Foto: Gonza Rodriguez / Arte ZH
Luiz Felipe Scolari e Diego Aguirre chegam reenergizados para o Gre-Nal 405. Depois de largadas ruins no Campeonato Gaúcho, eles foram modificando os times até chegarem à fórmula final e, como era esperado, chegarem a esse domingo definindo o Gauchão.
O primeiro Grêmio de Felipão ainda contava com um ataque formado por Marcelo Moreno e por Barcos. Galhardo era o lateral-direito e ainda não havia Maicon para dar as cartas no meio-campo. No Inter, que abriu a temporada perdendo a decisão por pênaltis para o Lajeadense — em jogo único que marcou a Supercopa Gaúcha junto com a primeira rodada do Estadual —, Nilton era titular absoluto e Léo surgia como o grande reforço para a lateral-direita. Fabrício ainda jogava no Inter.
Em crise financeira, não demorou para que o Grêmio negociasse os seus dois atacantes. Moreno e Barcos rumaram para o futebol chinês. Felipão precisou buscar soluções na base, enquanto clamava por reforços. Yuri Mamute, que por pouco não foi vendido ao Botafogo na temporada passada, passou a ser uma espécie de 12° jogador da equipe que começava a se formar na Arena.
No Beira-Rio, Aguirre ainda testava diversos jogadores e formações diferentes. Ele mesmo admitiu que precisava conhecer o elenco. Na noite em que o Inter levou quatro gols do São José, em casa, no surpreendente 4 a 4, atuando com três atacantes (Sasha, Nilmar e Vitinho), o Grêmio perdeu para o Aimoré, em São Leopoldo. A dupla Gre-Nal seguia tropeçando.
Mas, duas semanas depois, as coisas ficariam ainda mais tensas para gremistas e colorados. O Grêmio perdeu duas seguidas na Arena, para Brasil-Pel e para Veranópolis — ambas por 1 a 0. A partida contra a equipe da Serra marcou ainda a inusitada cena da autoexpulsão de Felipão, que deixou o jogo antes do final.
— Me expulsei. Mais vergonha do que isso, impossível passar. A equipe não apresenta nada daquilo que a gente faz no treinamento. Não adianta ficar enganando a torcida do Grêmio. Não tinha mais o que fazer, fui embora para o vestiário. Acabou o assunto. Não criamos nada, os adversários vêm aqui e tomam conta do jogo. Não aproximamos. Faltavam três ou quatro minutos e fui embora. Para não tomar uma atitude errada e esfriar a cabeça — justificou Felipão.
O pensado desabafo do treinador surtiu efeito. Coincidência ou não, depois do Veranópolis, o Grêmio deixou a constrangedora 10ª posição no Estadual e emendou uma sequência de dois meses e 15 partidas de invencibilidade — sendo 11 vitórias, entre Gauchão e Copa do Brasil. Não se ouviu mais rumores sobre uma possível saída de Felipão. Giuliano voltou a ser Giuliano e o Grêmio contou com os acréscimos de Braian Rodríguez e de Maicon — mais a contratação de Cristian Rodríguez, que foi visto vestindo azul por apenas 60 minutos.
Sobre Diego Aguirre, a pressão foi maior. O uruguaio ainda estava em processo de conhecimento de seu elenco e os resultados na Libertadores eram superiores aos desempenhos em campo. Pessoas com acesso à direção já desejavam a troca no comando da equipe. A derrota para o Juventude, por 1 a 0 — a segunda da temporada; a primeira foi para o The Strongest, em La Paz —, 40 dias antes da partida decisiva contra a Universidad de Chile, em Santiago, ligou uma contagem regressiva para o técnico. Novos tropeços no Estadual ou jogos irregulares poderiam derrubá-lo.
Foi a partir daí que Aguirre deu a virada. A goleada de 3 a 0 sobre o Aimoré, com a equipe montada no 3-5-2, marcou uma sequência de 10 vitórias e dois empates. São 12 jogos de invencibilidade e a melhor campanha entre os brasileiros na Libertadores. Neste período, Sasha se afirmou como um dos melhores jogadores do time, o jovem William assumiu a lateral-direita, Fabrício foi embora, após explodir contra a torcida, Geferson se adonou da lateral-esquerda, Nilmar voltou a ter uma atuação de luxo na Libertadores e Valdívia surgiu como um inesperado goleador. Diego Aguirre consolidou o seu plano de rodízio de jogadores e, no Gre-Nal, deverá chegar ao 24º jogo sem repetir uma escalação sequer.
— Acho que o melhor é rodar os atletas, estou convencido disto. Em uma competição normal, de semana a semana, concordo que tenha de haver um time fixo, para ter descanso, funcionamento.
Mas, aqui, é impossível. Tenho a convicção que, time que se repete, cai de rendimento. É uma coisa científica, mostrada, comprovada. Jogadores, com muitas repetições e sem descanso, irão se machucar. Tenho total confiança nos meus atletas. Com os jogadores que tenho, fecho os olhos e posso colocar cada um deles no time — justifica Aguirre, repetindo o seu mantra no Beira-Rio.
Felipão e Aguirre chegam em alta para o clássico, algo raro na rivalidade Gre-Nal. Dessa vez, porém, não haverá um jantar de confraternização entre eles, como ocorreu no primeiro Gre-Nal do ano, o 0 a 0 do Beira-Rio. Ainda assim, um fraternal abraço entre os dois é aguardado para antes do jogo da Arena.
— Felipão é um campeão do mundo. Treinar um time contra o dele é algo bom, dá grandeza ao espetáculo. Vamos ver o que acontece na hora do jogo e quem pode vencer. Mas não é um duelo com Felipão — destacou o treinador do Inter.
Luiz Felipe Scolari devolveu os elogios ao uruguaio. Questionado sobre se esperava o Inter com o time titular no clássico, o técnico gremista respondeu assim:
— Tem que perguntar para o Aguirre, ele que vai responder. Aliás, um abraço para ele, que é um cara maravilhoso. Vamos brigar agora, mas é uma pessoa espetacular.
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Luiz Felipe Scolari e Diego Aguirre chegam reenergizados para o Gre-Nal 405. Depois de largadas ruins no Campeonato Gaúcho, eles foram modificando os times até chegarem à fórmula final e, como era esperado, chegarem a esse domingo definindo o Gauchão.
O primeiro Grêmio de Felipão ainda contava com um ataque formado por Marcelo Moreno e por Barcos. Galhardo era o lateral-direito e ainda não havia Maicon para dar as cartas no meio-campo. No Inter, que abriu a temporada perdendo a decisão por pênaltis para o Lajeadense — em jogo único que marcou a Supercopa Gaúcha junto com a primeira rodada do Estadual —, Nilton era titular absoluto e Léo surgia como o grande reforço para a lateral-direita. Fabrício ainda jogava no Inter.
Em crise financeira, não demorou para que o Grêmio negociasse os seus dois atacantes. Moreno e Barcos rumaram para o futebol chinês. Felipão precisou buscar soluções na base, enquanto clamava por reforços. Yuri Mamute, que por pouco não foi vendido ao Botafogo na temporada passada, passou a ser uma espécie de 12° jogador da equipe que começava a se formar na Arena.
No Beira-Rio, Aguirre ainda testava diversos jogadores e formações diferentes. Ele mesmo admitiu que precisava conhecer o elenco. Na noite em que o Inter levou quatro gols do São José, em casa, no surpreendente 4 a 4, atuando com três atacantes (Sasha, Nilmar e Vitinho), o Grêmio perdeu para o Aimoré, em São Leopoldo. A dupla Gre-Nal seguia tropeçando.
Mas, duas semanas depois, as coisas ficariam ainda mais tensas para gremistas e colorados. O Grêmio perdeu duas seguidas na Arena, para Brasil-Pel e para Veranópolis — ambas por 1 a 0. A partida contra a equipe da Serra marcou ainda a inusitada cena da autoexpulsão de Felipão, que deixou o jogo antes do final.
— Me expulsei. Mais vergonha do que isso, impossível passar. A equipe não apresenta nada daquilo que a gente faz no treinamento. Não adianta ficar enganando a torcida do Grêmio. Não tinha mais o que fazer, fui embora para o vestiário. Acabou o assunto. Não criamos nada, os adversários vêm aqui e tomam conta do jogo. Não aproximamos. Faltavam três ou quatro minutos e fui embora. Para não tomar uma atitude errada e esfriar a cabeça — justificou Felipão.
O pensado desabafo do treinador surtiu efeito. Coincidência ou não, depois do Veranópolis, o Grêmio deixou a constrangedora 10ª posição no Estadual e emendou uma sequência de dois meses e 15 partidas de invencibilidade — sendo 11 vitórias, entre Gauchão e Copa do Brasil. Não se ouviu mais rumores sobre uma possível saída de Felipão. Giuliano voltou a ser Giuliano e o Grêmio contou com os acréscimos de Braian Rodríguez e de Maicon — mais a contratação de Cristian Rodríguez, que foi visto vestindo azul por apenas 60 minutos.
Sobre Diego Aguirre, a pressão foi maior. O uruguaio ainda estava em processo de conhecimento de seu elenco e os resultados na Libertadores eram superiores aos desempenhos em campo. Pessoas com acesso à direção já desejavam a troca no comando da equipe. A derrota para o Juventude, por 1 a 0 — a segunda da temporada; a primeira foi para o The Strongest, em La Paz —, 40 dias antes da partida decisiva contra a Universidad de Chile, em Santiago, ligou uma contagem regressiva para o técnico. Novos tropeços no Estadual ou jogos irregulares poderiam derrubá-lo.
Foi a partir daí que Aguirre deu a virada. A goleada de 3 a 0 sobre o Aimoré, com a equipe montada no 3-5-2, marcou uma sequência de 10 vitórias e dois empates. São 12 jogos de invencibilidade e a melhor campanha entre os brasileiros na Libertadores. Neste período, Sasha se afirmou como um dos melhores jogadores do time, o jovem William assumiu a lateral-direita, Fabrício foi embora, após explodir contra a torcida, Geferson se adonou da lateral-esquerda, Nilmar voltou a ter uma atuação de luxo na Libertadores e Valdívia surgiu como um inesperado goleador. Diego Aguirre consolidou o seu plano de rodízio de jogadores e, no Gre-Nal, deverá chegar ao 24º jogo sem repetir uma escalação sequer.
— Acho que o melhor é rodar os atletas, estou convencido disto. Em uma competição normal, de semana a semana, concordo que tenha de haver um time fixo, para ter descanso, funcionamento.
Mas, aqui, é impossível. Tenho a convicção que, time que se repete, cai de rendimento. É uma coisa científica, mostrada, comprovada. Jogadores, com muitas repetições e sem descanso, irão se machucar. Tenho total confiança nos meus atletas. Com os jogadores que tenho, fecho os olhos e posso colocar cada um deles no time — justifica Aguirre, repetindo o seu mantra no Beira-Rio.
Felipão e Aguirre chegam em alta para o clássico, algo raro na rivalidade Gre-Nal. Dessa vez, porém, não haverá um jantar de confraternização entre eles, como ocorreu no primeiro Gre-Nal do ano, o 0 a 0 do Beira-Rio. Ainda assim, um fraternal abraço entre os dois é aguardado para antes do jogo da Arena.
— Felipão é um campeão do mundo. Treinar um time contra o dele é algo bom, dá grandeza ao espetáculo. Vamos ver o que acontece na hora do jogo e quem pode vencer. Mas não é um duelo com Felipão — destacou o treinador do Inter.
Luiz Felipe Scolari devolveu os elogios ao uruguaio. Questionado sobre se esperava o Inter com o time titular no clássico, o técnico gremista respondeu assim:
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