Ministro da Justiça diz como inquérito da PF pode ajudar regulamentação de apostas e na repressão de crimes futuros

Ministro da Justiça, Flávio Dino determinou que a Polícia Federal investigue as…


Fonte: ESPN

Ministro da Justiça diz como inquérito da PF pode ajudar regulamentação de apostas e na repressão de crimes futuros

Depois de determinar, nesta quarta-feira (10), que a Polícia Federal investigue as denúncias de manipulação de jogos do Campeonato Brasileiro das Séries A e B de 2022, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que acredita que as investigações pode ajudar a regulamentação de apostas no Brasil.

Dino deu mais detalhes de qual será o escopo da investigação e afirmou que recebeu um pedido específico da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para investigar manipulação.

"O pedido que eu recebi da CBF foi específico para investigar manipulação. Então, é claro que quem coordena é que vai dar o encaminhamento, tecnicamente. Eu recebi uma demanda da CBF que alude a manipulação. E eu mando isso para a Polícia Federal com a determinação de instauração do inquérito", disse, em declarações ao site GE.

"A minha visão é que sim, (as investigações) podem fornecer informações que ajudem a deixar a regulamentação mais eficiente. Que feche espaços, feche caminhos para a perpetração de fraude. Uma coisa tem ligação com a outra", prosseguiu.

"A investigação pode apontar as fragilidades do setor. É exatamente esse raciocínio. A investigação serve para ajudar na regulamentação. Que elimine ou que pelo menos aponte as fragilidades. A investigação trata do passado, enquanto a regulamentação, do futuro. Então, tecnicamente, o trabalho da Polícia pode ajudar na repressão de crimes futuros", concluiu.

A Operação Penalidade Máxima 2, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) tem posto à tona atletas envolvido em esquemas de manipulação no futebol brasileiro.

Vale lembrar que, na última terça-feira (9), a Justiça de Goiás acatou a denúncia feita pelo MP contra os 16 investigados na Operação Penalidade Máxima 2.

Ao todo, sete atletas se tornaram réus na ação, ao lado de nove apostadores que comandam a organização criminosa.

Os réus vão a julgamento após o processo de instrução feito pelo juiz.

Veja abaixo quais são os jogos que estão sob investigação na Série A

Palmeiras x Juventude

Juventude x Fortaleza

Goiás x Juventude

Ceará x Cuiabá

Red Bull Bragantino x América-MG

Santos x Avaí

Botafogo x Santos

Palmeiras x Cuiabá

Quais jogadores estão sendo investigados?

Eduardo Bauermann (Santos)

Gabriel Tota (Ypiranga-RS)

Victor Ramos (Chapecoense)

Igor Cariús (Sport)

Paulo Miranda (Náutico)

Fernando Neto (São Bernardo)

Matheus Gomes (Sergipe)

Quais jogadores também foram citados no processo?

Vitor Mendes (Fluminense)

RiCruzeiro)

Nino Paraíba (América-MG)

Dadá Belmonte (América-MG)

Kevin Lomonaco (Red Bull Bragantino)

Moraes Jr. (Juventude)

Nikolas Farias (Novo Hamburgo)

Jarro Pedroso (Inter de Santa Maria)

Nathan (Grêmio)

Pedrinho (Athletico-PR)

Bryan García (Athletico-PR)

Apostadores e membros da organização

Bruno Lopez de Moura

Ícaro Fernando Calixto dos Santos

Luís Felipe Rodrigues de Castro

Victor Yamasaki Fernandes

Zildo Peixoto Neto

Thiago Chambó Andrade

Romário Hugo dos Santos

William de Oliveira Souza

Pedro Gama dos Santos Júnior

O que a "Operação Penalidade Máxima" investiga

A investigação da "Operação Penalidade Máxima" aponta que grupos criminosos convenciam jogadores, com propostas que iam até R$ 100 mil, a cometerem lances específicos em partidas e causassem o lucro de apostadores em sites do ramo.

Um jogador cooptado, por exemplo, teria a "função" de cometer um pênalti, receber um cartão ou até mesmo colaborar para a construção do resultado da partida - normalmente uma derrota de sua equipe.

As primeiras denúncias ouvidas pela operação surgiram no fim de 2022, quando o volante Romário, então jogador do Vila Nova (GO), aceitou R$ 150 mil para cometer um pênalti contra o Sport, em partida válida pela Série B do Brasileiro.

Na ocasião, o atleta embolsou R$ 10 mil imediatamente e só ganharia o restante caso o plano funcionasse. Romário, porém, sequer foi relacionado para a partida, o que estragou a ideia.

A história chegou até Hugo Jorge Bravo, presidente do time goiano e também policial militar, que buscou provas e as entregou ao Ministério Público do estado. A partir daí, criou-se a operação "Penalidade Máxima" para investigar provas e suspeitas sobre o assunto.

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Na primeira denúncia, havia a suspeita de manipulação em três jogos da Série B, mas os últimos acontecimentos levaram os investigadores a crer que o problema era de âmbito nacional e havia acontecido em campeonatos estaduais e também na primeira divisão do Brasileiro.

Além de Romário, outros sete jogadores foram denunciados pelo Ministério Público por participarem do esquema de fabricação de resultados: Joseph (Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR).

Algum jogador de futebol foi preso?

Nenhum jogador preso, só pessoas envolvidas nos pedidos de manipulação. Foram três mandados de prisão em São Paulo, mas só para não atletas.

Foram apreendidas granadas de efeito moral em um mandado de prisão em São Paulo a armas de fogo em outro endereço, também em terras paulistas. Nesse local, houve também um flagrante de armas de fogo sem o devido registro.

Os atletas ou aliciadores podem ser indiciados via Estatuto do Torcedor e também podem responder por crime por lavagem de dinheiro, se for o caso. Segundo o Estatuto do Torcedor, a pena varia de 2 a 6 anos de prisão.

O que os jogadores faziam para manipular as partidas?

Os atletas e envolvidos suspeitos estão sendo investigados por manipulação da seguinte forma: receber cartões amarelo ou vermelho, cometer um pênalti, garantir uma derrota parcial no 1º tempo, número de escanteios, etc.



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