
José Maria Marin é o presidente da CBF até abril de 2015 (Foto: Bruno Domingos / Mowa Press)
No debate sobre a reestruturação do futebol brasileiro, novamente vem à tona a questão da intervenção nas entidades desportivas.
Muitos acabam por confundir essa questão com uma eventual – e indesejada – estatização de federações e confederações. Fala-se, ainda, de nomeação de dirigentes pelo governo. Nesse debate, também não é incomum o argumento da impossibilidade de qualquer intervenção em face do princípio constitucional da autonomia desportiva. Há quem sustente – de maneira a dificultar qualquer medida legislativa moralizadora – que se deve modificar primeiramente a Constituição nesse ponto.
É necessário perceber que as autonomias asseguradas pela Constituição não impedem o legislador de impor regras que visem inibir abusos e punir violações. Assim, ao garantir autonomia aos partidos políticos, o texto constitucional não impede que legislação determine o cancelamento do registro aos partidos que recebam recursos do exterior ou que não tenham prestado contas à Justiça Eleitoral.
A autonomia constitucional assegurada às universidades não obsta que a legislação imponha a cassação da autorização de seu funcionamento em caso de avaliação governamental insatisfatória sobre sua atuação.
Nessa linha, a autonomia das entidades desportivas não afasta imposições legislativas que promovam a destituição dos dirigentes das entidades que violarem, por exemplo, as garantias do torcedor quanto à emissão e venda de ingressos. Tal conclusão, nesse ponto, foi definida pelo STF ao julgar a constitucionalidade do Estatuto do Torcedor.
Desse modo, nova legislação que venha a impor padrões de gestão mais rígidos e consequências mais severas às entidades desportivas que não honram suas obrigações fiscais e trabalhistas não encontrará óbice na cláusula da autonomia desportiva. Trata-se de restrições lícitas, voltadas à proteção de outras garantias constitucionais.
Sob certo aspecto, o Estado já é, nos dias atuais, sócio de várias dessas entidades, que deixam de saldar seus débitos com o erário para contratar técnicos e jogadores por valores exorbitantes. Retiram recursos da saúde e da previdência para custear o futebol profissional. Ao proceder assim, clubes e dirigentes já trataram – eles mesmos – de avançar na estatização do futebol, financiando-o com dinheiro público.
VEJA TAMBÉM
- O Grêmio humilhou todos os pais gremistas no Dia dos Pais + Mano não dá mais, venham Vojvoda e contratações
- Michel abre o jogo sobre depressão e superação após lesões no Vasco e Grêmio
- Grêmio aposta tudo em novas peças! Balbuena e Cuéllar entram em campo contra o Sport!
No debate sobre a reestruturação do futebol brasileiro, novamente vem à tona a questão da intervenção nas entidades desportivas.
Muitos acabam por confundir essa questão com uma eventual – e indesejada – estatização de federações e confederações. Fala-se, ainda, de nomeação de dirigentes pelo governo. Nesse debate, também não é incomum o argumento da impossibilidade de qualquer intervenção em face do princípio constitucional da autonomia desportiva. Há quem sustente – de maneira a dificultar qualquer medida legislativa moralizadora – que se deve modificar primeiramente a Constituição nesse ponto.
É necessário perceber que as autonomias asseguradas pela Constituição não impedem o legislador de impor regras que visem inibir abusos e punir violações. Assim, ao garantir autonomia aos partidos políticos, o texto constitucional não impede que legislação determine o cancelamento do registro aos partidos que recebam recursos do exterior ou que não tenham prestado contas à Justiça Eleitoral.
A autonomia constitucional assegurada às universidades não obsta que a legislação imponha a cassação da autorização de seu funcionamento em caso de avaliação governamental insatisfatória sobre sua atuação.
Nessa linha, a autonomia das entidades desportivas não afasta imposições legislativas que promovam a destituição dos dirigentes das entidades que violarem, por exemplo, as garantias do torcedor quanto à emissão e venda de ingressos. Tal conclusão, nesse ponto, foi definida pelo STF ao julgar a constitucionalidade do Estatuto do Torcedor.
Desse modo, nova legislação que venha a impor padrões de gestão mais rígidos e consequências mais severas às entidades desportivas que não honram suas obrigações fiscais e trabalhistas não encontrará óbice na cláusula da autonomia desportiva. Trata-se de restrições lícitas, voltadas à proteção de outras garantias constitucionais.
Sob certo aspecto, o Estado já é, nos dias atuais, sócio de várias dessas entidades, que deixam de saldar seus débitos com o erário para contratar técnicos e jogadores por valores exorbitantes. Retiram recursos da saúde e da previdência para custear o futebol profissional. Ao proceder assim, clubes e dirigentes já trataram – eles mesmos – de avançar na estatização do futebol, financiando-o com dinheiro público.
VEJA TAMBÉM
- O Grêmio humilhou todos os pais gremistas no Dia dos Pais + Mano não dá mais, venham Vojvoda e contratações
- Michel abre o jogo sobre depressão e superação após lesões no Vasco e Grêmio
- Grêmio aposta tudo em novas peças! Balbuena e Cuéllar entram em campo contra o Sport!
Comentários
Enviar Comentário
Aplicativo Gremio Avalanche
Leia também
Grêmio amplia oferta por Róger Guedes; confira os valores atualizados
Grêmio firma contrato com meia até 2027, revela jornalista
Início da Disputa do Gauchão Feminino pelas Mosqueteiras Sub-17 previsto para Outubro
Grêmio estabelece prazo final para resposta de Róger Guedes
Grêmio mira lateral-direito jovem com Marcos Rocha, do Palmeiras, como alternativa.
Grohe e Riquelme: passado e futuro do Grêmio
Mano Menezes fecha acordo para desfalque importante contra Atlético-MG
Grêmio estabelece prazo para resposta do Al Rayyan sobre Róger Guedes
Decisão da Diretoria do Grêmio sobre Futuro de Mano Menezes no Clube
Grêmio encaminha negociação de Cristaldo, revela jornalista esportivo.
Grêmio surpreende e vira o jogo contra o Corinthians no Brasileiro Sub-17.
Grêmio fortalece vínculo com Mano em encontro com comissão técnica.
Grêmio se prepara para enfrentar Atlético Mineiro em Belo Horizonte.
Grêmio rescinde contrato com meia Nathan e encaminha saída de Carballo.
Grêmio atrasa pagamentos ao jogador Douglas Costa
Bastidores da Reunião com Mano: Mudanças e Saídas Encaminhadas no Time.
Grêmio encaminha duas saídas importantes no elenco em negociações ativas
Motivos da Confiança do Grêmio em Mano para Construir Reação
Grêmio divulga novidades sobre meia Nathan
Grêmio planeja estratégia para sequência da temporada com reuniões de alinhamento.
Mosqueteiras prontas para desafiar Juventude no Gauchão Feminino.
Presidente do Grêmio Agenda Reunião com Mano Para Confirmar como Treinador.
Róger Guedes Próximo de Transferência para Europa de Acordo com Direção.
Braithwaite Pode Ser Punido Por Forçar Cartão Em Partida, Assim Como Ronaldinho
Alternativas no Setor Ofensivo do Grêmio: Possíveis Substitutos para Braithwaite
Grêmio realiza reuniões estratégicas para planejamento da temporada futura
Braithwaite critica sintético e força cartão para evitar campo artificial.
Braithwaite força cartão amarelo para evitar gramado sintético em jogo importante.
Grêmio flerta perigosamente com zona de rebaixamento no Brasileirão.
Grêmio espera tranquilamente a proximidade da zona de rebaixamento.