
Júnior em seu primeiro no CT do Grêmio no fim de janeiro (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com)
Felipão perdeu a partida de quarta para o Aimoré, mas encontrou provavelmente a solução para a lateral esquerda do Grêmio. Tratado como o jovem mais promissor da posição no clube, Carlos Eugenio Júnior Tavares dos Santos, de apenas 18 anos, ainda nem era nascido quando Scolari fazia do Tricolor bicampeão da América.
Mesmo jovem, se acostumou a pular etapas e até superar a rivalidade Gre-Nal. Se precisou diminuir o nome para Júnior, só fez crescer seu futebol nos últimos anos. Para fincar pé na posição de carência crônica e que tinha o peso de Zé Roberto na última temporada.
A história de Júnior começa semelhante à de Roger Machado, hoje treinador do Novo Hamburgo e ex-lateral-esquerdo histórico do Grêmio, campeão da Libertadores de 1995 sob comando do mesmo Felipão. Assim como Roger, Júnior tentou primeiramente a sorte no Inter. Sem chances, ficou menos de um ano e, aos 13, aportou no Olímpico, para nunca mais sair.
- A escola do Júnior é o Grêmio - define, orgulhoso dos resultados, o empresário Fabiano Carpegiani, que o auxilia desde o princípio no Tricolor.
A trajetória de ascensão contou com percalços, como costuma ser de praxe no mundo da bola. Quando treinava no sub-17, passou por momentos em que teve poucas oportunidades - antes, em 2011, chegou a ser convocado para a seleção sub-15. O que poderia surgir como o fim da linha no clube se transformou numa nova porta aberta em categoria superior. Treinador do sub-19, James Freitas recrutou Júnior, uma vez que precisava de um lateral.
- Faltava a ele um pouco de foco, não estava sendo aproveitado. No sub-19, tratamos os jovens como adultos, profissionais. Essa mudança de dinâmica o ajudou muito também. Precisava deixar de ser um menino e se transformar num homem - conta James.
A transformação de Júnior deu tão certo que hoje James não vê mais no seu pupilo um reduto de inquietações juvenis. Pelo contrário. Define o lateral como um atleta extremamente frio, capaz de suportar pressões acima da média para um iniciante de 18 anos. Com 1m78cm, também passou por um trabalho de potência muscular. Renascido no sub-19, foi inclusive chamado de volta ao sub-17 para se destacar no tradicional torneio de Santiago, no início de 2014.
- O Júnior tem uma característica de personalidade distinta. Ele é um jogador de jogo grande. Emocionalmente, não tem mais oscilação. Muito frio e concentrado - exalta. - Rapidamente, passou a ser superior até aos garotos do sub-20 e hoje, sem dúvida, é o jovem mais bem preparado para exercer essa função no profissional.
Copa São Paulo: golaço e passaporte
Com a cabeça feita, ficou mais fácil para Júnior colocar em prática o que mais sabe fazer como lateral: atacar. A vocação se explica pelo seu passado como atacante ao chegar no Grêmio. Não tem medo de ingressar na área rival, como se viu diante do Aimoré. Muito menos de bater faltas - foi dono de belo gol na Copa São Paulo, em janeiro.
O torneio no estado paulista, aliás, é tratado por James como o passaporte definitivo de Júnior aos profissionais. Ele já havia passado alguns meses com Felipão em treinos no segundo semestre do ano passado.
O destaque na campanha do Tricolor até as quartas de final confirmou a boa impressão de Scolari sobre a joia, a ponto de ele virar titular sem entrar em partidas anteriores, cerca de dez dias após deixar a Copinha. Desbancou mais uma cria da base, Marcelo Hermes. Outro jovem da função era Liverson, que treinou na pré-temporada em Gramado, mas desceu de categoria.
- O Felipão gostou da sua iniciativa, da sua agressividade em campo. Isso que está acontecendo agora era uma questão de tempo - confirma James.
Quem conhece Júnior há ainda mais tempo e saboreia com carinho o momento é o empresário Fabiano Carpegiani, que o acompanha praticamente desde o início de sua trajetória no Grêmio. Foi pelas mãos do agente que Júnior passou a ter maior estabilidade na vida ao deixar a humilde zona da Cohab Cavalhada, em Porto Alegre, rumo ao bairro Menino Deus, próximo ao Olímpico.
É num lar mais confortável que Júnior cuida de Caio Jr, seu filho de 1 ano e quatro meses. O nascimento do garoto o ajudou a acumular mais experiência e atingir a maturidade vista no gramado do Cristo Rei também na vida. Júnior não tem deslumbramentos.
Até porque tem um exemplo em casa. O pai, Carlos Eugênio, jogou até o limite da base do Grêmio, mas abandonou a carreira aos 20 anos. Até hoje, trabalha como segurança, mas passou para o filho a habilidade na perna esquerda e a vontade de dar certo no futebol. Os conselhos são quase diários e ainda mais intensos antes de jogos importantes.
- É um guri gente boa, humilde e que não se ilude. Tem potencial e personalidade. O resto será consequência - confia Carpegiani.
O foco é tanto que a renovação do contrato está encaminhada. O vínculo atual se estende até o final de 2015. No entanto, pelo que se viu diante do Aimoré, o ponto quase isolado de lucidez em meio à amarga derrota quer ficar por muito tempo. Ao contrário do que costumara fazer na base dada sua qualidade, Júnior, que fará 19 anos em agosto, não pensa de forma alguma em pular essa nova etapa na carreira.

Júnior mostrou personalidade contra o Aimoré (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
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Felipão perdeu a partida de quarta para o Aimoré, mas encontrou provavelmente a solução para a lateral esquerda do Grêmio. Tratado como o jovem mais promissor da posição no clube, Carlos Eugenio Júnior Tavares dos Santos, de apenas 18 anos, ainda nem era nascido quando Scolari fazia do Tricolor bicampeão da América.
Mesmo jovem, se acostumou a pular etapas e até superar a rivalidade Gre-Nal. Se precisou diminuir o nome para Júnior, só fez crescer seu futebol nos últimos anos. Para fincar pé na posição de carência crônica e que tinha o peso de Zé Roberto na última temporada.
A história de Júnior começa semelhante à de Roger Machado, hoje treinador do Novo Hamburgo e ex-lateral-esquerdo histórico do Grêmio, campeão da Libertadores de 1995 sob comando do mesmo Felipão. Assim como Roger, Júnior tentou primeiramente a sorte no Inter. Sem chances, ficou menos de um ano e, aos 13, aportou no Olímpico, para nunca mais sair.
- A escola do Júnior é o Grêmio - define, orgulhoso dos resultados, o empresário Fabiano Carpegiani, que o auxilia desde o princípio no Tricolor.
A trajetória de ascensão contou com percalços, como costuma ser de praxe no mundo da bola. Quando treinava no sub-17, passou por momentos em que teve poucas oportunidades - antes, em 2011, chegou a ser convocado para a seleção sub-15. O que poderia surgir como o fim da linha no clube se transformou numa nova porta aberta em categoria superior. Treinador do sub-19, James Freitas recrutou Júnior, uma vez que precisava de um lateral.
- Faltava a ele um pouco de foco, não estava sendo aproveitado. No sub-19, tratamos os jovens como adultos, profissionais. Essa mudança de dinâmica o ajudou muito também. Precisava deixar de ser um menino e se transformar num homem - conta James.
A transformação de Júnior deu tão certo que hoje James não vê mais no seu pupilo um reduto de inquietações juvenis. Pelo contrário. Define o lateral como um atleta extremamente frio, capaz de suportar pressões acima da média para um iniciante de 18 anos. Com 1m78cm, também passou por um trabalho de potência muscular. Renascido no sub-19, foi inclusive chamado de volta ao sub-17 para se destacar no tradicional torneio de Santiago, no início de 2014.
- O Júnior tem uma característica de personalidade distinta. Ele é um jogador de jogo grande. Emocionalmente, não tem mais oscilação. Muito frio e concentrado - exalta. - Rapidamente, passou a ser superior até aos garotos do sub-20 e hoje, sem dúvida, é o jovem mais bem preparado para exercer essa função no profissional.
Copa São Paulo: golaço e passaporte
Com a cabeça feita, ficou mais fácil para Júnior colocar em prática o que mais sabe fazer como lateral: atacar. A vocação se explica pelo seu passado como atacante ao chegar no Grêmio. Não tem medo de ingressar na área rival, como se viu diante do Aimoré. Muito menos de bater faltas - foi dono de belo gol na Copa São Paulo, em janeiro.
O torneio no estado paulista, aliás, é tratado por James como o passaporte definitivo de Júnior aos profissionais. Ele já havia passado alguns meses com Felipão em treinos no segundo semestre do ano passado.
O destaque na campanha do Tricolor até as quartas de final confirmou a boa impressão de Scolari sobre a joia, a ponto de ele virar titular sem entrar em partidas anteriores, cerca de dez dias após deixar a Copinha. Desbancou mais uma cria da base, Marcelo Hermes. Outro jovem da função era Liverson, que treinou na pré-temporada em Gramado, mas desceu de categoria.
- O Felipão gostou da sua iniciativa, da sua agressividade em campo. Isso que está acontecendo agora era uma questão de tempo - confirma James.
Quem conhece Júnior há ainda mais tempo e saboreia com carinho o momento é o empresário Fabiano Carpegiani, que o acompanha praticamente desde o início de sua trajetória no Grêmio. Foi pelas mãos do agente que Júnior passou a ter maior estabilidade na vida ao deixar a humilde zona da Cohab Cavalhada, em Porto Alegre, rumo ao bairro Menino Deus, próximo ao Olímpico.
É num lar mais confortável que Júnior cuida de Caio Jr, seu filho de 1 ano e quatro meses. O nascimento do garoto o ajudou a acumular mais experiência e atingir a maturidade vista no gramado do Cristo Rei também na vida. Júnior não tem deslumbramentos.
Até porque tem um exemplo em casa. O pai, Carlos Eugênio, jogou até o limite da base do Grêmio, mas abandonou a carreira aos 20 anos. Até hoje, trabalha como segurança, mas passou para o filho a habilidade na perna esquerda e a vontade de dar certo no futebol. Os conselhos são quase diários e ainda mais intensos antes de jogos importantes.
- É um guri gente boa, humilde e que não se ilude. Tem potencial e personalidade. O resto será consequência - confia Carpegiani.
O foco é tanto que a renovação do contrato está encaminhada. O vínculo atual se estende até o final de 2015. No entanto, pelo que se viu diante do Aimoré, o ponto quase isolado de lucidez em meio à amarga derrota quer ficar por muito tempo. Ao contrário do que costumara fazer na base dada sua qualidade, Júnior, que fará 19 anos em agosto, não pensa de forma alguma em pular essa nova etapa na carreira.

Júnior mostrou personalidade contra o Aimoré (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
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