meses no Peñarol, não são boas para parte dos tricolores. O assunto que monopolizou sua entrevista coletiva, no final da tarde de sexta-feira, foi a enxurrada de críticas na temporada passada. Em sua defesa, ele citou o amigo Follmann, em recuperação após a tragédia do voo da Chapecoense, e minimizou o problema.

Bressan chegou ao Grêmio em 2013 ao lado do goleiro, Paulinho e Ramiro, todos oriundos do Juventude. Ao ser perguntado sobre a situação do parceiro, Bressan lembrou a lição aprendida com o sobrevivente do acidente aéreo.
– É uma pessoa especial, tenho um carinho e admiração, tivemos história de longos anos de amizade desde 2007. Foi um grande sofrimento acompanhar de longe. Ele dá uma lição por dia, nos apegamos a coisas ruins e ele passando de repente por uma coisa difícil de lidar, cada dia se mostra com mais vontade de viver. No meu caso, é uma lição. Até nesse assunto que estamos falando (críticas), posso muito bem superar. Não dá para comparar com o sofrimento dele. Não posso ficar triste de voltar ao Grêmio (com esta situação) – comentou o defensor.

O zagueiro ficou marcado em 2016 na partida contra o Vitória, na Arena. O Grêmio acabou derrotado por 2 a 1. Ele cometeu um pênalti e foi expulso ainda no primeiro tempo. O lance, porém, gerou polêmica e dúvidas pela maneira como o atacante Dagoberto caiu na área. Ao deixar o campo, Bressan foi muito vaiado. Também havia sido considerado um dos responsáveis pela queda na Libertadores, especialmente na derrota por 1 a 0 para o Rosario Central na Arena.
– Muitos já passaram por isso, no grupo de jogadores, assim como na vida. Muitas pessoas deram a volta por cima. Eu vou dar também. Me sinto em casa, gosto de estar aqui no Grêmio. Não cheguei à toa no Grêmio, fui para o Flamengo, joguei, os treinadores que passaram aqui também joguei com todos. Estou tranquilo para ajudar, se for um, 10, 20 jogos. Tenho a evoluir e estou bem tranquilo quanto a isso – completou Bressan.
O zagueiro retornou envolvido na negociação com o Peñarol pelo jovem Martin Chaves. O clube uruguaio pediu o retorno do defensor a Porto Alegre, já que arcava com US$ 15 mil de seu salário, como uma espécie de "pagamento" por parte do Tricolor. Além dos titulares Geromel e Kannemann, Renato só conta com Bressan e Thyere para a função – o clube deve contratar mais um jogador para a posição.

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