Gre-Nal opõe duplas com carimbo de Seleção em Grêmio e Inter na Arena

Os convocados de Grêmio e Inter, às vésperas do Gre-Nal 409 (Foto: GloboEsporte.com)

Dentro de campo, a promessa é de duelo ferrenho, repleto de emoções. Mas não se espante com abraços e afagos entre gremistas e colorados no gramado da Arena após o apito final de Anderson Daronco, no Gre-Nal deste domingo, válido pelo Gauchão e pela Primeira Liga. Envolto em certo mistério e na expectativa de força máxima dos dois lados, o clássico 409 ganhou requinte especial na última semana. Requinte de Seleção, com dois convocados de cada lado. Marcelo Grohe e Luan, pelo Tricolor, e Alisson e Rodrigo Dourado, pelo Colorado.

Os camisas 1 foram chamados por Dunga para defender a Seleção principal contra Uruguai e Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa de 2018. O meia e o volante integrarão a equipe sub-23, com idade olímpica, nos amistosos contra Nigéria e África do Sul. Rivais neste domingo, serão companheiros, em seus respectivos times, com a amarelinha.

A relação de Alisson e Marcelo Grohe, inclusive, transcende os limites do futebol, seja na rivalidade Gre-Nal, seja na Seleção. Mesmo com diferentes idades, a dupla cresceu na Região Metropolitana de Porto Alegre. Assim, ao lado de Muriel, irmão e colega do colorado, pegavam a mesma van rumo à capital para treinar. O camisa 1 gremista é natural de Campo Bom. Alisson passou a infância em Novo Hamburgo, distante pouco mais de 2 km da casa do hoje rival.

– A gente procura fazer o melhor no clube, estar bem preparado e, quando ter a oportunidade na Seleção, o treino lá é como se fosse jogo. É dessa forma que encarei toda convocação. Fico feliz de ter o reconhecimento do professor Dunga e da comissão e ser lembrado novamente – destaca Grohe.

– A felicidade é imensa em ser lembrado pelo Dunga. Uma satisfação pra mim e meus familiares. Continuarei dando meu melhor no Inter para ser lembrado pela Seleção e dar meu melhor lá – afirma Alisson.

A dupla de arqueiros ainda ostenta representatividade forte perante seus respectivos elencos. Grohe, de 28 anos, chegou ao Grêmio em 2000, quando tinha apenas 13 anos. Além de ser o atleta com mais tempo de casa dentro do elenco, é uma das referências do grupo. Em 2016, ainda estreitou a relação com o clube: ampliou seu contrato, com validade até 2020.

Alisson, por sua vez, também cresceu dentro do Beira-Rio. Aos 23 anos, assumiu a braçadeira de capitão após a saída de D'Alessandro, mesmo que esteja de saída rumo ao futebol europeu, com o Roma como provável destino.

Futuros companheiros na seleção olímpica, Luan e Dourado não têm tanto assim em comum. Além das posições distintas – o primeiro é meia-atacante, e o segundo, volante – nasceram distantes um do outro. O gremista é do interior de São Paulo, e o colorado, de Pelotas, na Zona Sul do Rio Grande do Sul. Ainda assim, resguardam algumas semelhanças. Cada um na sua, os jovens são joias lapidadas com zelo nas categorias de base e despertam interesse milionário do futebol europeu.

Miller Bolaños deve ser chamado para defender a seleção do Equador (Foto: Diego Guichard)

Para fugir à risca do quarteto brasileiro, o atacante Bolaños, do Grêmio, é o quinto nome "selecionável". O equatoriano deve ser chamado para atuar pela equipe de seu país também em compromissos pelas Eliminatórias de 2018. O técnico Gustavo Quinteros deve chamá-lo para os duelos contra o Paraguai, no dia 24, e Colômbia, no dia 29.

Com requinte de Seleção, Grêmio e Inter se enfrentam às 18h30 deste domingo, na Arena. O clássico 409 terá validade dupla: contará pontos pela 8ª rodada do Gauchão e pelo último duelo do Grupo B da Primeira Liga.


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