A chegada do uruguaio Braian Rodríguez reforça uma característica que Luiz Felipe Scolari utiliza em suas equipes: a presença de um camisa 9. Desde sua primeira passagem pelo Grêmio, quando Lima era seu centroavante na conquista do Gauchão 1987, o treinador quase sempre escalou um jogador como referência na área.
Um dos mais marcantes, sem dúvidas, foi Jardel. Afinal, não há um gremista que não lembre dos 12 gols marcados na campanha do título na Libertadores 1995. Ainda na década de 1990, Felipão comandou outros dois centroavantes no Grêmio. Em 1996, Zé Afonso ajudou o time a conquistar o Brasileirão. E em 1994, Nildo marcou o gol do título da Copa do Brasil sobre o Ceará.
— O Felipão é um dos poucos técnicos que manteve esta característica. Sempre procura a jogada de triangulação pelos flancos, com laterais de bom cruzamento. Centroavante precisa ser completo: girar, cabecear e finalizar com as duas pernas. Um jogador assim hoje é mais difícil encontrar — opina Nildo.
No Palmeiras, Scolari chegou a escalar o veterano Evair como titular. Mas a equipe deslanchou mesmo foi com Oséas, que foi decisivo para a conquista da Libertadores em 1999. A parceria deu tão certo entre Felipão e Oséas, que se repetiu na passagem do técnico pelo Cruzeiro em 2001.
Aquele ano também marcou a chegada de Felipão à Seleção Brasileira. Assumiu em meio a uma campanha conturbada nas Eliminatórias para a Copa da Coréia e do Japão. Mas no último jogo, contra a Venezuela, um certo camisa 9 marcou dois gols na vitória por 3 a 0 que garantiu a vaga no Mundial.
— O Felipão gostava do meu estilo de jogo, do meu posicionamento na área para buscar a finalização — relembra Luizão.
Na Copa 2002, Ronaldo foi o grande nome do Penta do Brasil. Com oito gols, foi o artilheiro do Mundial e marcou os dois gols da vitória na final contra a Alemanha. Além dele, Felipão comandou outros camisas 9 como Pauleta e Nuno Gomes, na Seleção de Portugal, e Drogba e Anelka, em sua rápida passagem pelo Chelsea.
Em sua volta ao Palmeiras, comandou o hoje desafeto Kleber Gladiador e também Barcos, com quem repetiu a parceria na Arena. Na Copa 2014, apostou em Fred e Jô. Agora, será a vez de Braian Rodríguez assumir a camisa 9. Mais um centroavante no currículo de Felipão.
Alguns centroavantes que Felipão já treinou:
Grêmio 1987 - Lima
Criciúma 1991 - Soares
Grêmio 1994 - Nildo
Grêmio 1995 - Jardel
Grêmio 1996 - Zé Afonso
Palmeiras 1998 e 1999 - Oséas e Evair
Palmeiras 2000 - Asprilla
Cruzeiro 2001 - Oséas
Seleção Brasileira 2001 - Luizão
Seleção Brasileira 2002 - Ronaldo
Portugal 2004 - Pauleta
Portugal 2008 - Nuno Gomes
Chelsea 2008/2009 - Drogba e Anelka
Palmeiras 2010/2011 - Kleber
Palmeiras 2012 - Barcos
Seleção Brasileira 2013/2014 - Fred e Jô
Grêmio 2014 - Barcos
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No Palmeiras, Scolari chegou a escalar o veterano Evair como titular. Mas a equipe deslanchou mesmo foi com Oséas, que foi decisivo para a conquista da Libertadores em 1999. A parceria deu tão certo entre Felipão e Oséas, que se repetiu na passagem do técnico pelo Cruzeiro em 2001.
Aquele ano também marcou a chegada de Felipão à Seleção Brasileira. Assumiu em meio a uma campanha conturbada nas Eliminatórias para a Copa da Coréia e do Japão. Mas no último jogo, contra a Venezuela, um certo camisa 9 marcou dois gols na vitória por 3 a 0 que garantiu a vaga no Mundial.
— O Felipão gostava do meu estilo de jogo, do meu posicionamento na área para buscar a finalização — relembra Luizão.
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Portugal 2004 - Pauleta
Portugal 2008 - Nuno Gomes
Chelsea 2008/2009 - Drogba e Anelka
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