O ambiente de tensão que tomou conta do túnel de acesso aos vestiários do Beira-Rio após a vitória colorada por 1 a 0 no Gre-Nal do último domingo ainda repercute dois dias depois do clássico. Na tarde desta terça-feira, o capitão gremista Maicon concedeu entrevista coletiva no CT Luiz Carvalho e soltou o verbo. O jogador explicou o suposto episódio do “arrego” envolvendo jogadores do Inter e rebateu as declarações do capitão colorado Rodrigo Dourado.
Ausente da partida devido a uma lesão muscular na coxa esquerda, o volante foi um dos atletas mais exaltados no bate-boca no túnel do Beira-Rio, aos gritos de "não vem pedir arrego" dirigidos a D'Alessandro. Com tom de irritação, disse que o grupo gremista não aceitou o pedido feito por jogadores do Inter para diminuir o tom das provocações, após um clássico anterior.
Segundo o volante, os jogadores D’Alessandro, Marcelo Lomba, Rodrigo Moledo e Roger, que já deixou o Inter, se reuniram com ele, Marcelo Grohe e Pedro Geromel para pedir que os gremistas contivessem as cornetas após a vitória do Grêmio por 2 a 1 no Gre-Nal do primeiro turno do Gauchão, no Beira-Rio. A reunião terminou sem acordo algum, até porque o próprio volante assegura que jamais faria tal combinação.
– O D’Alessandro pediu para falar comigo. Ganhamos o jogo (por 2 a 1) e deu que iríamos novamente enfrentá-los (nas quartas de final do Gauchão). Foi ele (D’Ale), Roger, Moledo e Lomba pedir para a gente parar com as provocações, como com (a música) "um minuto de silêncio", Sasha c*... Mas ele esqueceu que ele era a peça principal, com provocações com caixão. Aqui se faz e aqui se paga. Disse para os meus companheiros que ele tinha ido no vestiário pedir isso. E a resposta de todo mundo foi que não tem arrego, vamos zoar se ganhar e vida que segue – disse Maicon. – Não adianta pedir para maneirar, não existe acordo nenhum, principalmente se tratando em clássico. Posso perder 10, 15 vezes, nunca vou bater na porta e pedir para não zoar porque é feio.
No clássico do último domingo, a confusão iniciou ainda dentro de campo e se estendeu no túnel de acesso aos vestiários do Beira-Rio (veja o vídeo abaixo). No meio do empurra-empurra, o técnico Renato Gaúcho tentou ir até o vestiário colorado e foi barrado por seguranças. Segundo Maicon, ele estava parado no local para cumprimentar os companheiros do Grêmio, quando foi provocado por Leandro Damião.
Em tom exaltado, Maicon foi além e deu uma resposta a Rodrigo Dourado. Após o clássico, o volante colorado rebateu o gremista ao dizer que ele sequer estava em campo para poder falar alguma coisa. Questionado sobre as declarações, o capitão do Grêmio indagou "quem?", para dar a entender que sequer conhecia o adversário. De quebra, ainda fez críticas ao futebol do rival e lembrou seu histórico no clássico.
– Corneta de quem? Quem? Não sei quem é Dourado. Quem é Dourado? Ganhou o quê? Ele ganhou um jogo. Ele falou que fugi do jogo. Joguei oito clássicos. Ganhei três, perdi um, empatei quatro. Onde ele estava nos 5 a 0? Perdemos pênalti. Baile. Onde ele estava? Onde ele estava no mata-mata? Eu estava dentro de campo. Como que vou correr? Joguei não sei quantos São Paulo x Corinthians. São Paulo x Santos... – disparou.
Durante a noite de domingo, o árbitro Péricles Bassols Cortez relatou em súmula a versão do incidente. E apontou Maicon como um dos culpados pelo tumulto, assim como Renato Gaúcho. Ninguém do Inter foi citado pelo árbitro no documento, o que irritou a direção gremista.
No lado do Inter, jogadores, dirigentes e comissão técnica negaram qualquer pedido de trégua aos gremistas. O vice de futebol, Roberto Melo, ressaltou que os colorados ouviram calados as provocações do rival nos últimos anos e criticou a tentativa de invasão do vestiário do Inter pelo treinador do Grêmio.
Confira mais trechos da entrevista
Motivos da confusão
"Quando acabou a partida, eu fui na porta dos vestiários e fiquei esperando meus companheiros para cumprimentar. Passou um por um e no final o Damião passou, olhou para mim e disse": Aqui tem que respeitar". Beleza. Depois não bate na nossa porta para fazer essa vergonha que eles fizeram. Toda a vez que a gente ganhar, a gente vai debochar, vai zoar. Faz parte do futebol. Eles ganharam e comemoraram lá".
Ambiente nos próximos clássicos
"Isso vamos ver no momento, quando tiverem os próximos Gre-Nais, a gente vai jogar como sempre jogamos. Encarando, independente do lugar que for, para ganhar. Se ganhar, vamos comemorar. Se perder, a gente pega as coisas e voltamos para casa. Assim a vida segue".
Novo encontro com D'Alessandro
"Não teve, não deve ter e nunca vai ter, pelo menos da minha parte. A partir do momento que entra para jogar, cada um entra para defender o seu lado. Provocações tem aqui, em SP, no Rio, em Minas. O que temos que priorizar é a vontade das equipes de vencer, o jogo honesto, que o torcedor possa voltar tranquilo para casa. Não é uma guerra, é uma partida de futebol. Ninguém quer perder, mas que possam ir para casa com seus filhos e esposas e voltar na paz. O jogo ali dentro, cada um buscando seu espaço, tem discussão, briga, mas faz parte. E quem ganhar, tira onda com o outro e acabou. Ninguém é inimigo de ninguém, somos rivais, vamos defender cada um seu lado. Jogou, acabou, comemora e vida que segue".
Provocações de D'Ale
Ele sempre debochou, tem que ser o primeiro a aturar, não fazer o que fez, ir lá na porta e pedir paz. Paz no sentido de ganhar e você tirar um sarro, tirar uma onda, como tem muitos de vocês que torcem para Grêmio e Inter, tiram onda com primo, pai, amigo, esposa. E assim vai. Nada além disso.
Fim das provocações?
"Na real, o que teve naquele dia morreu ali. Foram lá, decidimos que não ia parar entre a gente, teve o 3 a 0 no mata-mata, ganhamos, muito ao contrário das pessoas que estão achando, de três ou quatro e tira o pé, isso não vai acontecer. Isso é respeitar o adversário, fazendo gols, ainda mais em clássico. Não houve. O que pediu foi para o Sasha c..., minuto de silêncio, a música da nossa torcida, que estavam pegando pesado. Não ia acabar, decidimos entre nós. Ele (D'Ale) fez muito e tem que aturar. Ganhamos a Recopa e fizemos, ganhamos o Gaúcho e fizemos. Não tem diálogo, da minha parte é feio dele pedir. E a gente em conjunto decidiu que não vai acabar. Podem provocar que quando a gente ganhar, vamos fazer também".
Nome citado na súmula
"Preocupa porque nunca tive problemas, mas a gente está ali no calor, eu estava até então bem tranquilo, mas aconteceu da provocação e acabei respondendo. Sem dúvida, quando você está ganhando é fácil querer tirar onda. Quando está perdendo quer amenizar? Não. Atura. Não vamos parar toda vez que vamos ganhar, faz parte. Vamos debochar, vamos zoar, vamos fazer as bricadeiras e eles quando ganharem pode provocar. Estamos de boa quanto a isso".
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Segundo o volante, os jogadores D’Alessandro, Marcelo Lomba, Rodrigo Moledo e Roger, que já deixou o Inter, se reuniram com ele, Marcelo Grohe e Pedro Geromel para pedir que os gremistas contivessem as cornetas após a vitória do Grêmio por 2 a 1 no Gre-Nal do primeiro turno do Gauchão, no Beira-Rio. A reunião terminou sem acordo algum, até porque o próprio volante assegura que jamais faria tal combinação.
– O D’Alessandro pediu para falar comigo. Ganhamos o jogo (por 2 a 1) e deu que iríamos novamente enfrentá-los (nas quartas de final do Gauchão). Foi ele (D’Ale), Roger, Moledo e Lomba pedir para a gente parar com as provocações, como com (a música) "um minuto de silêncio", Sasha c*... Mas ele esqueceu que ele era a peça principal, com provocações com caixão. Aqui se faz e aqui se paga. Disse para os meus companheiros que ele tinha ido no vestiário pedir isso. E a resposta de todo mundo foi que não tem arrego, vamos zoar se ganhar e vida que segue – disse Maicon. – Não adianta pedir para maneirar, não existe acordo nenhum, principalmente se tratando em clássico. Posso perder 10, 15 vezes, nunca vou bater na porta e pedir para não zoar porque é feio.
No clássico do último domingo, a confusão iniciou ainda dentro de campo e se estendeu no túnel de acesso aos vestiários do Beira-Rio (veja o vídeo abaixo). No meio do empurra-empurra, o técnico Renato Gaúcho tentou ir até o vestiário colorado e foi barrado por seguranças. Segundo Maicon, ele estava parado no local para cumprimentar os companheiros do Grêmio, quando foi provocado por Leandro Damião.
Em tom exaltado, Maicon foi além e deu uma resposta a Rodrigo Dourado. Após o clássico, o volante colorado rebateu o gremista ao dizer que ele sequer estava em campo para poder falar alguma coisa. Questionado sobre as declarações, o capitão do Grêmio indagou "quem?", para dar a entender que sequer conhecia o adversário. De quebra, ainda fez críticas ao futebol do rival e lembrou seu histórico no clássico.
– Corneta de quem? Quem? Não sei quem é Dourado. Quem é Dourado? Ganhou o quê? Ele ganhou um jogo. Ele falou que fugi do jogo. Joguei oito clássicos. Ganhei três, perdi um, empatei quatro. Onde ele estava nos 5 a 0? Perdemos pênalti. Baile. Onde ele estava? Onde ele estava no mata-mata? Eu estava dentro de campo. Como que vou correr? Joguei não sei quantos São Paulo x Corinthians. São Paulo x Santos... – disparou.
Durante a noite de domingo, o árbitro Péricles Bassols Cortez relatou em súmula a versão do incidente. E apontou Maicon como um dos culpados pelo tumulto, assim como Renato Gaúcho. Ninguém do Inter foi citado pelo árbitro no documento, o que irritou a direção gremista.
No lado do Inter, jogadores, dirigentes e comissão técnica negaram qualquer pedido de trégua aos gremistas. O vice de futebol, Roberto Melo, ressaltou que os colorados ouviram calados as provocações do rival nos últimos anos e criticou a tentativa de invasão do vestiário do Inter pelo treinador do Grêmio.
Confira mais trechos da entrevista
Motivos da confusão
"Quando acabou a partida, eu fui na porta dos vestiários e fiquei esperando meus companheiros para cumprimentar. Passou um por um e no final o Damião passou, olhou para mim e disse": Aqui tem que respeitar". Beleza. Depois não bate na nossa porta para fazer essa vergonha que eles fizeram. Toda a vez que a gente ganhar, a gente vai debochar, vai zoar. Faz parte do futebol. Eles ganharam e comemoraram lá".
Ambiente nos próximos clássicos
"Isso vamos ver no momento, quando tiverem os próximos Gre-Nais, a gente vai jogar como sempre jogamos. Encarando, independente do lugar que for, para ganhar. Se ganhar, vamos comemorar. Se perder, a gente pega as coisas e voltamos para casa. Assim a vida segue".
Novo encontro com D'Alessandro
"Não teve, não deve ter e nunca vai ter, pelo menos da minha parte. A partir do momento que entra para jogar, cada um entra para defender o seu lado. Provocações tem aqui, em SP, no Rio, em Minas. O que temos que priorizar é a vontade das equipes de vencer, o jogo honesto, que o torcedor possa voltar tranquilo para casa. Não é uma guerra, é uma partida de futebol. Ninguém quer perder, mas que possam ir para casa com seus filhos e esposas e voltar na paz. O jogo ali dentro, cada um buscando seu espaço, tem discussão, briga, mas faz parte. E quem ganhar, tira onda com o outro e acabou. Ninguém é inimigo de ninguém, somos rivais, vamos defender cada um seu lado. Jogou, acabou, comemora e vida que segue".
Provocações de D'Ale
Ele sempre debochou, tem que ser o primeiro a aturar, não fazer o que fez, ir lá na porta e pedir paz. Paz no sentido de ganhar e você tirar um sarro, tirar uma onda, como tem muitos de vocês que torcem para Grêmio e Inter, tiram onda com primo, pai, amigo, esposa. E assim vai. Nada além disso.
Fim das provocações?
"Na real, o que teve naquele dia morreu ali. Foram lá, decidimos que não ia parar entre a gente, teve o 3 a 0 no mata-mata, ganhamos, muito ao contrário das pessoas que estão achando, de três ou quatro e tira o pé, isso não vai acontecer. Isso é respeitar o adversário, fazendo gols, ainda mais em clássico. Não houve. O que pediu foi para o Sasha c..., minuto de silêncio, a música da nossa torcida, que estavam pegando pesado. Não ia acabar, decidimos entre nós. Ele (D'Ale) fez muito e tem que aturar. Ganhamos a Recopa e fizemos, ganhamos o Gaúcho e fizemos. Não tem diálogo, da minha parte é feio dele pedir. E a gente em conjunto decidiu que não vai acabar. Podem provocar que quando a gente ganhar, vamos fazer também".
Nome citado na súmula
"Preocupa porque nunca tive problemas, mas a gente está ali no calor, eu estava até então bem tranquilo, mas aconteceu da provocação e acabei respondendo. Sem dúvida, quando você está ganhando é fácil querer tirar onda. Quando está perdendo quer amenizar? Não. Atura. Não vamos parar toda vez que vamos ganhar, faz parte. Vamos debochar, vamos zoar, vamos fazer as bricadeiras e eles quando ganharem pode provocar. Estamos de boa quanto a isso".
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