Michael Arroyo desembarcou em Porto Alegre na calada da madrugada desta quinta-feira sem lá muito alarde, salvo alguns poucos gremistas dispostos a acordar cedo (ou nem dormir) para recepcioná-lo. A discrição, porém, é algo raro na vida do equatoriano de 30 anos, novo reforço do Grêmio para o segundo semestre, apresentado já à tarde, no CT Luiz Carvalho. Seja pelas arrancadas e o chute potente natural de um meia-atacante "especialista em bolas paradas" ou pelo temperamento explosivo, o gringo chega ao Tricolor após colecionar um histórico marcante por onde passou, desde o país natal até o América do México, seu último clube.
E chega "chegando". Após o desembarque por volta das 4h, o jogador realizou exames médicos pela manhã e já imergiu em trabalhos no treino da tarde. Ainda é preciso tempo, além de uma série de detalhes burocráticos, para que os gremistas possam conhecer de perto a nova peça da engrenagem de Renato Gaúcho em sua estreia pelo Tricolor. Mas o GloboEsporte.com ouviu jornalistas mexicanos e equatorianos, além do técnico da seleção do Equador, Gustavo Quinteros, para apresentar as credencias e a trajetória de "Miky", como é conhecido.
A começar por suas características. O meia-atacante costuma atuar pelo lado esquerdo do campo – a exemplo de Pedro Rocha
– mas que também já exerceu funções mais centralizadas, como referência do ataque. Por falar em ataque, o gringo tem vocação ofensiva pura, e não tem lá muito comprometimento com a recomposição. Nada que impeça que seu talento sobressaia, a ponto de ter defendido a seleção do Equador na Copa de 2014.
As opiniões se encontram ao afirmar que Micky é dono de finalizações potentes com as duas pernas, de bom drible para romper as defesas rivais e de precisão nas cobranças de falta.
– É um jogador muito interessante. Tem características ofensivas que são necessárias em qualquer equipe. Desequilíbrio individual, arremate de média distância, bola parada. É jogador que sabe fazer gol. Vai fazer bem à equipe" – opina Gustavo Quinteros, técnico do Equador.
Natural de Guayaquil, Michael Arroyo fez sucesso e é ídolo do Barcelona local, maior clube do país, pelo título nacional conquistado em 2012. Mas sua trajetória começa bem antes e justamente pela outra força da cidade, o Emelec. O meia-atacante fez sua estreia como profissional em 2005, mas não teve lá muito destaque no clube que o revelou, até despontar, de fato, pelo Deportivo Quito, em que foi campeão equatoriano em 2009, ao anotar 10 gols em 19 partidas.
– É um bom jogador, mundialista com a seleção nacional. É meio-campista ofensivo, de técnica apurada, com velocidade e agilidade para "fazer a diagonal". É um jogador diferente. Pode ir muito bem no Grêmio – avalia o jornalista Theo Posso, da Directv do Equador.
Da estrela em finais a "reserva de luxo" no América
Os números apresentados na capital Quito atraíram os olhares do futebol mexicano, onde construiu boa parte da carreira. Arroyo chegou ao San Luís, clube de escalão intermediário, em 2010, e passou ainda pelo Atlante, antes de retornar ao Equador para defender o Barcelona, por empréstimo. Após fazer história por lá com o título nacional em 2012 e de defender sua seleção na Copa de 2014, o gringo retornou ao México e logo rumou ao maior clube do país, o América.
Arroyo foi peça-chave do América sob os comandos de Antonio Mohamed, entre 2014 e 2015, e de Gustavo Matosas. Entre arrancadas fulminantes pelos lados do campo e seu potente chute, fez sua estrela brilhar com dois gols em finais, ambos contra o Tigres. Em 2014/15, o gringo abriu o placar da vitória por 3 a 0 que deu o título mexicano ao América no Azteca. Depois, na temporada seguinte, também marcou sobre a equipe de Monterrey na final da Copa dos Campeões da Concacaf.
– É um bom cobrador de faltas. Acho que é sua melhor qualidade. Sua batida na bola é excepcional. Bate bem com as duas pernas, fazendo gols em finais. Virou um jogador importantíssimo para o América definindo campeonatos. Ficou conhecido por cumprir funções ofensivas, por ser um jogador muito driblador, que gosta do mano a mano. Funcionou como atacante central, mas sua qualidade aparece mais quando joga pelo lado esquerdo. Só não dá par alhe pedir para voltar... E não tem bom relacionamento com alguns treinadores, como o La Volpe – analisa o jornalista Jesus Barrón, da rede Multimedios.
Arroyo perdeu espaço no América com a chegada de Ricardo La Volpe, no ano passado, e viu o protagonismo dar lugar a algumas polêmicas dentro e fora de campo. Durante o Campeonato Mexicano, ficou marcado por arremessar uma garrafa de água no banco de reservas, ao ser substituído conta o Tijuana. A irritação tinha explicação. Com o limite de estrangeiros estourado, o jogador era ausência frequente da lista de relacionados e chegou a trabalhar com a equipe sub-20.
Em paralelo, o lado "ostentação" longe dos gramados passou a chamar atenção, entre tatuagens e carros de luxo. Mesmo com a perda de espaço, atuou bastante ao longo da última temporada, com o status de um "reserva de luxo", capaz de alterar o jogo sempre que entrava em campo. Tanto que atuou em 42 partidas, com 10 gols marcados. Ao todo, soma 27 gols em 132 partidas pelo América.
– É um equatoriano clássico, com dinâmica e muita profundidade. É rápido, vertical e efetivo na cara do gol. Mas é bastante irregular. É o responsável pelas cobranças de falta sempre que está em campo. Virou um reserva de luxo, em especial com La Volpe. Chegou a ser "arquivado" na equipe sub-20, porque La Volpe preferia utilizar outros estrangeiros. É bastante temperamental e problemático, porque não gostava muito de ficar fora. É um jogador que gosta muito de tatuagem, ostentação, óculos escuros e reggaeton – avalia Andrés Díaz, do site mediotempo.
De Bolaños a R10, gringo nutre "raízes" com Grêmio
Arroyo tem apenas algumas horas de convivência com o ambiente gremista, mas já firma há tempos, desde seu Equador natal, alguns elos com o novo clube. A começar por suas inspirações no futebol. O jogador é fã de Ronaldinho Gaúcho, maior joia lapidada na categoria de base do Grêmio, a quem chama até de "melhor do mundo". E, claro, nutre uma amizade com Miller Bolaños, seu companheiro na seleção do Equador. O gringo, aliás, não esconde a expectativa de reeditar a parceria pela "La Tri" com a camisa do Tricolor.
– É um companheiro, um jogador muito bom. Fomos companheiros na seleção. Será muito importante estar junto com ele. Esperamos que tudo saia bem para que o Grêmio siga ganhando partidas. O Grêmio é uma equipe grande do Brasil. Um clube com conquistas muito importantes. Estou muito feliz por estar aqui – afirma Arroyo.
Arroyo desembarcou em Porto Alegre na madrugada desta quinta-feira e foi recepecionado por alguns torcedores no Aeroporto Salgado Filho. Em seguida, realizou exames médicos e foi oficializado como reforço do clube já à tarde. Livre no mercado após passagem pelo América, do México, o jogador assinou contrato até dezembro de 2019, após uma longa negociação com o Grêmio.
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E chega "chegando". Após o desembarque por volta das 4h, o jogador realizou exames médicos pela manhã e já imergiu em trabalhos no treino da tarde. Ainda é preciso tempo, além de uma série de detalhes burocráticos, para que os gremistas possam conhecer de perto a nova peça da engrenagem de Renato Gaúcho em sua estreia pelo Tricolor. Mas o GloboEsporte.com ouviu jornalistas mexicanos e equatorianos, além do técnico da seleção do Equador, Gustavo Quinteros, para apresentar as credencias e a trajetória de "Miky", como é conhecido.
A começar por suas características. O meia-atacante costuma atuar pelo lado esquerdo do campo – a exemplo de Pedro Rocha
– mas que também já exerceu funções mais centralizadas, como referência do ataque. Por falar em ataque, o gringo tem vocação ofensiva pura, e não tem lá muito comprometimento com a recomposição. Nada que impeça que seu talento sobressaia, a ponto de ter defendido a seleção do Equador na Copa de 2014.
As opiniões se encontram ao afirmar que Micky é dono de finalizações potentes com as duas pernas, de bom drible para romper as defesas rivais e de precisão nas cobranças de falta.
– É um jogador muito interessante. Tem características ofensivas que são necessárias em qualquer equipe. Desequilíbrio individual, arremate de média distância, bola parada. É jogador que sabe fazer gol. Vai fazer bem à equipe" – opina Gustavo Quinteros, técnico do Equador.
Natural de Guayaquil, Michael Arroyo fez sucesso e é ídolo do Barcelona local, maior clube do país, pelo título nacional conquistado em 2012. Mas sua trajetória começa bem antes e justamente pela outra força da cidade, o Emelec. O meia-atacante fez sua estreia como profissional em 2005, mas não teve lá muito destaque no clube que o revelou, até despontar, de fato, pelo Deportivo Quito, em que foi campeão equatoriano em 2009, ao anotar 10 gols em 19 partidas.
– É um bom jogador, mundialista com a seleção nacional. É meio-campista ofensivo, de técnica apurada, com velocidade e agilidade para "fazer a diagonal". É um jogador diferente. Pode ir muito bem no Grêmio – avalia o jornalista Theo Posso, da Directv do Equador.
Da estrela em finais a "reserva de luxo" no América
Os números apresentados na capital Quito atraíram os olhares do futebol mexicano, onde construiu boa parte da carreira. Arroyo chegou ao San Luís, clube de escalão intermediário, em 2010, e passou ainda pelo Atlante, antes de retornar ao Equador para defender o Barcelona, por empréstimo. Após fazer história por lá com o título nacional em 2012 e de defender sua seleção na Copa de 2014, o gringo retornou ao México e logo rumou ao maior clube do país, o América.
Arroyo foi peça-chave do América sob os comandos de Antonio Mohamed, entre 2014 e 2015, e de Gustavo Matosas. Entre arrancadas fulminantes pelos lados do campo e seu potente chute, fez sua estrela brilhar com dois gols em finais, ambos contra o Tigres. Em 2014/15, o gringo abriu o placar da vitória por 3 a 0 que deu o título mexicano ao América no Azteca. Depois, na temporada seguinte, também marcou sobre a equipe de Monterrey na final da Copa dos Campeões da Concacaf.
– É um bom cobrador de faltas. Acho que é sua melhor qualidade. Sua batida na bola é excepcional. Bate bem com as duas pernas, fazendo gols em finais. Virou um jogador importantíssimo para o América definindo campeonatos. Ficou conhecido por cumprir funções ofensivas, por ser um jogador muito driblador, que gosta do mano a mano. Funcionou como atacante central, mas sua qualidade aparece mais quando joga pelo lado esquerdo. Só não dá par alhe pedir para voltar... E não tem bom relacionamento com alguns treinadores, como o La Volpe – analisa o jornalista Jesus Barrón, da rede Multimedios.
Arroyo perdeu espaço no América com a chegada de Ricardo La Volpe, no ano passado, e viu o protagonismo dar lugar a algumas polêmicas dentro e fora de campo. Durante o Campeonato Mexicano, ficou marcado por arremessar uma garrafa de água no banco de reservas, ao ser substituído conta o Tijuana. A irritação tinha explicação. Com o limite de estrangeiros estourado, o jogador era ausência frequente da lista de relacionados e chegou a trabalhar com a equipe sub-20.
Em paralelo, o lado "ostentação" longe dos gramados passou a chamar atenção, entre tatuagens e carros de luxo. Mesmo com a perda de espaço, atuou bastante ao longo da última temporada, com o status de um "reserva de luxo", capaz de alterar o jogo sempre que entrava em campo. Tanto que atuou em 42 partidas, com 10 gols marcados. Ao todo, soma 27 gols em 132 partidas pelo América.
– É um equatoriano clássico, com dinâmica e muita profundidade. É rápido, vertical e efetivo na cara do gol. Mas é bastante irregular. É o responsável pelas cobranças de falta sempre que está em campo. Virou um reserva de luxo, em especial com La Volpe. Chegou a ser "arquivado" na equipe sub-20, porque La Volpe preferia utilizar outros estrangeiros. É bastante temperamental e problemático, porque não gostava muito de ficar fora. É um jogador que gosta muito de tatuagem, ostentação, óculos escuros e reggaeton – avalia Andrés Díaz, do site mediotempo.
De Bolaños a R10, gringo nutre "raízes" com Grêmio
Arroyo tem apenas algumas horas de convivência com o ambiente gremista, mas já firma há tempos, desde seu Equador natal, alguns elos com o novo clube. A começar por suas inspirações no futebol. O jogador é fã de Ronaldinho Gaúcho, maior joia lapidada na categoria de base do Grêmio, a quem chama até de "melhor do mundo". E, claro, nutre uma amizade com Miller Bolaños, seu companheiro na seleção do Equador. O gringo, aliás, não esconde a expectativa de reeditar a parceria pela "La Tri" com a camisa do Tricolor.
– É um companheiro, um jogador muito bom. Fomos companheiros na seleção. Será muito importante estar junto com ele. Esperamos que tudo saia bem para que o Grêmio siga ganhando partidas. O Grêmio é uma equipe grande do Brasil. Um clube com conquistas muito importantes. Estou muito feliz por estar aqui – afirma Arroyo.
Arroyo desembarcou em Porto Alegre na madrugada desta quinta-feira e foi recepecionado por alguns torcedores no Aeroporto Salgado Filho. Em seguida, realizou exames médicos e foi oficializado como reforço do clube já à tarde. Livre no mercado após passagem pelo América, do México, o jogador assinou contrato até dezembro de 2019, após uma longa negociação com o Grêmio.
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Comentários
Comentários (1)
OLÁ PESSOAL
VOCÊ DE TODO BRASIL QUE TEM TV POR ASSINATURA E TEM POUCOS CANAIS E PAGA CARO.
NÓS TEMOS A SOLUÇÃO
LIBERAMOS OS CANAIS E REDUZIMOS A FATURA
INTERESSADOS ZAP 11980799494
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