Ex-Palmeiras, Marcelo Oliveira é outra novidade do Grêmio para 2015. Foto: Site oficial
O período de bonança dos clubes brasileiros está perto de chegar ao fim. Quem não se adequar, verá sua dívida aumentar e, com isso, afastar possíveis investidores. O fim da parceria do Fluminense com a Unimed é sintomático. Mas está longe de ser o único caso de clube que precisará pisar no freio em salários millionários.
“Todos os clubes estão em crise. Todos precisam buscar uma forma de adequar o salário que pagam para os atletas. É preciso reconhecer que chegamos a um limite", disse Raul Corrêa da Silva, diretor financeiro do Corinthians.
Salários na casa do milhão de reais não serão mais vistos no Brasil. Fred, no Fluminense, e Julio Baptista, no Cruzeiro, estão entre os últimos que se beneficiaram de um período "mão aberta" dos clubes. O campeão brasileiro precisou vender seu principal jogador na campanha do título de 2014 para conseguir honrar compromissos com Baptista.
O Fluminense, que viu terminar uma parceria de 15 anos com a Unimed, terá de reajustar sua folha salarial a uma nova realidade. Fred e Conca tinham mais de metade dos seus rendimentos pagos pela empresa. Rafael Sóbis, que também tinha seus vencimentos atrelados à Unimed, já deixou o clube.
"Hoje talvez a grande dificuldade é fazer uma grande aquisição, mas a remuneração, direitos de imagem e salário, hoje o custo não é tão grande como se imagina. O Fluminense já vinha mudando. Hoje, 50% do elenco é da base, mesmo que para compor. O caminho é continuar o trabalho e buscar o equilíbrio do elenco, de forma competitiva", disse Siemsen quando anunciou o fim da parceria.
O Grêmio é outro clube que precisará forçar um arrocho. O clube gaúcho já se desfez de alguns dos jogadores com salários mais altos do elenco, como Zé Roberto, Rodriguinho e Pará. Ao todo, 10 jogadores já deixaram o clube. Kléber "Gladiador", com salários acima dos R$ 500 mil, voltou de empréstimo do Vasco e também está na lista de dispensa. A intenção do clube é manter Barcos e Marcelo Moreno. A intenção é reduzir em R$ 1,5 milhão a folha salarial do clube.
No São Paulo, uma pedida salarial acima do que o clube poderia pagar, afastou Dudu do clube. O atacante disse que acertaria por R$ 400 mil mensais e o time do Morumbi se afastou. O Palmeiras pagará R$ 300 mil por mês ao jogador.
"O futebol brasileiro não traz recursos suficientes para você segurar os jogadores. Eu queria trazer um reforço de peso para substituir a ida do Kaká aos Estados Unidos e eu corri, dentro dos nossos recursos, e não consegui nenhuma estrela", disse Ataíde Gil Guerreiro, vice-presidente de futebol do São Paulo.
Deixar o Brasil é a saída
Jogadores com altos salários garantidos por contratos antigos precisarão buscar novos mercados para manter o mesmo patamar. Alex, meia de 32 anos do Internacional, tem salários superiores a R$ 700 mil, de acordo com o jornal Zero Hora. Seu salário impede uma renovação simples do contrato que se encerra em junho.
O meia disse na terça-feira que não pretende assinar um pré-contrato com outro clube e que vai esperar o Inter fechar suas negociações para a temporada para tratar do seu contrato. Para ficar no Inter ele teria de aceitar uma redução salarial.
Para manter o alto salário, a saída de Alex e outros jogadores de clubes da Série A é buscar mercados mais abastados como a China e os países do Oriente Médio. Jogadores que estão em empréstimo de times europeus, como é o caso de Robinho, cedido pelo Milan ao Santos, também terão de rever suas altas pedidas. O time paulista convive com jogadores como Arouca e Aranha que entraram na justiça por conta de salários atrasados.
"Trabalhamos para receber, não foi culpa dessa diretoria. Mas os erros da (diretoria) passada estão refletindo. Ficamos tristes de perder jogadores importantes", disse Robinho. "A gente está conversando. As conversas foram muito boas, sempre manifestei desejo de permanecer no clube por um período mais longo. Estamos em bom caminho, mas não tem nada certo".
O preço que mercados como o da China pagam por jogadores brasileiros está fora da realidade dos clubes do País. Segundo Eduardo Uram, empresário de Wellington Nem, ex-Fluminense e hoje no Shakhtar, um time chinês ofereceu 10 milhões de euros ao clube ucraniano pelo jogador. O São Paulo desistiu do negócio.
"Com esses valores eu não tive possibilidade de negociar com o Wellington Nem e fui atrás do Dudu", conta Guerreiro. O Palmeiras pagou 3,5 milhões de euros por 50% do jogador.
Empresários de jogadores vêm notando resistência de alguns clubes em renovar salários de mesmo patamar aos de contratos recentes. No Corinthians, por exemplo, o presidente Mário Gobbi rejeita renovar com Guerreiro nos valores que os empresários do jogador estão pedindo.
VEJA TAMBÉM
- Não vai renovar? Reviravolta na renovação de Edenilson e consequência para presidente Odorico
- Craque voltando de lesão? Willian projeta volta antecipada e reforça o Grêmio contra o Vasco.
- Explicou porque não veio? Roger Guedes explica motivos de não fechamento com Grêmio e possibilidade futura.
O período de bonança dos clubes brasileiros está perto de chegar ao fim. Quem não se adequar, verá sua dívida aumentar e, com isso, afastar possíveis investidores. O fim da parceria do Fluminense com a Unimed é sintomático. Mas está longe de ser o único caso de clube que precisará pisar no freio em salários millionários.
“Todos os clubes estão em crise. Todos precisam buscar uma forma de adequar o salário que pagam para os atletas. É preciso reconhecer que chegamos a um limite", disse Raul Corrêa da Silva, diretor financeiro do Corinthians.
Salários na casa do milhão de reais não serão mais vistos no Brasil. Fred, no Fluminense, e Julio Baptista, no Cruzeiro, estão entre os últimos que se beneficiaram de um período "mão aberta" dos clubes. O campeão brasileiro precisou vender seu principal jogador na campanha do título de 2014 para conseguir honrar compromissos com Baptista.
O Fluminense, que viu terminar uma parceria de 15 anos com a Unimed, terá de reajustar sua folha salarial a uma nova realidade. Fred e Conca tinham mais de metade dos seus rendimentos pagos pela empresa. Rafael Sóbis, que também tinha seus vencimentos atrelados à Unimed, já deixou o clube.
"Hoje talvez a grande dificuldade é fazer uma grande aquisição, mas a remuneração, direitos de imagem e salário, hoje o custo não é tão grande como se imagina. O Fluminense já vinha mudando. Hoje, 50% do elenco é da base, mesmo que para compor. O caminho é continuar o trabalho e buscar o equilíbrio do elenco, de forma competitiva", disse Siemsen quando anunciou o fim da parceria.
O Grêmio é outro clube que precisará forçar um arrocho. O clube gaúcho já se desfez de alguns dos jogadores com salários mais altos do elenco, como Zé Roberto, Rodriguinho e Pará. Ao todo, 10 jogadores já deixaram o clube. Kléber "Gladiador", com salários acima dos R$ 500 mil, voltou de empréstimo do Vasco e também está na lista de dispensa. A intenção do clube é manter Barcos e Marcelo Moreno. A intenção é reduzir em R$ 1,5 milhão a folha salarial do clube.
No São Paulo, uma pedida salarial acima do que o clube poderia pagar, afastou Dudu do clube. O atacante disse que acertaria por R$ 400 mil mensais e o time do Morumbi se afastou. O Palmeiras pagará R$ 300 mil por mês ao jogador.
"O futebol brasileiro não traz recursos suficientes para você segurar os jogadores. Eu queria trazer um reforço de peso para substituir a ida do Kaká aos Estados Unidos e eu corri, dentro dos nossos recursos, e não consegui nenhuma estrela", disse Ataíde Gil Guerreiro, vice-presidente de futebol do São Paulo.
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Jogadores com altos salários garantidos por contratos antigos precisarão buscar novos mercados para manter o mesmo patamar. Alex, meia de 32 anos do Internacional, tem salários superiores a R$ 700 mil, de acordo com o jornal Zero Hora. Seu salário impede uma renovação simples do contrato que se encerra em junho.
O meia disse na terça-feira que não pretende assinar um pré-contrato com outro clube e que vai esperar o Inter fechar suas negociações para a temporada para tratar do seu contrato. Para ficar no Inter ele teria de aceitar uma redução salarial.
Para manter o alto salário, a saída de Alex e outros jogadores de clubes da Série A é buscar mercados mais abastados como a China e os países do Oriente Médio. Jogadores que estão em empréstimo de times europeus, como é o caso de Robinho, cedido pelo Milan ao Santos, também terão de rever suas altas pedidas. O time paulista convive com jogadores como Arouca e Aranha que entraram na justiça por conta de salários atrasados.
"Trabalhamos para receber, não foi culpa dessa diretoria. Mas os erros da (diretoria) passada estão refletindo. Ficamos tristes de perder jogadores importantes", disse Robinho. "A gente está conversando. As conversas foram muito boas, sempre manifestei desejo de permanecer no clube por um período mais longo. Estamos em bom caminho, mas não tem nada certo".
O preço que mercados como o da China pagam por jogadores brasileiros está fora da realidade dos clubes do País. Segundo Eduardo Uram, empresário de Wellington Nem, ex-Fluminense e hoje no Shakhtar, um time chinês ofereceu 10 milhões de euros ao clube ucraniano pelo jogador. O São Paulo desistiu do negócio.
"Com esses valores eu não tive possibilidade de negociar com o Wellington Nem e fui atrás do Dudu", conta Guerreiro. O Palmeiras pagou 3,5 milhões de euros por 50% do jogador.
Empresários de jogadores vêm notando resistência de alguns clubes em renovar salários de mesmo patamar aos de contratos recentes. No Corinthians, por exemplo, o presidente Mário Gobbi rejeita renovar com Guerreiro nos valores que os empresários do jogador estão pedindo.
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