Gancho pesado, multa e até banimento: entenda como STJD pretende punir atletas envolvidos em apostas esportivas no fute…

Em nota oficial, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) prometeu punir os…


Fonte: ESPN

Gancho pesado, multa e até banimento: entenda como STJD pretende punir atletas envolvidos em apostas esportivas no fute…

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) prometeu punir os atletas envolvidos em apostas esportivas no futebol brasileiro, segundo deflagrado pela Operação Penalidade Máxima II, tocada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), que investiga um esquema envolvendo jogadores e grupos criminosos.

Em nota oficial, o STJD informou que "está investigando e apurando todo os casos deflagrados na Operação Penalidade Máxima II, além dos casos oficiados pela CBF em que a empresa Sportradar identificou movimentações suspeitas nos sites de apostas em jogos relacionados aos campeonatos nacionais". Além disso, se confirmado o envolvimento de atletas no esquema, o Tribunal promete punir o mesmo, inclusive com o banimento do futebol em caso de reincidência.

Com a identificação e comprovação da participação de atletas, os mesmos serão denunciados e punidos com penas que vão de 180 a 720 dias, multa de até R$ 100 mil e, em casos de reincidência, o banimento dos mesmos.

Nesta segunda, o STJD também pediu a suspensão preventiva por 30 dias de 8 jogadores envolvidos nas Operação Penalidade Máxima II. O pedido será julgado nas próximas horas por Otávio Noronha, presidente do Tribunal.

Os atletas são: Eduardo Bauermann (Santos), Moraes Jr. (Aparecidense), Gabriel Tota (Juventude), Paulo Miranda (Náutico), Igor Cariús (Sport), Matheus Gomes (sem clube), Fernando Neto (São Bernardo) e Kevin Lomónaco (Red Bull Bragantino). Destes nomes, seis são réus da Operação Penalidade Máxima II e dois testemunhas (Lomónaco e Moraes).

Também réu no caso, o zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense, não entrou neste pedido, uma vez que o jogo no qual o defensor é investigado foi pelo Paulistão, e por isso cabe ao TJD-SP fazer o pedido.

Veja a nota oficial do STJD

"Acompanhando todos os acontecimentos e denúncias de manipulação de resultados no futebol brasileiro, a Procuradoria da Justiça Desportiva vem a público informar que está investigando e apurando todo os casos deflagrados na Operação Penalidade Máxima, orquestrada pelo Ministério Público de Goiás, além dos casos oficiados pela Confederação Brasileira de Futebol em que a empresa Sportradar identificou movimentações suspeitas nos sites de apostas em jogos relacionados aos campeonatos nacionais. Atentos e preocupados com a manutenção da credibilidade do futebol brasileiro, a Procuradoria destaca que vem atuando através da troca de informações e a colaboração entre as instituições (Ministério Público de Goiás x STJD) agindo para que todos os envolvidos sejam denunciados e levados a julgamento com base no que prevê o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Cumpre ressaltar ainda que, neste momento, não há nenhuma hipótese de paralisação de qualquer competição ou anulação das partidas, uma vez que não há qualquer indicio do envolvimento dos clubes e das casas de apostas. Desta forma, com a identificação e comprovação da participação de atletas, os mesmos serão denunciados e punidos com penas de suspensão de 180 a 720 dias, cumulada com multa de até R$ 100 mil e, em casos de reincidência, a eliminação do atleta (penas previstas nos artigos 243 e 243-A. ambos do CBJD). Procuradoria da Justiça Desportiva."

Veja abaixo quais são os jogos que estão sob investigação na Série A

Palmeiras x Juventude

Juventude x Fortaleza

Goiás x Juventude

Ceará x Cuiabá

Red Bull Bragantino x América-MG

Santos x Avaí

Botafogo x Santos

Palmeiras x Cuiabá

Quais jogadores estão sendo investigados?

Eduardo Bauermann (Santos)

Gabriel Tota (Ypiranga-RS)

Victor Ramos (Chapecoense)

Igor Cariús (Sport)

Paulo Miranda (Náutico)

Fernando Neto (São Bernardo)

Matheus Gomes (Sem clube)

Quais jogadores também foram citados no processo?

Vitor Mendes (Fluminense)

RiCruzeiro)

Nino Paraíba (América-MG)

Dadá Belmonte (América-MG)

Kevin Lomonaco (Red Bull Bragantino)

Moraes Jr. (Juventude)

Nikolas Farias (Novo Hamburgo)

Jarro Pedroso (Inter de Santa Maria)

Nathan (Grêmio)

Pedrinho (dispensado pelo Athletico-PR)

Bryan García (dispensado pelo Athletico-PR)

Apostadores e membros da organização

Bruno Lopez de Moura

Ícaro Fernando Calixto dos Santos

Luís Felipe Rodrigues de Castro

Victor Yamasaki Fernandes

Zildo Peixoto Neto

Thiago Chambó Andrade

Romário Hugo dos Santos

William de Oliveira Souza

Pedro Gama dos Santos Júnior

O que a "Operação Penalidade Máxima" investiga

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A investigação da "Operação Penalidade Máxima" aponta que grupos criminosos convenciam jogadores, com propostas que iam até R$ 100 mil, a cometerem lances específicos em partidas e causassem o lucro de apostadores em sites do ramo.

Um jogador cooptado, por exemplo, teria a "função" de cometer um pênalti, receber um cartão ou até mesmo colaborar para a construção do resultado da partida - normalmente uma derrota de sua equipe.

As primeiras denúncias ouvidas pela operação surgiram no fim de 2022, quando o volante Romário, então jogador do Vila Nova (GO), aceitou R$ 150 mil para cometer um pênalti contra o Sport, em partida válida pela Série B do Brasileiro.

Na ocasião, o atleta embolsou R$ 10 mil imediatamente e só ganharia o restante caso o plano funcionasse. Romário, porém, sequer foi relacionado para a partida, o que estragou a ideia.

A história chegou até Hugo Jorge Bravo, presidente do time goiano e também policial militar, que buscou provas e as entregou ao Ministério Público do estado. A partir daí, criou-se a operação "Penalidade Máxima" para investigar provas e suspeitas sobre o assunto.

Na primeira denúncia, havia a suspeita de manipulação em três jogos da Série B, mas os últimos acontecimentos levaram os investigadores a crer que o problema era de âmbito nacional e havia acontecido em campeonatos estaduais e também na primeira divisão do Brasileiro.

Além de Romário, outros sete jogadores foram denunciados pelo Ministério Público por participarem do esquema de fabricação de resultados: Joseph (Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR).

Algum jogador de futebol foi preso?

Nenhum jogador preso, só pessoas envolvidas nos pedidos de manipulação. Foram três mandados de prisão em São Paulo, mas só para não atletas.

Foram apreendidas granadas de efeito moral em um mandado de prisão em São Paulo a armas de fogo em outro endereço, também em terras paulistas. Nesse local, houve também um flagrante de armas de fogo sem o devido registro.

Os atletas ou aliciadores podem ser indiciados via Estatuto do Torcedor e também podem responder por crime por lavagem de dinheiro, se for o caso. Segundo o Estatuto do Torcedor, a pena varia de 2 a 6 anos de prisão.

O que os jogadores faziam para manipular as partidas?

Os atletas e envolvidos suspeitos estão sendo investigados por manipulação da seguinte forma: receber cartões amarelo ou vermelho, cometer um pênalti, garantir uma derrota parcial no 1º tempo, número de escanteios, etc.



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