Fellipe Bastos e D'Alessandro devem protagonizar outro duelo aguerrido no Gre-Nal 406 Foto: Mateus Bruxel / Agencia RBS
Fazer gol é o caminho mais curto para virar herói em um Gre-Nal. Mas impedir que uma estrela toque na bola também ajuda muito, como comprova o ex-gremista Jurandir, que nunca mais foi esquecido depois de anular Falcão. Clássicos costumam ser marcados por duelos. Fellipe Bastos x D'Alessandro é uma das promessas para domingo.
A história do Gre-Nal é farta em embates. Batista, que em 1981 chocou o Estado ao trocar o Inter pelo Grêmio, recorda que o seu principal embate em Gre-Nais foi com Iúra.
— Iúra sempre foi um cara difícil de se marcar porque driblava e ia direto para o gol. E isto complica tudo para um defensor — diz Batista. — Nos Gre-Nais, eu combinava com Marinho Perez a cobertura, para que eu pudesse seguir atrás do Iúra, sem deixar o André Catimba sozinho — recorda.
Atual comentarista da RBS TV, ele entende que Luan e D'Alessandro são os grandes diferenciais técnicos do clássico desse domingo.
— Estes dois são os jogadores mais criativos do Gre-Nal. Rodrigo Dourado e Fellipe Bastos precisarão marcá-los apenas a partir da metade para trás, mas sem dar espaço para que eles possam evoluir. Se resolverem correr atrás deles campo afora, serão envolvidos — alerta Batista. — O mesmo vale para o Matías Rodriguez, que terá que marcar um jogador veloz como o Valdívia — acrescenta.
Ex-treinador dos dois times, Cláudio Duarte entende que, tecnicamente, Fellipe Bastos deu conta de D'Alessandro no clássico da Arena.
— Não só marcou como foi para o jogo. Mas D'Alessandro conseguiu ser o melhor em campo sem nada ter feito de proveitoso. Enervou a torcida, que preocupou-se mais em xingá-lo do que qualquer outra coisa — analisa.
Como lateral-direito, Cláudio Duarte teve muito trabalho em Gre-Nais.
— O Ortiz era habilidoso. Loivo era tão forte quanto eu e trabalhava incansavelmente. Nenê era baixinho, difícil de marcar. Em meu último ano, enfrentei Éder — recorda.
Volante do Grêmio multicampeão dos anos 90, Dinho vê no confroto entre Fellipe Bastos e D'Alessando o maior desafio do Gre-Nal. Mas cita Dourado contra Luan como outro bom duelo.
— Luan já tem mais confiança para fazer as jogadas, está se habituando a jogos difíceis. Dourado, pelo pouco que vi, tem personalidade, marca bem — observa.
Nascido Luís Carlos Melo Lopes, imortalizado como Caçapava, o ex- volante jogou Gre-Nais em um período no qual o Inter era dominante. Se gaba de jamais ter sido expulso no clássico. E cobra concentração dos colorados atuais para o domingo, quando o Inter precisará ganhar o jogo para ser pentacampeão — sem depender da decisão por pênaltis.
— Gre-Nal é diferente de tudo. Eu focava o clássico uma semana antes. Só de ouvir a palavra Gre-nal eu já me motivava — conta Caçapava.
Marcou Falcão e entrou para a história
O Gre-Nal 247, disputado no Beira-Rio em 13 de maio de 1979, entrou para a história como o clássico em que Jurandir, então um modesto reforço trazido do Caxias, anulou Falcão. Hoje com 63 anos, o ex-gremista ainda é reconhecido pelo brilhante papel tático desempenhado naquele jogo.

Foto: Luiz Ávila / Banco de Dados / Agência RBS
— Eu não estava nem concentrado. No sábado, já estava saindo pelo portão do Olímpico quando o seu Verardi (Antônio Carlos, supervisor) me chamou. Iúra, Tarciso e Paulo César (Caju) se reuniram e disseram que só eu poderia marcar o Falcão. Peguei a vaga do Ladinho. Falcão era o melhor jogador brasileiro, uma estrela, fazia a diferença. Mas consegui marcá-lo sem dar um pontapé. Eu estava muito bem preparado. Até nisso Falcão era diferenciado. Foi elegante, não reclamou de nada. Aquele Gre-Nal ficou na história, virou o meu cartão-postal. Marquei o cara que viria a ser o Rei de Roma.
Naquele jogo, o Inter, treinado por Cláudio Duarte, teve Benitez; Hermes, Larry, Beliato, Bereta (Chico Espina); Caçapava, Batista, Jair, Falcão; Valdomiro e Mário (Adilson). O Grêmio, que garantiu o ponto extra para a segunda fase do Gauchão, jogou com Manga; Eurico, Vantuir, Vicente e Dirceu; Vitor Hugo, Jurandir, Iura (Valderez); Tarciso, André e Éder (Vilson). O árbitro foi Silvio Rodrigues.
DICA DO DINHO
Foto: Sílvio Ávila / Banco de Dados / Agência RBS
"Como D'Alessandro já não tem a mesma velocidade de antes, eu diria a Fellipe Bastos que tratasse de encurtar o espaço dele, não deixar respirar. Mas é preciso abrir o olho. D'Alessandro tem muita categoria. Com um passe, pode deixar um companheiro na cara do gol. E ainda costuma jogar o marcador contra o árbitro, para forçar um cartão vermelho ou amarelo."
DICA DO CAÇAPAVA

>em>Foto: Banco de Dados / Agência RBS
"Luan é mais habilidoso do que Giuliano, além de pensar mais rápido a jogada. Precisa ser marcado de cima, é necessário chegar junto nele. Giuliano dribla com força. Vem de trás e precisa de espaço. E ele não pode ter este espaço para avançar. Já Douglas não pode dominar e pensar. É preciso deixá-lo sempre de costas para o gol."
DICA DE CLÁUDIO DARTE
"Rodrigo Dourado tem porte, qualidade, posicionamento. Vai longe. Luan tem talento, desenvoltura, é quem mais tenta e arrisca, por isso é cobrado excessivamente. Ainda é um pouco introvertido, precisa acreditar mais em si."
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Fazer gol é o caminho mais curto para virar herói em um Gre-Nal. Mas impedir que uma estrela toque na bola também ajuda muito, como comprova o ex-gremista Jurandir, que nunca mais foi esquecido depois de anular Falcão. Clássicos costumam ser marcados por duelos. Fellipe Bastos x D'Alessandro é uma das promessas para domingo.
A história do Gre-Nal é farta em embates. Batista, que em 1981 chocou o Estado ao trocar o Inter pelo Grêmio, recorda que o seu principal embate em Gre-Nais foi com Iúra.
— Iúra sempre foi um cara difícil de se marcar porque driblava e ia direto para o gol. E isto complica tudo para um defensor — diz Batista. — Nos Gre-Nais, eu combinava com Marinho Perez a cobertura, para que eu pudesse seguir atrás do Iúra, sem deixar o André Catimba sozinho — recorda.
Atual comentarista da RBS TV, ele entende que Luan e D'Alessandro são os grandes diferenciais técnicos do clássico desse domingo.
— Estes dois são os jogadores mais criativos do Gre-Nal. Rodrigo Dourado e Fellipe Bastos precisarão marcá-los apenas a partir da metade para trás, mas sem dar espaço para que eles possam evoluir. Se resolverem correr atrás deles campo afora, serão envolvidos — alerta Batista. — O mesmo vale para o Matías Rodriguez, que terá que marcar um jogador veloz como o Valdívia — acrescenta.
Ex-treinador dos dois times, Cláudio Duarte entende que, tecnicamente, Fellipe Bastos deu conta de D'Alessandro no clássico da Arena.
— Não só marcou como foi para o jogo. Mas D'Alessandro conseguiu ser o melhor em campo sem nada ter feito de proveitoso. Enervou a torcida, que preocupou-se mais em xingá-lo do que qualquer outra coisa — analisa.
Como lateral-direito, Cláudio Duarte teve muito trabalho em Gre-Nais.
— O Ortiz era habilidoso. Loivo era tão forte quanto eu e trabalhava incansavelmente. Nenê era baixinho, difícil de marcar. Em meu último ano, enfrentei Éder — recorda.
Volante do Grêmio multicampeão dos anos 90, Dinho vê no confroto entre Fellipe Bastos e D'Alessando o maior desafio do Gre-Nal. Mas cita Dourado contra Luan como outro bom duelo.
— Luan já tem mais confiança para fazer as jogadas, está se habituando a jogos difíceis. Dourado, pelo pouco que vi, tem personalidade, marca bem — observa.
Nascido Luís Carlos Melo Lopes, imortalizado como Caçapava, o ex- volante jogou Gre-Nais em um período no qual o Inter era dominante. Se gaba de jamais ter sido expulso no clássico. E cobra concentração dos colorados atuais para o domingo, quando o Inter precisará ganhar o jogo para ser pentacampeão — sem depender da decisão por pênaltis.
— Gre-Nal é diferente de tudo. Eu focava o clássico uma semana antes. Só de ouvir a palavra Gre-nal eu já me motivava — conta Caçapava.
Marcou Falcão e entrou para a história
O Gre-Nal 247, disputado no Beira-Rio em 13 de maio de 1979, entrou para a história como o clássico em que Jurandir, então um modesto reforço trazido do Caxias, anulou Falcão. Hoje com 63 anos, o ex-gremista ainda é reconhecido pelo brilhante papel tático desempenhado naquele jogo.

Foto: Luiz Ávila / Banco de Dados / Agência RBS
— Eu não estava nem concentrado. No sábado, já estava saindo pelo portão do Olímpico quando o seu Verardi (Antônio Carlos, supervisor) me chamou. Iúra, Tarciso e Paulo César (Caju) se reuniram e disseram que só eu poderia marcar o Falcão. Peguei a vaga do Ladinho. Falcão era o melhor jogador brasileiro, uma estrela, fazia a diferença. Mas consegui marcá-lo sem dar um pontapé. Eu estava muito bem preparado. Até nisso Falcão era diferenciado. Foi elegante, não reclamou de nada. Aquele Gre-Nal ficou na história, virou o meu cartão-postal. Marquei o cara que viria a ser o Rei de Roma.
Naquele jogo, o Inter, treinado por Cláudio Duarte, teve Benitez; Hermes, Larry, Beliato, Bereta (Chico Espina); Caçapava, Batista, Jair, Falcão; Valdomiro e Mário (Adilson). O Grêmio, que garantiu o ponto extra para a segunda fase do Gauchão, jogou com Manga; Eurico, Vantuir, Vicente e Dirceu; Vitor Hugo, Jurandir, Iura (Valderez); Tarciso, André e Éder (Vilson). O árbitro foi Silvio Rodrigues.
DICA DO DINHO
Foto: Sílvio Ávila / Banco de Dados / Agência RBS"Como D'Alessandro já não tem a mesma velocidade de antes, eu diria a Fellipe Bastos que tratasse de encurtar o espaço dele, não deixar respirar. Mas é preciso abrir o olho. D'Alessandro tem muita categoria. Com um passe, pode deixar um companheiro na cara do gol. E ainda costuma jogar o marcador contra o árbitro, para forçar um cartão vermelho ou amarelo."
DICA DO CAÇAPAVA

>em>Foto: Banco de Dados / Agência RBS
"Luan é mais habilidoso do que Giuliano, além de pensar mais rápido a jogada. Precisa ser marcado de cima, é necessário chegar junto nele. Giuliano dribla com força. Vem de trás e precisa de espaço. E ele não pode ter este espaço para avançar. Já Douglas não pode dominar e pensar. É preciso deixá-lo sempre de costas para o gol."
DICA DE CLÁUDIO DARTE
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