Depoimentos são tomados na 4ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre (Foto: Tatiana Lopes)
Nesta sexta-feira, mesmo dia da manifestação de Patrícia Moreira à imprensa, mais duas testemunhas depuseram na 4ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre sobre as ofensas racistas ao goleiro Aranha, do Santos, no jogo com o Grêmio, em 28 de agosto, pela Copa do Brasil, na Arena. Com 10 pessoas já ouvidas no total, os argumentos reunidos até o momento fizeram o delegado Herbert Ferreira reinquirar um dos depoentes para prestar novos esclarecimentos.
- Esse nome ainda não pode ser divulgado, mas ele será reinquirido. Provavelmente na segunda-feira ele virá à delegacia. Reiniciaremos os depoimentos na semana que vem - disse o comissário de polícia Lindomar Souza.
As testemunhas compareceram à delegacia pela manhã, com o objetivo de colaborar com as investigações, tentando identificar mais torcedores a partir das imagens das câmeras do estádio e de televisão. O primeiro a falar foi Bruno Pisoni, que é conselheiro do Grêmio e integrante da torcida Geral.
Depois, Clairton dos Santos, dono do bar que recebe gremistas em dia de jogo na Arena, se apresentou.
- Eles ajudaram, se propuseram a colaborar. Ficamos satisfeitos - salientou Souza.
Após a primeira semana de depoimentos de torcedores, entre testemunhas e suspeitos, a investigação avança e ganha argumentos importantes para que a polícia defina quem será indiciado, de acordo com o comissário Souza. O delegado tem 30 dias para concluir o inquérito. Até o começo da tarde desta sexta, ainda não havia novas intimações. O trabalho recomeçará na segunda.
Outro torcedor que deve ser intimado é Juliano Franczak, conhecido como Gaúcho da Geral. o órgão ainda não expediu mandado para intimá-lo. Ao GloboEsporte.com, Franczak afirmou que estava próximo ao local onde foram proferidos os xingamentos, mas sua ação foi no intuito de pedir para que o grupo parasse de proferir palavras pejorativas ao goleiro Aranha.
O Gaúcho da Geral já foi detido por desobediência na Arena do Grêmio em julho de 2013, na partida contra o Fluminense, pelo Brasileirão. Na ocasião, ele carregava uma bengala com a bandeira do Rio Grande do Sul quando, por isso, foi retirado à força da mureta das arquibancadas e acabou arrastado por policiais militares. Juliano é conhecido por frequentar o setor vestido com trajes gaúchos. Conforme Souza, ele será convocado porque aparece em imagens próximo ao local de onde partiram ofensas racistas. Ele foi eleito suplente no Conselho Deliberativo do clube, na chapa composta por integrantes da Geral.
Patrícia fala à imprensa e afirma não ser racista
No dia seguinte ao seu depoimento à polícia, a torcedora Patrícia Moreira, flagrada por câmeras de televisão gritando "macaco" ao goleiro Aranha, falou à imprensa. Foi a primeira manifestação oficial dela após o episódio. Acompanhada do advogado e chorando muito, a gremista fez um pronunciamento, mas não respondeu perguntas. Ela falou aos jornalistas na sala de um hotel em Porto Alegre pela manhã.
- Boa tarde, eu quero pedir desculpas para o goleiro Aranha, desculpa mesmo, perdão de coração. Não sou racista. Aquela palavra macaco não foi racismo da minha parte. Não teve intenção racista. Foi no calor do jogo, o Grêmio tava perdendo.
O Grêmio é minha paixão. Minha paixão mesmo. Eu vivi sempre indo ao jogo do Grêmio. Sempre. Largava tudo pra ir no jogo do Grêmio. Peço desculpas pro Grêmio, pra nação tricolor, não queria nunca prejudicar o Grêmio. Eu amo o Grêmio. Desculpas para o Aranha. Perdão, perdão, perdão mesmo - disse.
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- Esse nome ainda não pode ser divulgado, mas ele será reinquirido. Provavelmente na segunda-feira ele virá à delegacia. Reiniciaremos os depoimentos na semana que vem - disse o comissário de polícia Lindomar Souza.
As testemunhas compareceram à delegacia pela manhã, com o objetivo de colaborar com as investigações, tentando identificar mais torcedores a partir das imagens das câmeras do estádio e de televisão. O primeiro a falar foi Bruno Pisoni, que é conselheiro do Grêmio e integrante da torcida Geral.
Depois, Clairton dos Santos, dono do bar que recebe gremistas em dia de jogo na Arena, se apresentou.
- Eles ajudaram, se propuseram a colaborar. Ficamos satisfeitos - salientou Souza.
Após a primeira semana de depoimentos de torcedores, entre testemunhas e suspeitos, a investigação avança e ganha argumentos importantes para que a polícia defina quem será indiciado, de acordo com o comissário Souza. O delegado tem 30 dias para concluir o inquérito. Até o começo da tarde desta sexta, ainda não havia novas intimações. O trabalho recomeçará na segunda.
Outro torcedor que deve ser intimado é Juliano Franczak, conhecido como Gaúcho da Geral. o órgão ainda não expediu mandado para intimá-lo. Ao GloboEsporte.com, Franczak afirmou que estava próximo ao local onde foram proferidos os xingamentos, mas sua ação foi no intuito de pedir para que o grupo parasse de proferir palavras pejorativas ao goleiro Aranha.
O Gaúcho da Geral já foi detido por desobediência na Arena do Grêmio em julho de 2013, na partida contra o Fluminense, pelo Brasileirão. Na ocasião, ele carregava uma bengala com a bandeira do Rio Grande do Sul quando, por isso, foi retirado à força da mureta das arquibancadas e acabou arrastado por policiais militares. Juliano é conhecido por frequentar o setor vestido com trajes gaúchos. Conforme Souza, ele será convocado porque aparece em imagens próximo ao local de onde partiram ofensas racistas. Ele foi eleito suplente no Conselho Deliberativo do clube, na chapa composta por integrantes da Geral.
Patrícia fala à imprensa e afirma não ser racista
No dia seguinte ao seu depoimento à polícia, a torcedora Patrícia Moreira, flagrada por câmeras de televisão gritando "macaco" ao goleiro Aranha, falou à imprensa. Foi a primeira manifestação oficial dela após o episódio. Acompanhada do advogado e chorando muito, a gremista fez um pronunciamento, mas não respondeu perguntas. Ela falou aos jornalistas na sala de um hotel em Porto Alegre pela manhã.
- Boa tarde, eu quero pedir desculpas para o goleiro Aranha, desculpa mesmo, perdão de coração. Não sou racista. Aquela palavra macaco não foi racismo da minha parte. Não teve intenção racista. Foi no calor do jogo, o Grêmio tava perdendo.
O Grêmio é minha paixão. Minha paixão mesmo. Eu vivi sempre indo ao jogo do Grêmio. Sempre. Largava tudo pra ir no jogo do Grêmio. Peço desculpas pro Grêmio, pra nação tricolor, não queria nunca prejudicar o Grêmio. Eu amo o Grêmio. Desculpas para o Aranha. Perdão, perdão, perdão mesmo - disse.
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