Dívida do Atlético por Victor supera R 10 milhões e Grêmio questiona gastos

O diretor jurídico do Grêmio, Nestor Hein, em entrevista ao Superesportes, afirmou que a dívida do Atlético referente à compra do goleiro Victor, em 2012, supera R$ 10 milhões. O vice de futebol Odorico Roman concedeu entrevista na semana passada, em Porto Alegre, e informou que o Alvinegro não pode ser notificado na Fifa, pois se trata de uma transferência nacional.

Enquanto isso, o clube gaúcho se surpreende com os gastos do Galo. “Nós estamos preocupados, porque a compra de jogadores valorizados pelo Atlético demonstra vigor financeiro. Eles têm dinheiro em caixa, mas não pagam os débitos que têm com o Grêmio. Um time que se diz em dificuldade não poderia fazer grandes investimentos como o Atlético faz”, argumentou Hein. O alvinegro realizou a compra do volante Elias e pagou ao Sporting R$ 8,4 milhões por 70% dos direitos econômicos.

Na época que o Galo comprou Victor (junho de 2012), o clube desembolsaria cerca de R$ 7,6 milhões, mas segundo informa o jurídico do Grêmio: “Hoje a dívida supera R$ 10 milhões”, diz Hein.

O Grêmio entrou na Justiça com uma dívida ajuizada. Em 2016, a 17ª Vara Cível de Porto Alegre determinou que a quantia fosse paga, mas o clube mineiro recorreu. “Nós estamos com a dívida ajuizada, quando você tem o crédito e cobra na Justiça. Já apresentamos a petição ao juiz, que comunicou ao Atlético. Na Justiça, o clube mineiro contesta o pagamento, que só será realizado quando terminar essa etapa burocrática. Isso pode se prolongar por mais de um ano”, afirmou Hein.

Diante disto, o Atlético reclama que o Grêmio emprestou ao Santos o defensor Werley (que tinha parte dos direitos ligados ao alvinegro) e não foi ressarcido. “A gente considera que há valores que deverão compor essa discussão. O Atlético pediu para que fosse arbitrado o valor da negociação envolvendo Werley com o Santos”, ressaltou o diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cunha afirmando um possível acordo. Já o jurídico do Grêmio diz que reportará essa dívida à CBF.

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