
Sem dinheiro para contratar, o Grêmio apostará em um menino da base para dar vida nova ao ataque. Aos 18 anos, Everton é a bola da vez. Depois de superar a saudade de casa, ganhar corpo e alguma rodagem, o pupilo do ex-ponta-esquerda gremistas Jorge Veras é uma das esperanças de Felipão para turbinar o ataque em 2015.
Embora badalado nos bastidores do Grêmio, só agora Everton parece pronto para ganhar chances. Começará a pré-temporada em Gramado como candidato a titular. Uma virada e tanto, já que Felipão sugeriu em 2014 mandá-lo para o Novo Hamburgo, com o plano de dar-lhe mais experiência. Mas o atacante ficou e acabou recebendo oportunidades nas últimas rodadas do Brasileirão. Uma situação mais adequada para quem tem os passos observados por um olheiro do Manchester City.
Nascido em Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza, Everton teve na timidez o maior obstáculo. Aos 10 anos, começou numa escolinha local. Depois, passou a jogar no Maracanã, time da cidade. Ficou dois anos, tempo suficiente para um olheiro levá para testes no São Bernardo-SP. Ficou dois meses. A saudade falou mais alto, e ele voltou para casa. Em outubro de 2011, com 15 anos, entrou na base do Fortaleza. Foi quando encontrou Jorge Veras, famoso nos anos 80 por ser algoz colorado em Gre-Nais.
Atuando também pelo lado esquerdo do ataque, como Veras, Everton brilhava no Fortaleza. Tanto que, aos 15 anos, foi goleador do Cearense Sub-17. No ano seguinte, mesmo reserva, repetiu o feito no sub-20. Em quatro clássicos contra o Ceará, fez seis gols.
_ Quando me indicaram o Everton, no primeiro treino, percebi que era rápido e finalizava muito bem. Mesmo mirrado e fraquinho, também era bom de cabeça _ relembra Jorge Veras.
Os gols deram status ao guri no Fortaleza. Era o único a receber mais do que ajuda de custo na base. O presidente Ribamar Bezerra pagava um salário mínimo mensal, como forma de prêmio à sua joia. Indicado por empresários, o atacante entrou na lista de promessas observadas pelo Grêmio. Inter e clubes paulistas. Foi por essa época que entrou no mapa de talentos sul-americanos do milionário Manchester City.
O Grêmio foi mais rápido. Depois de ganhar em Pernambuco a Copa Carpina Sub-16, em 2012, abriu conversas para trazê-lo. O Inter entrou na parada. Mas em vez de contrato, ofereceu período de testes. O Fortaleza rejeitou e acertou a vinda do guri para o Olímpico. Era março de 2013, e Everton chegava ao Grêmio emprestado por um ano. Oito meses depois, o clube depositava R$ 300 mil por 90% dos seus direitos.
Aos 17 anos, a adaptação nesta segunda aventura no Sul foi mais rápida. A saudade era administrada com telefonemas e conversas pela internet.
_ Foi uma adaptação cultural, algo muito comum com meninos que vem de outras realidades. Mesmo assim, no caso dele, foi muito rápido em comparação ao que costuma acontecer. A ascenção rápida não tirou-lhe o foco, Everton entende muito bem o que acontece com ele, por isso é diferenciado _ conta o coordenador técnico Francesco Barletta, um dos responsáveis pela avaliação do guri.
Assim como o seu professor Jorge Veras, Everton fez dos Gre-Nais seu cartão de apresentação. Em sete clássicos na base, marcou cinco gols. Passou rápido pelo sub-17 e parou no sub-20. Dez meses depois da chegada, estava no grupo principal com Enderson Moreira na pré-temporada em Bento Gonçalves. Acabou inscrito na Libertadores, mas ficou apenas na reserva. Ao todo, foram 14 jogos e dois gols no ano passado.
Quatro quilos a mais

O Grêmio trata de lapidar sua promessa. Everton fecha 2014 com quatro quilos a mais de massa muscular. A balança exibe 72 quilos. É possível percebê-lo mais forte para aguentar as trombadas com os zagueiros. A rotina de profissional não o afasta do convívio com a turma dos juniores. É com eles que sai para passeios nos shoppings da Capital, campeonatos de videogame e partidas de futevôlei.
Depois de 16 meses como inquilino do Olímpico, passou a morar com o lateral-esquerdo Breno em 2014. Depois da parceria, o atacante foi morar sozinho. Está instalado em um apartamento confortável na Avenida Padre Cacique pelo seu empresário, Gilmar Veloz, o mesmo de Pato e outras estrelas. O plano é trocar de endereço em breve. Veloz pensa em colocá-lo em apartamento mais próximo ao Humaitá, próximo do CT Luiz Carvalho e da Arena.
O Grêmio já tratou de garanti-lo em contrato até 2018. O City o monitora à distância. Depois da pré-temporada, Everton começará as aulas de inglês. Se Everton mantiver a rotina de queimar etapas com gols, a tendência é de que precise usar o idioma em pouco tempo.
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Nascido em Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza, Everton teve na timidez o maior obstáculo. Aos 10 anos, começou numa escolinha local. Depois, passou a jogar no Maracanã, time da cidade. Ficou dois anos, tempo suficiente para um olheiro levá para testes no São Bernardo-SP. Ficou dois meses. A saudade falou mais alto, e ele voltou para casa. Em outubro de 2011, com 15 anos, entrou na base do Fortaleza. Foi quando encontrou Jorge Veras, famoso nos anos 80 por ser algoz colorado em Gre-Nais.
Atuando também pelo lado esquerdo do ataque, como Veras, Everton brilhava no Fortaleza. Tanto que, aos 15 anos, foi goleador do Cearense Sub-17. No ano seguinte, mesmo reserva, repetiu o feito no sub-20. Em quatro clássicos contra o Ceará, fez seis gols.
_ Quando me indicaram o Everton, no primeiro treino, percebi que era rápido e finalizava muito bem. Mesmo mirrado e fraquinho, também era bom de cabeça _ relembra Jorge Veras.
Os gols deram status ao guri no Fortaleza. Era o único a receber mais do que ajuda de custo na base. O presidente Ribamar Bezerra pagava um salário mínimo mensal, como forma de prêmio à sua joia. Indicado por empresários, o atacante entrou na lista de promessas observadas pelo Grêmio. Inter e clubes paulistas. Foi por essa época que entrou no mapa de talentos sul-americanos do milionário Manchester City.
O Grêmio foi mais rápido. Depois de ganhar em Pernambuco a Copa Carpina Sub-16, em 2012, abriu conversas para trazê-lo. O Inter entrou na parada. Mas em vez de contrato, ofereceu período de testes. O Fortaleza rejeitou e acertou a vinda do guri para o Olímpico. Era março de 2013, e Everton chegava ao Grêmio emprestado por um ano. Oito meses depois, o clube depositava R$ 300 mil por 90% dos seus direitos.
Aos 17 anos, a adaptação nesta segunda aventura no Sul foi mais rápida. A saudade era administrada com telefonemas e conversas pela internet.
_ Foi uma adaptação cultural, algo muito comum com meninos que vem de outras realidades. Mesmo assim, no caso dele, foi muito rápido em comparação ao que costuma acontecer. A ascenção rápida não tirou-lhe o foco, Everton entende muito bem o que acontece com ele, por isso é diferenciado _ conta o coordenador técnico Francesco Barletta, um dos responsáveis pela avaliação do guri.
Assim como o seu professor Jorge Veras, Everton fez dos Gre-Nais seu cartão de apresentação. Em sete clássicos na base, marcou cinco gols. Passou rápido pelo sub-17 e parou no sub-20. Dez meses depois da chegada, estava no grupo principal com Enderson Moreira na pré-temporada em Bento Gonçalves. Acabou inscrito na Libertadores, mas ficou apenas na reserva. Ao todo, foram 14 jogos e dois gols no ano passado.
Quatro quilos a mais

O Grêmio trata de lapidar sua promessa. Everton fecha 2014 com quatro quilos a mais de massa muscular. A balança exibe 72 quilos. É possível percebê-lo mais forte para aguentar as trombadas com os zagueiros. A rotina de profissional não o afasta do convívio com a turma dos juniores. É com eles que sai para passeios nos shoppings da Capital, campeonatos de videogame e partidas de futevôlei.
Depois de 16 meses como inquilino do Olímpico, passou a morar com o lateral-esquerdo Breno em 2014. Depois da parceria, o atacante foi morar sozinho. Está instalado em um apartamento confortável na Avenida Padre Cacique pelo seu empresário, Gilmar Veloz, o mesmo de Pato e outras estrelas. O plano é trocar de endereço em breve. Veloz pensa em colocá-lo em apartamento mais próximo ao Humaitá, próximo do CT Luiz Carvalho e da Arena.
O Grêmio já tratou de garanti-lo em contrato até 2018. O City o monitora à distância. Depois da pré-temporada, Everton começará as aulas de inglês. Se Everton mantiver a rotina de queimar etapas com gols, a tendência é de que precise usar o idioma em pouco tempo.
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