
Marcelo Moreno e Barcos comemoram gol no coletivo de quinta-feira (Foto: Lauro Alves/Agência RBS)
Eram 20 minutos do primeiro coletivo do Grêmio em 2015 quando o desejo dos torcedores presentes ao campo do Gramadense começou a se tornar realidade na última quinta-feira.
Barcos arrancou, driblou e ofereceu a bola a Marcelo Moreno, que só deslocou o goleiro. O argentino e o boliviano se abraçaram, em meio a gritos de euforia oriundos da arquibancada. Um ensaio de luxo para uma parceria que, de problema, está se tornando solução. E motivo de orgulho.
A ideia do Grêmio antes do início da pré-temporada era de negociar um dos dois, sobretudo Moreno, que retornava de empréstimo do Cruzeiro com desejo de permanecer em Minas Gerais. O presidente Romildo Bolzan entendia que não seria possível manter os dois altos salários diante da política de redução da folha salarial do grupo.
Depois, o vice-presidente Adalberto Preis abriu a chance da parceria, diante de corte de gastos em outras áreas. Contribuiu também a falta de propostas. Moreno recebeu muitas sondagens, algumas do Exterior.
Sua vontade, no entanto, era de permanecer no Brasil. Barcos foi assediado pelo futebol mexicano, mas seu alto salário impediu avanço nas negociações. Juntos, os dois somam rendimentos mensais próximos a R$ 1,2 milhão.
Com o dilema financeiro aparentemente superado diante da imposição técnica, é Romildo quem decanta elogios aos dois - Moreno faria mais um gol, de cabeça, e Barcos anotaria após driblar o goleiro, no treinamento na Serra. O presidente tricolor lembra que Moreno e Barcos terminaram 2015 em alta. Os números comprovam.
O boliviano marcou 15 gols no Brasileirão, ficando atrás apenas de Fred e Henrique na artilharia do Nacional. Logo atrás, vem Barcos, com 14 tentos. Ou seja, um total de 29 gols. É o equivalente a quase todo os gols feitos pelo time de Felipão no campeonato - finalizou como o quinto pior ataque, apesar da tranquila sétima posição.
- Me agrada fazer gol, ganhar jogo, ter um time consistente, maduro. A gente teve dificuldade de fazer gols e estamos tentando solucionar esses problemas. Temos dois centroavantes. Eu acho que são dois estrangeiros, um boliviano e um argentino, que precisam se consolidar no Brasil. O Grêmio tem dois goleadores do Brasileirão, não é todo time que tem. Se o problema no ano passado era falta de gols, estamos criando as condições para resolver isso - argumenta.

Nem tudo foi positivo nessa intrincada equação de centroavantes famosos, bem pagos e que despertaram amor e ódio na torcida gremista. Moreno chegou a emitir nota oficial afirmando que gostaria de deixar o Grêmio após um dirigente afirmar que seria melhor o atacante ter permanecido no Cruzeiro. Antes da saída para seu primeiro empréstimo em 2013 para o Flamengo, Moreno causou mal-estar no elenco ao desafiar os demais colegas de ataque a fazer naquele ano os 22 gols que marcara em 2012.
Barcos chegou em 2013 com alarde semelhante ao de Moreno no ano anterior e "destronou" o boliviano. No entanto, só conseguiu deslanchar mesmo na última temporada, em que foi artilheiro do Gauchão e mais do que dobrou sua média de tentos. Antes, precisou conviver com sete grandes períodos de jejuns, dois deles de nove partidas zerado, e, claro, a muitas críticas oriundas das cadeiras da Arena.
Capitão de Felipão, Barcos também é importante na reintegração de Moreno. Em recente entrevista, disse que torcia pela permanência do companheiro de ataque, além de travar conversas com o boliviano.
- O Marcelo é um grande atleta e uma grande pessoa. Ele é bom para o grupo, nós não temos tantos atacantes assim. E um da qualidade dele soma muito para o grupo e para o time. Esperamos que ele fique, se for a vontade dele e ele ficar, acho que ele vai somar muito no ano - destacou o Pirata.

Na reapresentação em Porto Alegre, há uma semana, Moreno parecia bastante deslocado, impressão confirmada pelo diretor executivo Rui Costa, que, mesmo assim, confiava na rápida readaptação. Dito e feito. O ambiente de euforia de torcedores em Gramado, no entanto, o transformou num ídolo relâmpago. Tornou-se um dos atletas mais animados nos treinamentos. Quando Barcos e Moreno se juntam, a histeria é ainda maior.
Como de costume, Felipão tenta não se animar. Mas valoriza as boas opções que tem à disposição. Os dois jogadores têm mais um elemento em comum, além de ser estrangeiros e centroavantes. Os seus contratos com o Grêmio se encerram ao final do ano. Para Scolari, o problema, na verdade, é motivação. Precisam mostrar serviço tanto para permanecer ou para despertar o interesse de outros clubes.
Pelo que se viu no treino de quinta em Gramado, o que mais o torcedor deseja mesmo é vida longa a Moreno e Barcos no Grêmio. Ainda mais quando há passe, chute, gols e abraço. Uma cena que os gremistas, caso a dupla se consolide, dificilmente se cansarão de saborear.
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Eram 20 minutos do primeiro coletivo do Grêmio em 2015 quando o desejo dos torcedores presentes ao campo do Gramadense começou a se tornar realidade na última quinta-feira.
Barcos arrancou, driblou e ofereceu a bola a Marcelo Moreno, que só deslocou o goleiro. O argentino e o boliviano se abraçaram, em meio a gritos de euforia oriundos da arquibancada. Um ensaio de luxo para uma parceria que, de problema, está se tornando solução. E motivo de orgulho.
A ideia do Grêmio antes do início da pré-temporada era de negociar um dos dois, sobretudo Moreno, que retornava de empréstimo do Cruzeiro com desejo de permanecer em Minas Gerais. O presidente Romildo Bolzan entendia que não seria possível manter os dois altos salários diante da política de redução da folha salarial do grupo.
Depois, o vice-presidente Adalberto Preis abriu a chance da parceria, diante de corte de gastos em outras áreas. Contribuiu também a falta de propostas. Moreno recebeu muitas sondagens, algumas do Exterior.
Sua vontade, no entanto, era de permanecer no Brasil. Barcos foi assediado pelo futebol mexicano, mas seu alto salário impediu avanço nas negociações. Juntos, os dois somam rendimentos mensais próximos a R$ 1,2 milhão.
Com o dilema financeiro aparentemente superado diante da imposição técnica, é Romildo quem decanta elogios aos dois - Moreno faria mais um gol, de cabeça, e Barcos anotaria após driblar o goleiro, no treinamento na Serra. O presidente tricolor lembra que Moreno e Barcos terminaram 2015 em alta. Os números comprovam.
O boliviano marcou 15 gols no Brasileirão, ficando atrás apenas de Fred e Henrique na artilharia do Nacional. Logo atrás, vem Barcos, com 14 tentos. Ou seja, um total de 29 gols. É o equivalente a quase todo os gols feitos pelo time de Felipão no campeonato - finalizou como o quinto pior ataque, apesar da tranquila sétima posição.
- Me agrada fazer gol, ganhar jogo, ter um time consistente, maduro. A gente teve dificuldade de fazer gols e estamos tentando solucionar esses problemas. Temos dois centroavantes. Eu acho que são dois estrangeiros, um boliviano e um argentino, que precisam se consolidar no Brasil. O Grêmio tem dois goleadores do Brasileirão, não é todo time que tem. Se o problema no ano passado era falta de gols, estamos criando as condições para resolver isso - argumenta.

Nem tudo foi positivo nessa intrincada equação de centroavantes famosos, bem pagos e que despertaram amor e ódio na torcida gremista. Moreno chegou a emitir nota oficial afirmando que gostaria de deixar o Grêmio após um dirigente afirmar que seria melhor o atacante ter permanecido no Cruzeiro. Antes da saída para seu primeiro empréstimo em 2013 para o Flamengo, Moreno causou mal-estar no elenco ao desafiar os demais colegas de ataque a fazer naquele ano os 22 gols que marcara em 2012.
Barcos chegou em 2013 com alarde semelhante ao de Moreno no ano anterior e "destronou" o boliviano. No entanto, só conseguiu deslanchar mesmo na última temporada, em que foi artilheiro do Gauchão e mais do que dobrou sua média de tentos. Antes, precisou conviver com sete grandes períodos de jejuns, dois deles de nove partidas zerado, e, claro, a muitas críticas oriundas das cadeiras da Arena.
Capitão de Felipão, Barcos também é importante na reintegração de Moreno. Em recente entrevista, disse que torcia pela permanência do companheiro de ataque, além de travar conversas com o boliviano.
- O Marcelo é um grande atleta e uma grande pessoa. Ele é bom para o grupo, nós não temos tantos atacantes assim. E um da qualidade dele soma muito para o grupo e para o time. Esperamos que ele fique, se for a vontade dele e ele ficar, acho que ele vai somar muito no ano - destacou o Pirata.

Na reapresentação em Porto Alegre, há uma semana, Moreno parecia bastante deslocado, impressão confirmada pelo diretor executivo Rui Costa, que, mesmo assim, confiava na rápida readaptação. Dito e feito. O ambiente de euforia de torcedores em Gramado, no entanto, o transformou num ídolo relâmpago. Tornou-se um dos atletas mais animados nos treinamentos. Quando Barcos e Moreno se juntam, a histeria é ainda maior.
Como de costume, Felipão tenta não se animar. Mas valoriza as boas opções que tem à disposição. Os dois jogadores têm mais um elemento em comum, além de ser estrangeiros e centroavantes. Os seus contratos com o Grêmio se encerram ao final do ano. Para Scolari, o problema, na verdade, é motivação. Precisam mostrar serviço tanto para permanecer ou para despertar o interesse de outros clubes.
Pelo que se viu no treino de quinta em Gramado, o que mais o torcedor deseja mesmo é vida longa a Moreno e Barcos no Grêmio. Ainda mais quando há passe, chute, gols e abraço. Uma cena que os gremistas, caso a dupla se consolide, dificilmente se cansarão de saborear.
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