Guerra exalta acerto do Grêmio em Suárez, mas pede cautela sobre briga por título do Brasileirão

O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, é cauteloso ao falar de títulos de grande expressão, no retorno do clube à Série A do Brasileirão. "É muito difícil, é muito duro", afirmou Guerra, nesta terça-feira ao programa Ganhando o Jogo, da Rádio Guaíba. "Temos obrigação de entrar para vencer, ganhar sempre", destacou o mandatário, mas admitiu que uma das prioridades é deixar as contas do clube no azul, assim como a camisa do clube. "Sobreviver financeiramente para equalizar as contas”, ressaltou. Para isso, Guerra renegociou dívidas e manteve os salários em dia.

Efeito Suárez
Apesar das dificuldades, o presidente tricolor reforçou o time. Trouxe o uruguaio Carballo, o argentino Cristaldo, além da grande contratação de temporada: Luís Suárez.

Guerra contou um pouco como foi o desenrolar das negociações com o atacante. "O 'não' nós já tínhamos. Já que ele estava no Nacional, porque não poderia vir jogar aqui?", disse o presidente, que havia feito uma proposta quando ainda era candidato à presidência do clube. "Naquela época recebemos o não, aí vencemos as eleições. Foi quando o negócio do Estados Unidos (Suárez negociava jogar a Liga Americana de Futebol) não aconteceu e eles vieram falar com a gente", recordou.

A contratação do artilheiro uruguaio não poderia ter dado mais certo. Logo na estreia, casa cheia, três gols e aumento no número de sócios e vendas na loja. "Só o faturamento na loja foi quatro vezes maior em janeiro". O número no quadro social saltou para 87 mil, 27 mil novos sócios somente este ano. "Um aumento de R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão na receita", explicou o presidente. "Tem sido uma experiência muito boa, resgatou o orgulho de ser gremista", destaca.

Gauchão e SAF
Alberto Guerra também falou sobre o Gauchão e a vontade do clube em conquistar o hexacampeonato, o que não corre desde 1990. Mas para chegar na final da competição, o Grêmio precisa vencer o Ypiranga por dois gols no próximo sábado. "Acredito que vamos nos classificar em tempo normal", destacou o presidente, que lamentou a derrota em Erechim por 2 a 1 de virada. "São coisas que acontecem no futebol".

Guerra ressaltou que o clube valorizou o campeonato desde o começo, inclusive trazendo reforços. E fez uma convocação. "Quero convocar a torcida. Esse é o momento deles (torcedores) apoiarem como vem apoiando, mas é o momento que precisamos de todos. Com eles. vamos chegar a mais uma final."

Guerra ainda comentou a possibilidade do clube se tornar uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol) pelos próximos três anos. A SAF é uma espécie de clube empresa, modelo que foi adotado por alguns clubes da elite do futebol brasileiro, como o Cruzeiro, Vasco e Botafogo. "Por enquanto, não. Já descartei isso desde a campanha. Não vejo como uma solução. Já tivemos a nossa SAF e o dinheiro às vezes não ajuda”.

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