Atlético-MG, pague pelo Victor com o dinheiro do Pratto

Com a conclusão do negócio entre Atlético-MG e São Paulo, de mais de R$ 20 milhões, evolvendo a venda do atacante Lucas Pratto, o Galo poderia usar o dinheiro recebido com o negócio para quitar sua dívida de quase cinco anos com o Grêmio, angariada com a compra do goleiro Victor.

Em junho de 2012, Grêmio e Atlético-MG firmaram um acordo para a venda do goleiro Victor ao clube mineiro. À época, Alexandre Kalil, então presidente do Galo, anunciou no seu Twitter: “Torcida mais chata do Brasil, se o problema era goleiro não é mais. Victor é do #Galo!”. Deve ser ótimo bater no peito e anunciar para o seu torcedor o melhor goleiro do Brasil daquele momento.

O problema é não pagar. Até hoje, o Grêmio não recebeu um real sequer da negociação, que envolvia o zagueiro Werley e mais 3 milhões de euros. Eu poderia pedir que o Galo pagasse todo o prejuízo que Werley causou ao Grêmio, com meia dúzia de falhas decisivas em competições que fomos eliminados, mas não. O que se pede é o justo, que o Atlético-MG, no nome do presidente Daniel Nepomuceno, pague o que deve ao Grêmio.

Em valores corrigidos, o Atlético-MG deve cerca de R$ 10 milhões ao Grêmio. Com a venda de Pratto ao São Paulo, que gerou em receita o dobro destes valores aos cofres do Galo, espera-se que o clube tenha a decência de cumprir um acordo firmado há meia década e não siga com a sina de ser o maior caloteiro do Brasil.

Atlético-MG, pague pelo Victor.

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