
Eles são gaúchos, músicos e apaixonados por rock and roll. No palco, adotam funções semelhantes ao tocar guitarra, violão e assumir o vocal de suas bandas. Longe dos holofotes, também conservam um “vício” em comum: o futebol. O esporte, por sinal, é um poucos assuntos que opõe as duas trajetórias, além da diferença de idade. Aos 51 anos, Humberto Gessinger, da Engenheiros do Hawaii e da Pouca Vogal, é “doente” pelo Grêmio. Dez anos mais novo, Beto Bruno, responsável pelo vocal na Cachorro Grande, é fanático pelo Inter. Estarão em lados opostos no Gre-Nal do próximo domingo, às 18h30, no Beira-Rio, válido pela 8ª rodada do Gauchão. Separados… Mas nem tanto assim.
A rivalidade que os afasta também os faz convergir neste clássico de número 404, pioneiro ao adotar pela primeira vez um setor com torcida mista nas arquibancadas. Ambos são entusiastas da ideia, e como os dois mil colorados e gremistas que ocuparão o espaço, estão lado a lado ao dizer que iniciativa é o primeiro passo rumo à paz nos estádios.
- O Gre-Nal é um dos maiores espetáculos do Brasil. Em alguns momentos, é maior do que o campeonato que estão disputando. Está cada vez mais difícil de se frequentar um estádio, então isso seria um começo da melhora. É só o começo, mas é sensacional. Sempre que vou para Porto Alegre, vejo gremistas e colorados juntos. Quando eu estou no sul, o pessoal todo se reúne para ir ver o Gre-Nal na casa de alguém. Imagina? Tem que ir para o estádio - se empolga Bruno ao GloboEsporte.com.
- Eu realmente acredito que a melhora demora um tempo, mas acaba prevalecendo. Então, é possível voltar a uma convivência civilizada. Se não, a rivalidade perde todo o sentido. Clássico com torcida única, perde todo o sentido. Essa iniciativa é bem legal, claro que com ressalvas. É um setor cercado de proteções, tem que levar um amigo, mas eu torço para que tudo dê certo e que seja o início de uma iniciativa mais geral de diminuir a violência - destaca Gessinger.
Otimistas, os dois músicos relembram de Gre-Nais de suas infâncias para sustentar suas opiniões. Gessinger não se recorda de um clássico específico - o mais nítido em sua memória foi o que decretara o adeus ao Olímpico, em 2012 - mas descreve o ambiente que vivia na velha casa gremista e no antigo Beira-Rio em meio a torcedores das duas equipes.
- Eu ia ao Beira-Rio e ao Olímpico sem medo de que fosse ocorrer alguma coisa mais séria. Nem se imaginava que poderia acontecer. O máximo que eu temia era levar um saco de xixi na cabeça - se diverte - Me lembro que ia cedo para o estádio, era uma gritaria total. Era um Gre-Nal popular, com gente de tudo que é classe social. Hoje, com os ingressos mais caros, os tempos são mais violentos. Não dá para vincular uma coisa com a outra, mas as coisas estão sendo tratadas com normalidade.
Bruno, por sua vez, não viveu seu “Gre-Nal inesquecível” no Beira-Rio, mas sim em sua Passo Fundo natal, quando vibrou com o histórico 5 a 2 aplicado, pelo Brasileirão de 2007. Empolgado, ao convesar com o GloboEsporte.com por telefone, também relembra do clássico em que Fernandão anotou o gol mil da rivalidade, em 2004. Ambos vividos próximo a torcedores do Grêmio.
- Eu me lembro de cara do Gre-nal dos 5 a 2. Eu estava na frente do nosso prédio, e na frente morava uma família de amigões nossos. A gente tirou sarro, naquela época o Inter não tinha muito do que se gabar, então foi uma grande gozação, mas ninguém brigou. Era uma coisa divertida. Hoje damos risada disso. Outro clássico marcante foi o do gol mil do Fernandão. Éramos em 10 gaúchos, em um show no interior do Mato Grosso. Cinco gremistas e cinco colorados. Eles, que perderam, tiveram de pagar a conta - conta, entre risos.
Se demonstram animação com a inclusão entre torcidas no primeiro clássico em 2015, Gessinger e Bruno estarão bem longe do Beira-Rio no próximo domingo. O gremista aproveitará o último fim de semana de férias, antes de ingressar em turnê, para descansar em Gramado, na serra gaúcha. Lá, assistirá ao clássico ao lado do cachorro Bóris, da raça cocker. “Morrendo de saudades de Porto Alegre”, o colorado se reunirá com outros gaúchos da Vila Mariana, onde mora em São Paulo. Ambos conservam o mesmo otimismo com suas equipes diante do clássico e demonstram confiança ao selar seus palpites para o clássico.
Bruno pede calma a Diego Aguirre, em meio ao início de trabalho, e aposta na eficiência do estreante em clássicos Vitinho para marcar duas vezes e selar o placar. Mesmo que o atacante possa ficar fora do possível time misto de Diego Aguirre.
- Não dá para dizer. Não dá para ficar criticando, tenho acompanhado os jogos do Gauchão, os resultados estão aparecendo. Faz muito mal ao grupo. É o contrário. tem que incentivar, que as coisas começam a melhorarar. Eu gosto desse Vitinho. Pode anotar: vai ser 2 a 0 - aposta.
Gessinger, por sua vez, respalda o projeto de retenção de custos implementado pela atual diretoria gremista. "Com o vento contra", aposta em Fellipe Bastos para assegurar a vitória.
- Sempre rola um pouco de medo, mas comparando com outros gremistas, estou otimista. O clássico pode reverter a razào. Então, vamos nessas. Me criei nos anos 70, que também eram difíceis, e a gente fazia uns crimes contra eles. Gre-Nal é um clássico de superação. Me vem à mente os 4 a 1 do ano passado. Felipão é um cara que vai bem com o vento contra ele. Aposto no 1 a 0, com gol de Fellipe Bastos, que já chutou 60 bolas e não conseguiu marcar ainda - devolve.
Certos ou errados, os dois terão a prova às 18h30 do próximo domingo, quando os atletas de Grêmio e Inter enfim pisarão o gramado do Beira-Rio.
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A rivalidade que os afasta também os faz convergir neste clássico de número 404, pioneiro ao adotar pela primeira vez um setor com torcida mista nas arquibancadas. Ambos são entusiastas da ideia, e como os dois mil colorados e gremistas que ocuparão o espaço, estão lado a lado ao dizer que iniciativa é o primeiro passo rumo à paz nos estádios.
- O Gre-Nal é um dos maiores espetáculos do Brasil. Em alguns momentos, é maior do que o campeonato que estão disputando. Está cada vez mais difícil de se frequentar um estádio, então isso seria um começo da melhora. É só o começo, mas é sensacional. Sempre que vou para Porto Alegre, vejo gremistas e colorados juntos. Quando eu estou no sul, o pessoal todo se reúne para ir ver o Gre-Nal na casa de alguém. Imagina? Tem que ir para o estádio - se empolga Bruno ao GloboEsporte.com.
- Eu realmente acredito que a melhora demora um tempo, mas acaba prevalecendo. Então, é possível voltar a uma convivência civilizada. Se não, a rivalidade perde todo o sentido. Clássico com torcida única, perde todo o sentido. Essa iniciativa é bem legal, claro que com ressalvas. É um setor cercado de proteções, tem que levar um amigo, mas eu torço para que tudo dê certo e que seja o início de uma iniciativa mais geral de diminuir a violência - destaca Gessinger.
Otimistas, os dois músicos relembram de Gre-Nais de suas infâncias para sustentar suas opiniões. Gessinger não se recorda de um clássico específico - o mais nítido em sua memória foi o que decretara o adeus ao Olímpico, em 2012 - mas descreve o ambiente que vivia na velha casa gremista e no antigo Beira-Rio em meio a torcedores das duas equipes.
- Eu ia ao Beira-Rio e ao Olímpico sem medo de que fosse ocorrer alguma coisa mais séria. Nem se imaginava que poderia acontecer. O máximo que eu temia era levar um saco de xixi na cabeça - se diverte - Me lembro que ia cedo para o estádio, era uma gritaria total. Era um Gre-Nal popular, com gente de tudo que é classe social. Hoje, com os ingressos mais caros, os tempos são mais violentos. Não dá para vincular uma coisa com a outra, mas as coisas estão sendo tratadas com normalidade.
Bruno, por sua vez, não viveu seu “Gre-Nal inesquecível” no Beira-Rio, mas sim em sua Passo Fundo natal, quando vibrou com o histórico 5 a 2 aplicado, pelo Brasileirão de 2007. Empolgado, ao convesar com o GloboEsporte.com por telefone, também relembra do clássico em que Fernandão anotou o gol mil da rivalidade, em 2004. Ambos vividos próximo a torcedores do Grêmio.
- Eu me lembro de cara do Gre-nal dos 5 a 2. Eu estava na frente do nosso prédio, e na frente morava uma família de amigões nossos. A gente tirou sarro, naquela época o Inter não tinha muito do que se gabar, então foi uma grande gozação, mas ninguém brigou. Era uma coisa divertida. Hoje damos risada disso. Outro clássico marcante foi o do gol mil do Fernandão. Éramos em 10 gaúchos, em um show no interior do Mato Grosso. Cinco gremistas e cinco colorados. Eles, que perderam, tiveram de pagar a conta - conta, entre risos.
Se demonstram animação com a inclusão entre torcidas no primeiro clássico em 2015, Gessinger e Bruno estarão bem longe do Beira-Rio no próximo domingo. O gremista aproveitará o último fim de semana de férias, antes de ingressar em turnê, para descansar em Gramado, na serra gaúcha. Lá, assistirá ao clássico ao lado do cachorro Bóris, da raça cocker. “Morrendo de saudades de Porto Alegre”, o colorado se reunirá com outros gaúchos da Vila Mariana, onde mora em São Paulo. Ambos conservam o mesmo otimismo com suas equipes diante do clássico e demonstram confiança ao selar seus palpites para o clássico.
Bruno pede calma a Diego Aguirre, em meio ao início de trabalho, e aposta na eficiência do estreante em clássicos Vitinho para marcar duas vezes e selar o placar. Mesmo que o atacante possa ficar fora do possível time misto de Diego Aguirre.
- Não dá para dizer. Não dá para ficar criticando, tenho acompanhado os jogos do Gauchão, os resultados estão aparecendo. Faz muito mal ao grupo. É o contrário. tem que incentivar, que as coisas começam a melhorarar. Eu gosto desse Vitinho. Pode anotar: vai ser 2 a 0 - aposta.
Gessinger, por sua vez, respalda o projeto de retenção de custos implementado pela atual diretoria gremista. "Com o vento contra", aposta em Fellipe Bastos para assegurar a vitória.
- Sempre rola um pouco de medo, mas comparando com outros gremistas, estou otimista. O clássico pode reverter a razào. Então, vamos nessas. Me criei nos anos 70, que também eram difíceis, e a gente fazia uns crimes contra eles. Gre-Nal é um clássico de superação. Me vem à mente os 4 a 1 do ano passado. Felipão é um cara que vai bem com o vento contra ele. Aposto no 1 a 0, com gol de Fellipe Bastos, que já chutou 60 bolas e não conseguiu marcar ainda - devolve.
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