Se no Gre-Nal das 18h30 deste domingo os dois times chegarão ainda como incógnitas, pelas oscilações apresentadas neste início de ano, uma coisa é certa: os opostos realmente estarão entre Inter e Grêmio no Beira-Rio. Afinal, há a ostentação de um lado contra a política de contenção de gastos, a consequente valorização de jogadores renomados contra meninos.
O único ponto em que ocorre a inversão diz respeito ao reservado. Diego Aguirre busca se consolidar no cenário brasileiro, enquanto Felipão tem em seu currículo os títulos que o credenciaram a ser um dos principais técnicos dos últimos 20 anos do país.
O GloboEsporte.com elenca fatores dessas diferenças:
inter contrata, grêmio vende
Até por lutar pelo tricampeonato continental, a direção do Inter não poupou esforços para incrementar as opções de Aguirre. O aeroporto virou um ponto de encontro dos torcedores. Afinal, não param de desembarcar jogadores. O último foi Lisandro López - que ainda não tem condições de atuar. Antes dele vieram Léo, Réver, Nilton, Nicolás Freitas, Anderson e Vitinho. Destes, apenas o uruguaio Freitas não saiu de algum clube ou mercado relevante.
Se o Inter não "nada em dinheiro", o ingresso no torneio continental lhe permite investimentos pesados. O ex-gremista Anderson, por exemplo, chegou com salário na casa dos R$ 450 mil mensais, que serão somados com R$ 5 milhões de luvas, divididos ao longo do contrato de 48 meses. Houve poucas saídas, definidas por critérios técnicos, sem deixar saudades, casos do meia Alan Patrick, dos laterais Gilberto e Wellington Silva e do atacante Wellington Paulista.
Por outro lado, o Salgado Filho é sinônimo de despedidas aos tricolores. Marcelo Moreno e Barcos foram as perdas mais sentidas. Além deles, Pará, Bressan, Alan Ruiz, Zé Roberto e Dudu são algumas das peças que já não se encontram no grupo de Felipão. No total, houve 13 saídas do elenco principal desde o Brasileirão passado.
As quatro contratações foram sem alarde nem alto salários: os laterais Galhardo, Marcelo Oliveira, o zagueiro Erazo e o meia Douglas.Com as perdas de Moreno e Barcos, no entanto, a direção promete ao menos mais dois nomes. Mesmo assim, tentará diminuir ainda mais a folha, que já sofreu cortes na casa dos R$ 3 milhões - algo que pode ocorrer assim que se livre dos descartados Edinho e Kleber.
trintões contra a garotada
Esse cenário reflete na montagem dos grupos. O Colorado tem os "medalhões" Dida, Juan, Aránguiz, D'Alessandro, Alex, Jorge Henrique e Nilmar. De garotos, aparecem Alisson, Alan Costa, Cláudio Winck, Valdívia e Eduardo Sasha como titulares ou peças importantes na hierarquia. Trata-se de um elenco experiente. A média de idade passa dos 25 anos, é o novo grupo mais velho do Gauchão. Tem também o atleta mais longevo, Dida, de 41 anos.
Inter
Média do grupo: 25,3 anos
9ª mais velha do Gauchão
Grêmio
Média do grupo: 21,9 anos
Elenco mais jovem do Gauchão
Com o Grêmio, é bem diferente. De trintão, só há Douglas, com 33 anos. Os demais expoentes técnicos e de liderança têm menos de 30, como Marcelo Grohe, Rhodolfo e Giuliano. Para se ter uma ideia da juventude, 21 dos 31 atletas do plantel são formados na base. Cabe ao Grêmio a menor média de idade do estadual, 21,9, e ainda o fato de ter o atleta mais jovem do torneio, Lincoln, com 16. Situação que preocupa Scolari, temeroso em ver garotos "queimados" no clássico de domingo.
O remoçado elenco tricolor também contribuiu para acentuar outra discrepância entre as equipes: o número de estreantes. Pelo lado do Inter, Léo, Freitas, Nilton, Vitinho e Sasha podem debutar. No Grêmio, a gama é bem maior: Galhardo, Erazo, Júnior, Araújo, Marcelo Hermes, Marcelo Oliveira, Pedro Rocha, Everton e Everaldo.
treinadores: coadjuvante e estrela
Há um ponto em que o Grêmio parece ter vantagem. O plantel recheado de jogadores com qualidades reconhecidas deixam Aguirre como um coadjuvante, diferentemente do que se via no ano passado com Abel Braga, multicampeão pelo Colorado em passagem anterior. O uruguaio ainda tenta se afirmar no mercado brasileiro após ganhar destaque pelo trabalho realizado no Peñarol, quando levou o time ao vice-campeonato da Libertadores, em 2011, e desmitificar a má reputação de treinadores estrangeiros no país.
Felipão, bem ao contrário, é a principal estrela e fonte de esperança dos tricolores na condução de um time em formação, carro-chefe da direção no processo de se trabalhar com menos dinheiro e mais garotos, como já fizera com sucesso nos anos 1990. Sua ligação com o clube, no qual venceu quase tudo incluindo Libertadores, e as taças conquistadas por onde passou ainda o permitem gozar do status de um principais treinadores do país, mesmo que sem sucesso nos últimos anos e a mancha pelo fracasso na Copa passada.
As escalações, como é habitual em cada clássico, só serão conhecidas minutos antes de os dois times adentrarem o gramado do Beira-Rio. Há a tendência de o Colorado entrar com uma equipe mista, até por priorizar a Libertadores. A missão tricolor será ignorar esse panorama e apostar na qualidade do trabalho de Felipão mais uma vez. O clássico será disputado neste domingo, às 18h30, no Beira-Rio.
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O único ponto em que ocorre a inversão diz respeito ao reservado. Diego Aguirre busca se consolidar no cenário brasileiro, enquanto Felipão tem em seu currículo os títulos que o credenciaram a ser um dos principais técnicos dos últimos 20 anos do país.
O GloboEsporte.com elenca fatores dessas diferenças:
inter contrata, grêmio vende
Até por lutar pelo tricampeonato continental, a direção do Inter não poupou esforços para incrementar as opções de Aguirre. O aeroporto virou um ponto de encontro dos torcedores. Afinal, não param de desembarcar jogadores. O último foi Lisandro López - que ainda não tem condições de atuar. Antes dele vieram Léo, Réver, Nilton, Nicolás Freitas, Anderson e Vitinho. Destes, apenas o uruguaio Freitas não saiu de algum clube ou mercado relevante.
Se o Inter não "nada em dinheiro", o ingresso no torneio continental lhe permite investimentos pesados. O ex-gremista Anderson, por exemplo, chegou com salário na casa dos R$ 450 mil mensais, que serão somados com R$ 5 milhões de luvas, divididos ao longo do contrato de 48 meses. Houve poucas saídas, definidas por critérios técnicos, sem deixar saudades, casos do meia Alan Patrick, dos laterais Gilberto e Wellington Silva e do atacante Wellington Paulista.
Por outro lado, o Salgado Filho é sinônimo de despedidas aos tricolores. Marcelo Moreno e Barcos foram as perdas mais sentidas. Além deles, Pará, Bressan, Alan Ruiz, Zé Roberto e Dudu são algumas das peças que já não se encontram no grupo de Felipão. No total, houve 13 saídas do elenco principal desde o Brasileirão passado.
As quatro contratações foram sem alarde nem alto salários: os laterais Galhardo, Marcelo Oliveira, o zagueiro Erazo e o meia Douglas.Com as perdas de Moreno e Barcos, no entanto, a direção promete ao menos mais dois nomes. Mesmo assim, tentará diminuir ainda mais a folha, que já sofreu cortes na casa dos R$ 3 milhões - algo que pode ocorrer assim que se livre dos descartados Edinho e Kleber.
trintões contra a garotada
Esse cenário reflete na montagem dos grupos. O Colorado tem os "medalhões" Dida, Juan, Aránguiz, D'Alessandro, Alex, Jorge Henrique e Nilmar. De garotos, aparecem Alisson, Alan Costa, Cláudio Winck, Valdívia e Eduardo Sasha como titulares ou peças importantes na hierarquia. Trata-se de um elenco experiente. A média de idade passa dos 25 anos, é o novo grupo mais velho do Gauchão. Tem também o atleta mais longevo, Dida, de 41 anos.
Inter
Média do grupo: 25,3 anos
9ª mais velha do Gauchão
Grêmio
Média do grupo: 21,9 anos
Elenco mais jovem do Gauchão
Com o Grêmio, é bem diferente. De trintão, só há Douglas, com 33 anos. Os demais expoentes técnicos e de liderança têm menos de 30, como Marcelo Grohe, Rhodolfo e Giuliano. Para se ter uma ideia da juventude, 21 dos 31 atletas do plantel são formados na base. Cabe ao Grêmio a menor média de idade do estadual, 21,9, e ainda o fato de ter o atleta mais jovem do torneio, Lincoln, com 16. Situação que preocupa Scolari, temeroso em ver garotos "queimados" no clássico de domingo.
O remoçado elenco tricolor também contribuiu para acentuar outra discrepância entre as equipes: o número de estreantes. Pelo lado do Inter, Léo, Freitas, Nilton, Vitinho e Sasha podem debutar. No Grêmio, a gama é bem maior: Galhardo, Erazo, Júnior, Araújo, Marcelo Hermes, Marcelo Oliveira, Pedro Rocha, Everton e Everaldo.
treinadores: coadjuvante e estrela
Há um ponto em que o Grêmio parece ter vantagem. O plantel recheado de jogadores com qualidades reconhecidas deixam Aguirre como um coadjuvante, diferentemente do que se via no ano passado com Abel Braga, multicampeão pelo Colorado em passagem anterior. O uruguaio ainda tenta se afirmar no mercado brasileiro após ganhar destaque pelo trabalho realizado no Peñarol, quando levou o time ao vice-campeonato da Libertadores, em 2011, e desmitificar a má reputação de treinadores estrangeiros no país.
Felipão, bem ao contrário, é a principal estrela e fonte de esperança dos tricolores na condução de um time em formação, carro-chefe da direção no processo de se trabalhar com menos dinheiro e mais garotos, como já fizera com sucesso nos anos 1990. Sua ligação com o clube, no qual venceu quase tudo incluindo Libertadores, e as taças conquistadas por onde passou ainda o permitem gozar do status de um principais treinadores do país, mesmo que sem sucesso nos últimos anos e a mancha pelo fracasso na Copa passada.
As escalações, como é habitual em cada clássico, só serão conhecidas minutos antes de os dois times adentrarem o gramado do Beira-Rio. Há a tendência de o Colorado entrar com uma equipe mista, até por priorizar a Libertadores. A missão tricolor será ignorar esse panorama e apostar na qualidade do trabalho de Felipão mais uma vez. O clássico será disputado neste domingo, às 18h30, no Beira-Rio.
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