Pouca movimentação e aproximação, dificuldade em construir jogadas de ataque, erros na saída de bola e buracos no meio campo são problemas que estão se tornando corriqueiros no time do Grêmio, mas que são ofuscados por arbitragens ruins. Aconteceu no Gauchão, quando fizemos uma péssima partida em casa contra o Novo Hamburgo e a explicação para todos esses problemas foi que o Noia era o time mais faltoso do campeonato e teve uma arbitragem conivente com isso. Os erros grotescos que, de certa forma, foram determinantes na condução da partida contra o Deportes Iquique, impediram o torcedor de analisar o que vai além do resultado: o desempenho do time.
A discussão não é acerca da arbitragem ter acertado ou errado. Ainda assim era possível vencer e, mesmo que não fosse, mesmo que ela viesse a ser determinante no resultado final, ela não teve responsabilidade sobre as movimentações, o raciocínio, o poder de escolha e a construção das jogadas que aconteceram (ou deixaram de acontecer) em campo. O problema do Grêmio vai além do resultado ruim, porque ele não coloca em risco a classificação. O problema é o que o time vem apresentando em campo, o que ele vem executando – e isso não tem nada a ver com arbitragem.
Na verdade, se a gente filosofar um pouquinho mais vai perceber que o problema é sempre achar um terceiro culpado por um futebol que decai a cada jogo que passa, ao invés de fazer uma avaliação racional e crítica pelo que vem sendo realizado. Não é desde quarta-feira, não é desde domingo retrasado, já vem há mais de mês. Mais ou menos desde quando o Grêmio passou a pegar um adversário sequer bem postado taticamente, como o Novo Hamburgo, por exemplo. Mas, e as goleadas? Bem, não foram acaso. Nosso time é bom, por mais que insistam em achar um jogador culpado em toda partida (é o elenco penta da Copa do Brasil!). Acontece que quando o outro time não marca a saída de bola e cede zonas de espaços com falhas de marcação, o Grêmio sabe aproveitar. Daí as goleadas.
Em se tratando de elenco, o Grêmio hoje tem dois buracos que não sabe como preencher: o armador e o primeiro volante. Ramiro, desde que foi recuado, vem jogando mal. Nem Maicon, nem Michel e nem Arthur fazem bem o papel de combatente, necessário para a função. Ali, realmente, precisa contratar. Mas as críticas que estão aparecendo volta e meia sobre os jogadores de ataque, essas são desleais. Porque o time como um todo está decaindo, principalmente no setor responsável por fazer um ataque fluir: a armação. Além disso, alguns dos que foram bem o ano passado, agora estão jogando em posições diferentes, com tarefas diferentes. Como Luan, por exemplo.
É notório que, na medida que o tempo passa, jogadores estão sendo queimados e, pela pressão da mídia sobre eles, o ambiente fica conturbado. Mas as respostas que vemos nas entrevistas e até mesmo o senso comum da torcida são fugas da autocrítica. Enquanto não se permitir reavaliar conceitos, o Grêmio vai continuar com os mesmos erros, os quais estão aparecendo cada vez mais, na medida que o nível de dificuldade do adversário aumenta.
Jéssica Cescon Antunes
Twitter: @gremistaloca
Contato: ajcescon@gmail.com
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Na verdade, se a gente filosofar um pouquinho mais vai perceber que o problema é sempre achar um terceiro culpado por um futebol que decai a cada jogo que passa, ao invés de fazer uma avaliação racional e crítica pelo que vem sendo realizado. Não é desde quarta-feira, não é desde domingo retrasado, já vem há mais de mês. Mais ou menos desde quando o Grêmio passou a pegar um adversário sequer bem postado taticamente, como o Novo Hamburgo, por exemplo. Mas, e as goleadas? Bem, não foram acaso. Nosso time é bom, por mais que insistam em achar um jogador culpado em toda partida (é o elenco penta da Copa do Brasil!). Acontece que quando o outro time não marca a saída de bola e cede zonas de espaços com falhas de marcação, o Grêmio sabe aproveitar. Daí as goleadas.
Em se tratando de elenco, o Grêmio hoje tem dois buracos que não sabe como preencher: o armador e o primeiro volante. Ramiro, desde que foi recuado, vem jogando mal. Nem Maicon, nem Michel e nem Arthur fazem bem o papel de combatente, necessário para a função. Ali, realmente, precisa contratar. Mas as críticas que estão aparecendo volta e meia sobre os jogadores de ataque, essas são desleais. Porque o time como um todo está decaindo, principalmente no setor responsável por fazer um ataque fluir: a armação. Além disso, alguns dos que foram bem o ano passado, agora estão jogando em posições diferentes, com tarefas diferentes. Como Luan, por exemplo.
É notório que, na medida que o tempo passa, jogadores estão sendo queimados e, pela pressão da mídia sobre eles, o ambiente fica conturbado. Mas as respostas que vemos nas entrevistas e até mesmo o senso comum da torcida são fugas da autocrítica. Enquanto não se permitir reavaliar conceitos, o Grêmio vai continuar com os mesmos erros, os quais estão aparecendo cada vez mais, na medida que o nível de dificuldade do adversário aumenta.
Jéssica Cescon Antunes
Twitter: @gremistaloca
Contato: ajcescon@gmail.com
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Comentários
Comentários (2)
que atitude como a de sempre manda técnico embora a claro brasil fazer o que
excelente análise concordo com você. para piorar temos um técnico teimoso e prepotente onde o seu ego prevalece sobre a razão estamos ferrados cabe a direção tomar uma atitude antes que seja tarde demais.
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