Casa de Patrícia Moreira foi incendiada na sexta-feira
(Foto: Arquivo pessoal)
A Polícia Civil afirma que irá entregar até a próxima segunda-feira o inquérito sobre o incêndio na casa de Patrícia Moreira, torcedora gremista flagrada ofendendo o goleiro Aranha, do Santos, em jogo de 28 de agosto. Segundo o delegado Thiago Baldin, responsável pelo caso, as investigações estão "97% concluídas".
O suspeito de ter ateado fogo na residência na madrugada de sexta-feira foi detido no mesmo dia. O homem de 28 anos, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, foi transferido do Presídio Central para a Penitenciária Estadual de Charqueadas, no interior do Rio Grande do Sul. Thiago Baldin já decidiu que irá indiciá-lo por crime de incêndio.
- Tem um outro vizinho (de Patrícia) que preciso ouvir, porque ele chegou a ver um pouco do fato na hora em que o incêndio começou. Mas já está tudo praticamente concluído. Falta o laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP). Tomara que chegue até sexta-feira. Seria a "cereja do bolo". Mas o fato de ele estar pronto não impede a remessa dos documentos - apontou ao GloboEsporte.com o delegado, que é titular da 14ª delegacia de Porto Alegre.
Em depoimento, o suspeito confessou ter ingerido bebidas alcoólicas antes de colocar fogo no local.
- Na presença de seu advogado, ele confessou o crime. Disse que havia ingerido bebidas alcoólicas e que se sentia com nojo do que ela havia feito. Usou um isqueiro - disse o delegado.
Segundo Baldin, o suspeito foi identificado por uma testemunha e foi detido na Zona Norte de Porto Alegre. A polícia afirma que ele mora próximo da residência de Patrícia. O homem alegou que trabalha como eletricista e apresentava queimaduras na mão direita no momento em que foi detido. Ele já havia sido condenado por porte ilegal de arma de uso restrito e tráfico de drogas e também tem no histórico uma fuga do regime semiaberto. Em prisão domiciliar desde o dia 22 de maio deste ano, recebeu liberdade condicional na quinta-feira, um dia antes do incêndio. Alegou, no entanto, que não sabia do fato.
O suspeito negou ainda parte da versão de uma testemunha, que disse ter visto um guarda-chuva em chamas no relógio de luz da residência no momento do incêndio.
O incêndio na residência localizada no bairro Passo das Pedras começou por volta das 4h, de acordo com o advogado Alexandre Rossato e familiares da jovem. O Corpo de Bombeiros diz que foi chamado, mas, quando chegou ao local, as chamas já haviam sido apagadas pelos proprietários.
Diante da repercussão após as ofensas a Aranha, Patrícia evitou dormir em casa desde então. Ela se refugiou em residências de parentes e amigos para evitar retaliação. Há duas semanas, a torcedora prestou depoimento à polícia e fez um pronunciamento à imprensa. Negou ser racista e pediu perdão ao goleiro Aranha.
- Eu quero pedir desculpas para o goleiro Aranha, desculpas mesmo, perdão de coração. Não sou racista. Aquela palavra macaco não foi racismo da minha parte. Não teve intenção racista. Foi no calor do jogo, o Grêmio tava perdendo. Peço desculpas pro Grêmio, para a nação tricolor, não queria nunca prejudicar o Grêmio. Desculpas para o Aranha. Perdão, perdão, perdão mesmo - declarou.
As injúrias raciais proferidas por torcedores gremistas contra o goleiro tiveram outro desdobramento. Em julgamento em 3 de setembro, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, por unanimidade, excluir o Grêmio da Copa do Brasil.
No primeiro duelo das oitavas de final, os paulistas bateram os gaúchos por 2 a 0. O jogo de volta já havia sido suspenso. Haverá novo julgamento, em segunda instância, ainda sem data oficializada, no Pleno do STJD.
Suspeito de ter colocado fogo na casa de Patrícia Moreira foi detido na sexta-feira
(Foto: Paula Menezes/GloboEsporte.com)
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(Foto: Arquivo pessoal)
A Polícia Civil afirma que irá entregar até a próxima segunda-feira o inquérito sobre o incêndio na casa de Patrícia Moreira, torcedora gremista flagrada ofendendo o goleiro Aranha, do Santos, em jogo de 28 de agosto. Segundo o delegado Thiago Baldin, responsável pelo caso, as investigações estão "97% concluídas".
O suspeito de ter ateado fogo na residência na madrugada de sexta-feira foi detido no mesmo dia. O homem de 28 anos, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, foi transferido do Presídio Central para a Penitenciária Estadual de Charqueadas, no interior do Rio Grande do Sul. Thiago Baldin já decidiu que irá indiciá-lo por crime de incêndio.
- Tem um outro vizinho (de Patrícia) que preciso ouvir, porque ele chegou a ver um pouco do fato na hora em que o incêndio começou. Mas já está tudo praticamente concluído. Falta o laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP). Tomara que chegue até sexta-feira. Seria a "cereja do bolo". Mas o fato de ele estar pronto não impede a remessa dos documentos - apontou ao GloboEsporte.com o delegado, que é titular da 14ª delegacia de Porto Alegre.
Em depoimento, o suspeito confessou ter ingerido bebidas alcoólicas antes de colocar fogo no local.
- Na presença de seu advogado, ele confessou o crime. Disse que havia ingerido bebidas alcoólicas e que se sentia com nojo do que ela havia feito. Usou um isqueiro - disse o delegado.
Segundo Baldin, o suspeito foi identificado por uma testemunha e foi detido na Zona Norte de Porto Alegre. A polícia afirma que ele mora próximo da residência de Patrícia. O homem alegou que trabalha como eletricista e apresentava queimaduras na mão direita no momento em que foi detido. Ele já havia sido condenado por porte ilegal de arma de uso restrito e tráfico de drogas e também tem no histórico uma fuga do regime semiaberto. Em prisão domiciliar desde o dia 22 de maio deste ano, recebeu liberdade condicional na quinta-feira, um dia antes do incêndio. Alegou, no entanto, que não sabia do fato.
O suspeito negou ainda parte da versão de uma testemunha, que disse ter visto um guarda-chuva em chamas no relógio de luz da residência no momento do incêndio.
O incêndio na residência localizada no bairro Passo das Pedras começou por volta das 4h, de acordo com o advogado Alexandre Rossato e familiares da jovem. O Corpo de Bombeiros diz que foi chamado, mas, quando chegou ao local, as chamas já haviam sido apagadas pelos proprietários.
Diante da repercussão após as ofensas a Aranha, Patrícia evitou dormir em casa desde então. Ela se refugiou em residências de parentes e amigos para evitar retaliação. Há duas semanas, a torcedora prestou depoimento à polícia e fez um pronunciamento à imprensa. Negou ser racista e pediu perdão ao goleiro Aranha.
- Eu quero pedir desculpas para o goleiro Aranha, desculpas mesmo, perdão de coração. Não sou racista. Aquela palavra macaco não foi racismo da minha parte. Não teve intenção racista. Foi no calor do jogo, o Grêmio tava perdendo. Peço desculpas pro Grêmio, para a nação tricolor, não queria nunca prejudicar o Grêmio. Desculpas para o Aranha. Perdão, perdão, perdão mesmo - declarou.
As injúrias raciais proferidas por torcedores gremistas contra o goleiro tiveram outro desdobramento. Em julgamento em 3 de setembro, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, por unanimidade, excluir o Grêmio da Copa do Brasil.
No primeiro duelo das oitavas de final, os paulistas bateram os gaúchos por 2 a 0. O jogo de volta já havia sido suspenso. Haverá novo julgamento, em segunda instância, ainda sem data oficializada, no Pleno do STJD.
Suspeito de ter colocado fogo na casa de Patrícia Moreira foi detido na sexta-feira(Foto: Paula Menezes/GloboEsporte.com)
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