Renato Gaúcho optou para o Grêmio foco nas Copas do Brasil e Libertadores (Crédito: Lucas Uebel/Grêmio)
O Grêmio abdicar do Campeonato Brasileiro e colocar reservas em campo ainda no início do segundo turno, para priorizar as Copas do Brasil e Libertadores, não pegou bem na CBF.
Já há quem discuta na entidade maneiras de tentar evitar que isso se repita – a avaliação é que a opção gremista torna o campeonato por pontos corridos menos atraente para patrocinadores, já que a disputa pelo título será abreviada. A entidade negocia para 2018 a volta de uma empresa que dê nome ao campeonato, o chamado ''naming rights''. A montadora Chevrolet não renovou para 2017.
O problema é que normalmente se chega à solução mais lógica para minimizar essa possibilidade de desistência antecipada da Série A: mudar o calendário nacional, aumentando as datas do Brasileiro para dar mais folga aos clubes que disputam torneios simultaneamente, em sacrifício aos Estaduais.
Aí a situação se enrosca: falar na CBF de fim ou encurtar ainda mais os Estaduais é quase um sacrilégio. As 27 federações estaduais são quem sustentam a permanência do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, no comando da entidade, pois têm peso maior em votações do que os clubes. E os Estaduais, mesmo a maioria deficitários, ainda dão sobrevida a cartolas que, muitas vezes, estão há mais de 20 anos no poder em federações.
Uma ideia menos traumática seria alterar o regulamento do Brasileiro e limitar no número de inscritos, algo que já ocorre no Campeonato Paulista, o principal Estadual do país. Com “apenas” 28 possibilidades para escalar, seria mais complicado para um treinador colocar times mistos, já que na Série A há lesões, suspensões, etc.
No regulamento atual um clube pode escalar qualquer atleta que esteja registrado profissionalmente na CBF. Há casos de times com mais de 50 jogadores nessa condição, o que oferece um leque enorme para o treinador colocar em campo.
Há, porém, críticas a esta regra: a principal é que se tira a liberdade do clube escolher, por exemplo, quando lançar uma revelação da base, que provavelmente não estará entre os inscritos no início da competição – é possível que para o Paulistão de 2018 haja o limite de inscritos, mas seja liberado escalar à vontade atletas da base, já num avanço.
Dura decisão
A distância de sete pontos dos gremistas para o líder Corinthians, com um jogo a mais, não é pequena, mas o Brasileiro ainda tem 17 rodadas pela frente, ou seja, 51 pontos em disputa. No sábado, os paulistas perderam a invencibilidade para o Vitória, time da zona do rebaixamento, o que abriu a possibilidade do encurtamento da distância e novo gás para a disputa do título.
No domingo, porém, o técnico Renato Gaúcho manteve o planejamento, escalou reservas, e o Grêmio só empatou em casa contra o Atlético-PR – rival que, com os titulares, fez 4 a 0 na Copa do Brasil. O Corinthians enfrenta na quarta a Chapecoense, em jogo atrasado, e se vencer levará a vantagem para dez pontos, deixando ainda mais improvável uma mudança de postura gremista no torneio.
A partir de 2013, a Copa do Brasil foi estendida ao ano todo (anteriormente a final era no meio da temporada), coincidindo com o Brasileiro. Em 2017, a Conmebol fez com que a Libertadores fosse estendida até dezembro, também batendo suas finais com a reta final do Nacional. A situação deixou os times, como Grêmio, vivo nas três competições, em situação complicada: o que priorizar, para não estourar os jogadores? Os gaúchos optaram pelas Copas.
O assunto do que pode ser feito para evitar que o Brasileiro seja deixado de lado por clubes vivos nas Copas do Brasil e Libertadores será tema de reunião entre diretores da CBF, das federações e dos clubes nas próximas semanas.
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Já há quem discuta na entidade maneiras de tentar evitar que isso se repita – a avaliação é que a opção gremista torna o campeonato por pontos corridos menos atraente para patrocinadores, já que a disputa pelo título será abreviada. A entidade negocia para 2018 a volta de uma empresa que dê nome ao campeonato, o chamado ''naming rights''. A montadora Chevrolet não renovou para 2017.
O problema é que normalmente se chega à solução mais lógica para minimizar essa possibilidade de desistência antecipada da Série A: mudar o calendário nacional, aumentando as datas do Brasileiro para dar mais folga aos clubes que disputam torneios simultaneamente, em sacrifício aos Estaduais.
Aí a situação se enrosca: falar na CBF de fim ou encurtar ainda mais os Estaduais é quase um sacrilégio. As 27 federações estaduais são quem sustentam a permanência do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, no comando da entidade, pois têm peso maior em votações do que os clubes. E os Estaduais, mesmo a maioria deficitários, ainda dão sobrevida a cartolas que, muitas vezes, estão há mais de 20 anos no poder em federações.
Uma ideia menos traumática seria alterar o regulamento do Brasileiro e limitar no número de inscritos, algo que já ocorre no Campeonato Paulista, o principal Estadual do país. Com “apenas” 28 possibilidades para escalar, seria mais complicado para um treinador colocar times mistos, já que na Série A há lesões, suspensões, etc.
No regulamento atual um clube pode escalar qualquer atleta que esteja registrado profissionalmente na CBF. Há casos de times com mais de 50 jogadores nessa condição, o que oferece um leque enorme para o treinador colocar em campo.
Há, porém, críticas a esta regra: a principal é que se tira a liberdade do clube escolher, por exemplo, quando lançar uma revelação da base, que provavelmente não estará entre os inscritos no início da competição – é possível que para o Paulistão de 2018 haja o limite de inscritos, mas seja liberado escalar à vontade atletas da base, já num avanço.
Dura decisão
A distância de sete pontos dos gremistas para o líder Corinthians, com um jogo a mais, não é pequena, mas o Brasileiro ainda tem 17 rodadas pela frente, ou seja, 51 pontos em disputa. No sábado, os paulistas perderam a invencibilidade para o Vitória, time da zona do rebaixamento, o que abriu a possibilidade do encurtamento da distância e novo gás para a disputa do título.
No domingo, porém, o técnico Renato Gaúcho manteve o planejamento, escalou reservas, e o Grêmio só empatou em casa contra o Atlético-PR – rival que, com os titulares, fez 4 a 0 na Copa do Brasil. O Corinthians enfrenta na quarta a Chapecoense, em jogo atrasado, e se vencer levará a vantagem para dez pontos, deixando ainda mais improvável uma mudança de postura gremista no torneio.
A partir de 2013, a Copa do Brasil foi estendida ao ano todo (anteriormente a final era no meio da temporada), coincidindo com o Brasileiro. Em 2017, a Conmebol fez com que a Libertadores fosse estendida até dezembro, também batendo suas finais com a reta final do Nacional. A situação deixou os times, como Grêmio, vivo nas três competições, em situação complicada: o que priorizar, para não estourar os jogadores? Os gaúchos optaram pelas Copas.
O assunto do que pode ser feito para evitar que o Brasileiro seja deixado de lado por clubes vivos nas Copas do Brasil e Libertadores será tema de reunião entre diretores da CBF, das federações e dos clubes nas próximas semanas.
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Comentários
Comentários (6)
Quem foi que falou para limitar atletas resolve o problemaai vira uma bosta
o maior problema do grêmio em escalar reservas no brasileirão e seus vários jogadores no DM como por exemplo: Douglas, Miller, Arroyo, Marcelo Oliveira, Da Silva, Jael e agora o Thierry, imagina todos em condições?
teríamos um time alternativo muito mais forte.
e pegando 1 reporte igual a tu e enfiar em 1 vaso sanitário e tacale descarga.
a libertadores e a copa do Brasil tinham que terminar antes do segundo turno do brasileirão ou antes ainda.
Discordo, pois não temos reposição para zaga. Não teríamos condição alguma no BR2017.
E muito simples se tivermos Douglas Arroyo e Miller em condições já lutaremos pelo brasileiro sem Miller Beto Silva em condições seria uma opção
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